A nuvem tsunami, também chamada de shelf cloud, é um fenômeno impressionante ligado a tempestades. Saiba o que é, como se forma e quais os perigos.
Uma imensa nuvem em forma de onda gigante, conhecida como nuvem tsunami, tem causado surpresa — e certo medo — em quem presencia sua passagem. O fenômeno, oficialmente chamado de shelf cloud, costuma aparecer antes de tempestades intensas e pode ser sinal de ventos fortes, granizo e até quedas de energia.
Mas, afinal, o que são essas formações? Onde ocorrem? E por que causam tanto impacto visual e emocional?
O fenômeno foi observado em diversas regiões do Brasil, especialmente no Sul, onde cidades como Coronel Vivida (PR) registram o evento várias vezes ao ano.
-
São José dos Campos tem o maior polo aeroespacial da América Latina: abriga a Embraer, o ITA e mais de 100 empresas do setor
-
Fundador do Google defende semana de 72 horas no estilo chinês e diz que conforto está atrasando a inovação
-
Com 1,3 milhão de m² e produção de 7 bilhões de litros por ano, a maior fábrica de bebidas do Brasil parece uma cidade industrial e movimenta a economia de Minas Gerais
-
Erro de digitação milionário: governo transfere milhões por engano a mulher que torrou tudo em horas — e hoje o caso virou exemplo judicial
A formação, apesar de não representar risco de tornados, exige atenção por conta dos ventos intensos que a acompanham.
O que é uma nuvem tsunami e como ela se forma?
A nuvem tsunami é uma formação horizontal, baixa e extensa, que se projeta como uma “prateleira” no céu. Esse tipo de nuvem acessória é ligada à base de uma nuvem maior, geralmente uma cumulonimbus, e marca a chegada iminente de uma tempestade.
Visualmente impressionante, ela pode dar a sensação de que um “muro” está se movendo em direção à cidade — o que explica seu apelido.
Mas, ao contrário de tornados, não gira em seu próprio eixo nem toca o solo. Sua aparência assustadora, no entanto, está ligada a ventos intensos e chuva forte.
A shelf cloud surge a partir da interação entre massas de ar quente e frio. Quando o ar frio desce rapidamente de uma tempestade e toca o solo, ele se espalha e empurra o ar quente úmido para cima. Isso gera condensação rápida e a formação da nuvem tsunami.
Essa barreira de ar avançando contra o solo é chamada de frente de rajada. Ela cria o cenário ideal para o surgimento do fenômeno, geralmente acompanhado por céu escuro, ventos violentos e nuvens agitadas.
Diferenças entre shelf cloud, roll cloud e wall cloud
É comum confundir a nuvem tsunami com outras formações curiosas, como:
Roll cloud (nuvem de rolo): parece um cilindro no céu, gira horizontalmente e não está conectada a uma nuvem-mãe. Embora impressione, é rara e geralmente inofensiva.
Wall cloud (nuvem-parede): está associada a tempestades severas e pode indicar a formação de tornados. É vertical e isolada, ao contrário da shelf cloud.
Enquanto a shelf cloud avança conectada a um sistema de tempestade, as roll clouds são isoladas e giram como um tubo. Ambas chamam atenção, mas apenas a nuvem tsunami costuma trazer ventos que exigem cuidado.
Onde ocorrem as nuvens tsunami?
No Brasil, os registros são mais frequentes no Sul — especialmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em Coronel Vivida (PR), por exemplo, o fenômeno aparece até três vezes por ano.
No exterior, imagens famosas foram feitas em cidades litorâneas como Sydney, na Austrália, onde banhistas deixaram a praia às pressas ao verem a imensa nuvem se aproximando.
Quem vê uma nuvem tsunami de perto dificilmente esquece. A beleza da formação vem acompanhada de tensão, já que ela precede tempestades com potencial destrutivo.
Apesar de não formarem tornados, essas nuvens sinalizam ventos repentinos e perigosos. Árvores podem cair, telhados podem ser danificados e motoristas precisam redobrar a atenção. Portanto, ao notar a aproximação, o ideal é buscar abrigo seguro.
A nuvem tsunami é um espetáculo da natureza que fascina meteorologistas e curiosos. Mas, além da estética, ela serve como um alerta claro: uma tempestade está chegando. Observar é seguro — desde que à distância e com respeito à força que o céu pode trazer.
Com informações do site Magnus Mundi.