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Novos vagões adquiridos pela FS, produtora de biocombustíveis, para transporte de etanol, devem começar a operar até abril, demandando um investimento de R$ 115 milhões

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 24/01/2023 às 13:54
Os novos vagões ferroviários adquiridos pela FS, indústria de biocombustíveis, devem começar a operar em abril, aumentando a capacidade de transporte de carga de etanol em 25%.
Fonte: RPA News

Os novos vagões ferroviários adquiridos pela FS, indústria de biocombustíveis, devem começar a operar em abril, aumentando a capacidade de transporte de carga de etanol em 25%.

Noticiada em novembro do ano passado, a operação com foco no transporte de etanol por ferrovias deve se concretizar até abril. A iniciativa, sendo considerada um negócio inédito para todas as empresas envolvidas, sendo elas: Rumo, Greenbrier Maxion e FS, demandou cerca de R$ 115 milhões em investimentos.

FS, Rumo e Greenbrier Maxion, a parceria que fez toda a operação nascer

O objetivo da FS, empresa produtora de biocombustíveis, é escoar 45% da produção através de ferrovias localizadas na rota entre Lucas do Rio Verde (MT) e Sorriso (MT) tendo como destino Paulínia (SP).

A empresa comenta que além da economia de custos no transporte, resultaria também na diminuição de emissão de carbono envolvido no processo, já que iria reduzir as viagens de caminhões por ano nas estradas.

De acordo com a projeção do acordo, a FS adquiriu os vagões para aportar no sistema de escoamento da produção e a Rumo ficou encarregada do trasporte.

Segundo comunicado à imprensa, a parceria entre as empresas irá elevar o volume transportado para 75 milhões de litros de etanol por mês, sendo que eram, anteriormente transportados, cerca de 50 milhões.

“A ampliação da nossa capacidade de transporte ferroviário está alinhada com a estratégia da FS de buscar atender os mercados com a máxima eficiência logística e menor pegada ambiental”, comenta Rafael Abud, CEO da FS.

A mercadoria que sai das unidades localizadas no Mato Grosso, seguirá em rota rodoviária até Rondonópolis (MT), tendo como destino Paulínia (SP), em linha férrea.

A Rumo Logística, companhia ferroviária pertencente ao Grupo Cosan, transporta aproximadamente 45% do volume de dísel do estado de Mato Grosso. A empresa registrou um aumento de 20% no transporte de biocombustíveis, em 2022.

Segundo Pedro Palma, vice-presidente comercial da Rumo, os vagões rodam praticamente cheios todo o tempo. “Os fluxos são planejados para a melhor eficiência logística. O vagão investido pela FS vai no sentido Mato Grosso-Paulínia e retorna com derivados de petróleo para serem distribuídos por todo estado”, afirma.

Combinando o baixo custo de manutenção e alta performance, Greenbrier enfatiza a necessidade de diálogo entre as empresas

Os vagões comprados pela FS então sendo produzidos pela Greenbrier Maxion, companhia considerada a maior operação ferroviária da América do Sul.

Sendo estes fabricados em aço deliga baixa, com alta resistência mecânica e à corrosão atmosférica.

Conforme a Greenbrier Maxion, os vagões fornecidos à FS tem capacidade de 105 mil litros cada, sendo projetados para carregamento superior e descarregamento inferior.

Outro diferencial importante na produção dos vagões é que foram desenvolvidos especificamente para as condições operacionais das ferrovias brasileiras, viabilizando um aumento da segurança e vida útil dos componentes envolvidos na operação, diminuindo, assim, o custo da manutenção.

De acordo com Luis Gustavo Vilas Boas, diretor de vendas e marketing da Greenbrier Maxion, é de suma importância que haja uma parceria entre indústria, operadora e usuário na aquisição no processo de desenvolvimento do projeto.

“Os vagões foram desenvolvidos com tecnologia de ponta, inovação e toda expertise da área de engenharia, atendendo as especificações técnicas da FS e da Rumo, proporcionando redução de custo, eficiência energética e produtividade para todo o ciclo, tornando assim o transporte ferroviário de carga mais competitivo e sustentável”, expõe.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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