China tem trem movido a hidrogênio com 1.000 km de autonomia e revoluciona o transporte urbano e regional com emissão zero de poluentes
A China aprova o funcionamento de um dos trens mais inovadores do mundo: um modelo movido exclusivamente a hidrogênio, capaz de atingir 1.000 km de autonomia com apenas um abastecimento. Desenvolvido pela estatal CRRC Changchun Railway Vehicles, o veículo simboliza um grande avanço na corrida por soluções sustentáveis para o transporte em larga escala.
Esse trem não precisa de fios aéreos nem de combustíveis fósseis. Em vez disso, utiliza células de combustível que convertem hidrogênio em eletricidade, com a única emissão sendo vapor d’água. Trata-se de um sistema limpo, silencioso e altamente eficiente — ideal para substituir trens a diesel em trechos ainda não eletrificados.
Como funciona a tecnologia do trem a hidrogênio
O sistema utiliza uma combinação de células de hidrogênio com supercapacitores, garantindo desempenho estável e confiável. O modelo foi aprovado após testes rigorosos de resistência, frenagem e operação em altas e baixas temperaturas.
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Os principais diferenciais:
- Energia limpa: emissão zero de carbono, sem ruído excessivo;
- Autonomia de longa distância: supera a maioria dos trens regionais atuais;
- Versatilidade operacional: pode operar em linhas não eletrificadas;
- Eficiência energética: média de 5 kWh por quilômetro percorrido;
- Velocidade: alcança até 160 km/h.
Esses fatores tornam o modelo um candidato ideal para redes suburbanas e intermunicipais em países emergentes ou em expansão ferroviária.
Tabela comparativa
Característica | Trem a Hidrogênio (CRRC) | Trem a Diesel (convencional) |
Fonte de energia | Células de hidrogênio | Óleo diesel |
Emissão de poluentes | Zero | Alta |
Autonomia | 1.000 km | ~600 km |
Velocidade máxima | 160 km/h | 120 km/h |
Infraestrutura necessária | Estações de hidrogênio | Rede de abastecimento diesel |
Custo ambiental | Muito baixo | Elevado |
Impacto global e possível uso no Brasil
Com a crescente pressão por descarbonização do setor de transportes, trens a hidrogênio se apresentam como uma solução viável e escalável. Países com longas extensões ferroviárias e baixa taxa de eletrificação, como o Brasil, poderiam se beneficiar fortemente com a adoção desse tipo de tecnologia — especialmente em linhas regionais ou de carga.
Imagine, por exemplo, a substituição de trens a diesel da região Norte ou Centro-Oeste por esse modelo: a economia ambiental seria gigantesca e os custos operacionais, consideravelmente menores a longo prazo.
Além disso, o modelo da CRRC pode abrir precedentes para exportação de tecnologia limpa e incentivo à produção de hidrogênio verde, algo que o Brasil tem enorme potencial para desenvolver com base em fontes renováveis como eólica e solar.
E você, acha que essa tecnologia daria certo no Brasil ?