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Novo porto no Brasil promete receber navios que hoje evitam o país, veja o que mudou

Escrito por Carla Teles
Publicado em 14/08/2025 às 21:25
Novo porto no Brasil promete receber navios que hoje evitam o país, veja o que mudou
Conheça o Porto Central, o novo porto no Brasil de R$16 bilhões. Com 25m de profundidade, ele receberá navios gigantes e pode revolucionar a logística do país.
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Conheça o projeto bilionário no Espírito Santo que promete colocar o Brasil na rota dos maiores navios do mundo e transformar o comércio exterior do país.

Um mega complexo portuário privado está sendo construído no município de Presidente Kennedy, no Espírito Santo, e promete mudar a posição do Brasil nas rotas marítimas globais. Chamado de Porto Central, este novo porto no Brasil é uma das maiores apostas logísticas da história recente do país, projetado para resolver gargalos históricos e impulsionar a competitividade nacional em uma escala sem precedentes.

O que torna o Porto Central um projeto gigantesco?

O grande diferencial do Porto Central está em sua capacidade. O projeto prevê um canal de acesso com até 25 metros de profundidade. Para comparação, os principais portos brasileiros hoje operam com uma média de 13 metros. Essa característica permitirá que o complexo receba navios de grande porte, como os Velemax (os maiores mineraleiros do mundo) e os VLCCs, com capacidade para até 400.000 toneladas.

Trata-se de um projeto privado com um investimento monumental. A primeira fase está estimada em R$ 5 bilhões, mas o valor total previsto ao longo de suas cinco etapas pode superar os R$ 16 bilhões. A área total do complexo chegará a aproximadamente 2.000 hectares, o equivalente a quase 2.800 campos de futebol.

O coração da logística nacional

Embarcações de grande porte como Penemax.
Embarcações de grande porte como Penemax.

O local de construção não foi escolhido ao acaso. Situado no extremo sul do Espírito Santo, o Porto Central fica próximo às principais bacias petrolíferas do pré-sal. Além disso, está a poucas horas de algumas das regiões mais importantes do país, que juntas representam mais de 63% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, com forte produção agrícola, de minério de ferro e industrial. Essa proximidade estratégica reduz custos logísticos e atrai empresas que buscam acesso rápido ao mercado global.

A solução para um gargalo histórico do comércio exterior brasileiro

O Porto Central nasce como uma resposta a um dos maiores problemas da infraestrutura brasileira: a limitação dos portos para receber grandes navios. Atualmente, boa parte das exportações de grãos, minérios e petróleo precisa ser transferida para embarcações menores ou fazer escalas em outros países. Essa ineficiência eleva custos e diminui a competitividade dos produtos brasileiros. Ao permitir o atracamento direto de navios de grande calado, o projeto elimina etapas, otimiza o tempo e barateia o escoamento da produção nacional.

Um diferencial competitivo único

Um dos pontos mais ambiciosos do Porto Central é sua estrutura logística multimodal. O complexo terá acessos integrados por mar, estradas, ferrovias e dutos. O acesso terrestre será feito pelas rodovias estaduais ES-060, ES-162 e ES-297, conectadas às federais BR-101 e BR-262.

Duas conexões ferroviárias estão no planejamento para dar escala nacional ao projeto: a EF-118 e a futura EF-352. É importante ressaltar que ambas as ferrovias ainda não tiveram suas obras iniciadas. O complexo também prepara corredores para dutos, estando a apenas 10 km da rede nacional de gasodutos Gazen.

Impactos econômicos, sociais e ambientais do projeto

O avanço do Porto Central vai além da engenharia. No campo econômico, o Brasil ganha um ponto estratégico de escoamento, capaz de atrair investimentos e beneficiar produtores de diversos setores. Socialmente, o projeto abre novas oportunidades de emprego para os jovens da região de Presidente Kennedy em áreas como logística, construção e serviços.

Os desafios ambientais também são grandes. Para mitigá-los, o projeto inclui um robusto plano de compensação, com o plantio de mais de 100.000 mudas nativas. Além disso, mais de 40 programas de controle e monitoramento estão estruturados para conciliar progresso e preservação. O projeto também prevê uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE), oferecendo incentivos fiscais para empresas exportadoras.

E você, acredita que um projeto desta magnitude pode finalmente colocar o Brasil em um novo patamar no comércio mundial? Deixe sua opinião nos comentários!

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Carla Teles

Produzo conteúdos diários sobre tecnologia, inovação, construção e setor de petróleo e gás, com foco no que realmente importa para o mercado brasileiro. Aqui, você encontra oportunidades de trabalho atualizadas e as principais movimentações da indústria. Tem uma sugestão de pauta ou quer divulgar sua vaga? Fale comigo: carlatdl016@gmail.com

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