– Os pagamentos aos acionistas estão previstos para diminuir ainda mais? Qual será o impacto no rendimento de dividendos? Descubra as respostas para essas questões e muito mais sobre o retorno financeiro dos investidores.
Apesar disso, a gestão da empresa de petróleo esclareceu que caso as metas de investimento em capital (capex) não sejam atingidas, os projetos serão postergados, e não cancelados. Portanto, os acionistas não devem assumir que os recursos não utilizados serão automaticamente distribuídos como dividendos.
Entretanto, instituições como o Goldman Sachs já estão considerando um valor mais elevado (ainda não definido), impulsionado pelos dividendos extraordinários, mas também levando em conta a projeção de que o fluxo de caixa livre provavelmente será significativamente superior ao estimado no Plano Estratégico.
Desde o início, especialistas do Morgan Stanley salientaram que a Petrobras tem um histórico de investir menos do que o orçamento previsto, indicando que o mesmo padrão provavelmente continuará nos próximos anos. Com base nisso, o banco de investimentos projeta um desembolso efetivo de cerca de US$ 80 bilhões nos próximos cinco anos, com um montante de US$ 14 a US$ 15 bilhões em 2024.
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Com o investimento reduzido, a empresa pode destinar mais recursos para proventos?
Previsão do rendimento de dividendos para 2024
A equação que calcula os dividendos indica um rendimento de aproximadamente 10% no próximo ano, superando a média dos concorrentes globais. Esta previsão confirma a declaração do diretor financeiro da Petrobras, Sergio Caetano Leite, de que a empresa ainda está distribuindo dividendos em níveis superiores às principais empresas do setor. “Somos ótimos pagadores”, afirmou Leite.
A gestão, entretanto, afirmou que a escolha de realizar pagamentos não previstos na diretriz de dividendos será analisada levando em conta indicadores como projeções de curto prazo, níveis de dinheiro disponível e situação financeira. Se todos os três estiverem favoráveis, então dividendos extraordinários serão considerados.
Esses pagamentos não seguem um padrão linear e variam anualmente, o que otimiza o cálculo do rendimento de dividendos projetado.
Como resultado, as previsões de pagamentos de lucros foram ajustadas para um intervalo de US$ 40 a 45 bilhões para o período, em comparação com o intervalo anterior de US$ 65 a 70 bilhões. Isso já leva em consideração a nova política de dividendos e os maiores investimentos.
Além da remuneração base de US$ 40 a 45 bilhões nos próximos cinco anos, a empresa também está considerando a possibilidade de pagamentos de lucros extras, com valores estimados entre US$ 5 a 10 bilhões.
Os proventos da Petrobras em 2024 a 2028
Será que o receio entre investidores que apostam em dividendos da Petrobras no próximo ano é justificado? Aqui estão respostas para quatro perguntas comuns sobre os efeitos do novo Plano Estratégico da companhia.
Apesar da redução da expectativa de entrada de caixa devido a desinvestimentos, a previsão da Petrobras para a geração de caixa operacional aumentou para US$ 180 a 207 bilhões para o período de 2024 a 2028, em comparação com a faixa anterior de US$ 170 a 190 bilhões. Esse aumento é principalmente impulsionado pelo aumento na produção de petróleo e suposições mais altas sobre os preços do petróleo Brent, conforme analisado por Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, do Santander. **Esses números indicam um cenário positivo em termos de proventos para os acionistas da Petrobras nos próximos anos.**
De acordo com a regra aprovada em agosto, a porcentagem da distribuição a partir do próximo ano será de 45% do fluxo de caixa livre da empresa, não mais os 60% anteriores. Com investimentos maiores, o montante disponível para dividendos tenderia a reduzir ainda mais.
Segundo analistas do JP Morgan em um relatório, “Os maiores perdedores deste novo plano parecem ser os acionistas e não os credores”.
A nova preocupação vem após um ano já marcado por um menor ritmo de pagamentos. De acordo com dados da plataforma Meu Dividendo divulgados em outubro (antes dos pagamentos mais recentes), Petrobras e Vale puxaram queda de 31% nos pagamentos totais desde o começo do ano. Além disso, o corte de dividendos realizado pela Petrobras este ano foi o maior do mundo, de acordo com levantamento da gestora Janus Henderson. **A redução dos pagamentos de dividendos tem impactado significativamente os investidores.**
O comunicado representa um aumento de 30,7% em comparação com o plano de negócios atual, que totaliza US$ 78 bilhões (R$ 382,7 bilhões) para o período de 2023 a 2027.
Com despesas de capital mais elevadas, os investidores que priorizam a estratégia de dividendos estão se preparando para um período de redução nos pagamentos, preocupados com a intensificação do impacto previsto pela nova política de proventos.
Novo Plano Estratégico da Petrobras
A estatal Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou um novo Plano Estratégico na semana passada, que dissipou as incertezas sobre seus futuros investimentos. Isso gerou a impressão de que a situação não é a ideal, mas poderia ser pior. No entanto, a notícia também deixou os investidores preocupados com a possibilidade de uma redução ainda maior na distribuição de dividendos.
No período de 2024 a 2028, a empresa planeja investir US$ 102 bilhões, o que representa um aumento de 30,7% em relação ao plano atualmente em vigor. Esses investimentos serão direcionados principalmente para Exploração e Produção (71,5%), com ênfase no pré-sal, além de energias renováveis e descarbonização (11,2%).
Fonte: InfoMoney