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Novo estudo afirma que civilizações alienígenas podem estar a 33 mil anos-luz e ser 280 mil anos mais velhas que a humanidade

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 13/09/2025 às 17:39
Pesquisadores apontam que civilizações alienígenas podem ser raras, extremamente distantes e muito mais antigas que a humanidade
Pesquisadores apontam que civilizações alienígenas podem ser raras, extremamente distantes e muito mais antigas que a humanidade
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Estudo indica que possíveis civilizações alienígenas na Via Láctea estariam a 33 mil anos-luz e seriam até 280 mil anos mais antigas

Um estudo apresentado no Congresso Científico Europlanet — Reunião Conjunta da Divisão de Ciências Planetárias 2025 (EPSC–DPS 2025) propõe que, se civilizações alienígenas existirem na Via Láctea, elas provavelmente são raras, extremamente distantes e muito mais antigas que a humanidade.

Os autores sugerem que a civilização tecnológica mais próxima pode estar a cerca de 33 000 anos-luz da Terra e ter cerca de 280 000 anos de vantagem evolutiva.

Segundo os pesquisadores, a chance de duas espécies tecnológicas coexistirem no mesmo período é mínima.

Esse intervalo de tempo reduz drasticamente a probabilidade de comunicação ou detecção mútua entre civilizações alienígenas e a espécie humana, limitando o potencial de interações interestelares mesmo em escalas astronômicas de tempo e espaço.

Atmosfera e tectônica como pré-requisitos de vida complexa

A pesquisa destaca que a existência de civilizações alienígenas depende de uma combinação específica de fatores ambientais.

Entre os elementos essenciais identificados estão a composição atmosférica adequada e a presença de atividade geológica contínua, ambos considerados determinantes para o surgimento e a manutenção de organismos complexos e, posteriormente, de sociedades tecnologicamente avançadas.

Na Terra, a atmosfera é composta principalmente por nitrogênio (78 %) e oxigênio (21 %), com uma fração muito pequena, porém crucial, de dióxido de carbono (0,042 %). Esse equilíbrio permite a fotossíntese e sustenta a biosfera.

Segundo o estudo, variações significativas nesse balanço inviabilizariam processos biológicos complexos em outros mundos.

Risco do colapso da biosfera sem o equilíbrio de gases

Os autores observam que a ausência ou excesso de dióxido de carbono altera drasticamente a estabilidade de ecossistemas.

Concentrações muito baixas provocariam o colapso da biosfera, pois as plantas não conseguiriam realizar fotossíntese.

Em contrapartida, níveis elevados poderiam induzir um efeito estufa descontrolado ou gerar toxicidade atmosférica generalizada, impedindo o surgimento de formas de vida complexas e duradouras.

A manutenção desse equilíbrio depende da tectônica de placas, que regula a quantidade de dióxido de carbono atmosférico por meio do ciclo carbono-silicato.

Esse processo retira o gás da atmosfera e o devolve gradualmente ao longo do tempo geológico.

Contudo, os cientistas alertam que o acúmulo excessivo de carbono nas rochas pode cessar a fotossíntese, eliminando o suporte básico à vida.

Escassez de inteligências extraterrestres na Via Láctea

O estudo conclui que a combinação de condições necessárias para a evolução de civilizações alienígenas torna sua ocorrência extremamente rara.

A dificuldade em reunir atmosfera estável, atividade geológica constante e tempo evolutivo suficiente reduz drasticamente o número de planetas habitáveis capazes de gerar espécies tecnológicas avançadas.

De acordo com o pesquisador Manuel Scherf, do Instituto de Pesquisa Espacial da Academia Austríaca de Ciências, “inteligências extraterrestres — ETIs — em nossa galáxia são provavelmente muito raras”.

A afirmação reflete a estimativa de que a probabilidade de tais civilizações coexistirem com a humanidade em um mesmo intervalo temporal é extremamente baixa.

Implicações para a busca por inteligência extraterrestre

Embora o estudo reforce a hipótese de escassez de civilizações alienígenas, os autores defendem a continuidade da busca por inteligência extraterrestre (SETI). Segundo Scherf, apenas a investigação direta pode confirmar ou refutar o modelo apresentado.

Se as buscas permanecerem infrutíferas, o cenário de isolamento cósmico se tornará mais plausível.

Caso o SETI identifique sinais de outra civilização, isso representará um dos maiores avanços científicos da história, demonstrando que a humanidade não está sozinha no universo.

O estudo ressalta ainda que o equilíbrio atual da atmosfera terrestre é delicado e temporário.

Por isso, alterações substanciais nesse sistema poderiam comprometer a estabilidade necessária para a manutenção da vida complexa no planeta, reforçando a singularidade e a vulnerabilidade das condições que sustentam a civilização humana.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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