Citroën traz ao Brasil o carro Ami, popular entre adolescentes europeus que dispensa CNH.
O Citroën anunciou nesta quinta-feira (27) a chegada de seu microcarro elétrico Ami ao Brasil. Já vendido na Europa como um carro elétrico para adolescentes, o modelo será vendido por toda a América do Sul. A Citroën afirmou que ainda divulgará detalhes sobre datas, valores ou se o carro só será vendido no Brasil por assinatura.
Alguns pontos importantes dessa novidade do mercado automotivo:
- Citroën traz ao Brasil o carro Ami: O destaque inicial é o lançamento do carro Ami da Citroën no Brasil, que é uma novidade no mercado automobilístico do país.
- Carro elétrico para adolescentes bastante popular nos países europeus: O segundo ponto importante é que o Ami é um carro elétrico especialmente voltado para adolescentes, o que pode chamar a atenção dos jovens e de seus pais preocupados com a mobilidade urbana sustentável.
- Dispensa CNH: O terceiro ponto relevante é que o Ami dispensa a necessidade de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para ser conduzido, tornando-o uma opção atrativa para pessoas que ainda não possuem habilitação ou que desejam um veículo prático e acessível para a locomoção em centros urbanos.
Microelétrico da Citröen conta com autonomia de até 80 km
Só foi confirmada a chegada do carro, que dispensa CNH, ao continente, em vídeo que contou com a participação de Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América do Sul, e Vanessa Castanho, vice-presidente da Citröen para a América do Sul circulando com o Ami.
O carro elétrico “para adolescentes” possui 2,41 m de comprimento, 1,39 m de largura e 1,52 m de altura. A capacidade do veículo é para duas pessoas que entram por portas que abrem de forma contraposta. O porta-malas do modelo possui capacidade de 70 litros de bagagem. Contando com um motor elétrico, o Microelétrico da Citröen chega a 45 km/h e possui uma autonomia de até 80 km.
O simpático “carro elétrico para adolescentes” vem sendo utilizado no continente europeu para deslocamento em locais onde um automóvel comum é grande demais, como nas ruelas de cidades turísticas da Itália e Grécia.
Também há grandes benefícios em relação à legislação. Devido ao seus 8,5 cavalos de potência e 4,5 kgfm de torque, o modelo não se encaixa como carro. Desta forma, alguns países permitem sua condução por adolescentes de 14 anos, por exemplo. Os custos de homologação também são menores, favorecendo o preço que, no Hemisfério Norte, não passa do equivalente a R$ 50 mil.
Carro elétrico da Citroen pode sofrer alterações no Brasil
No Brasil, a questão é um pouco mais complexa, e nem mesmo a própria Citroën sabe como o carro que dispensa CNH será enquadrado pela lei. A vice-presidente da marca na América do Sul, Vanessa Castanho, comentou que a segurança jurídica era, inclusive, um dos fatores que poderiam tornar o seu lançamento inviável no país.
Uma das possibilidades é que seja aplicada a Resolução 573 do Contran, ela considera como quadriciclos os modelos elétricos de cabine fechada, quatro rodas, ordem de marcha não superior a 400 kg, ou 550 kg no caso do transporte de cargas, e excluído o peso das baterias em ambos os casos e cuja potência não ultrapasse os 20 cv.
Entretanto, a mesma resolução traz diversos entraves que impactariam a ideia de simplicidade pretendida pela francesa, como a exigência de carteira B do condutor e uso de capacete para dirigi-lo em vias públicas, além de até mesmo airbag frontal. Devido à velocidade máxima de 45 km/h e do preço enxuto, a bolsa de ar não é nem mesmo opcional no veículo. Entretanto, os novos setores de mobilidade podem forçar modificações na lei.
Microelétrico poderá ser utilizado apenas por empresas
A Citroën ainda não confirmou como o Ami será vendido. Com base na fala dos executivos ao anunciarem sua chegada, é possível que ele seja vendido para empresas que utilizem-no em ambientes fechados.
Sendo assim, é possível que em breve os brasileiros possam ver o carro que dispensa CNH circulando por condomínios fechados, galpões de logística, shopping centers. Cenários mais do que tranquilos para os 75 km de autonomia e aceleração de 0 a 45 km/h em 10 segundos, que possibilitarão à montadora entender melhor como ele funciona no país.
