Com estreia global prevista para 2025, a nova Toyota Hilux aposta em motorização híbrida, visual repaginado e pacote tecnológico para manter a liderança entre as picapes médias e atrair consumidores brasileiros cada vez mais exigentes.
A nova geração da Toyota Hilux está em fase avançada de testes e deve estrear com visual renovado, mais tecnologia e, pela primeira vez, uma opção híbrida.
Lançada originalmente em 2015, a atual oitava geração se aproxima do final do ciclo, e a renovação da picape média já chama atenção nos principais mercados mundiais.
Segundo fontes da indústria automotiva, a Toyota planeja apresentar a nova Hilux globalmente ainda em 2025, com chegada ao Brasil prevista para 2026, já como linha 2027.
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O desenvolvimento da futura Hilux envolve engenheiros de Brasil, Tailândia e África do Sul, demonstrando a importância do modelo para diferentes regiões.
Com status de líder de vendas entre as picapes médias, especialmente no agronegócio brasileiro, a nova Hilux busca manter a preferência nacional ao mesmo tempo em que se atualiza para enfrentar uma concorrência cada vez mais qualificada, incluindo marcas chinesas como BYD.
Plataforma técnica da nova Hilux
Embora a Toyota classifique a novidade como uma nova geração, a base técnica da Hilux continuará sendo a plataforma IMV, produzida há dez anos na fábrica de Zárate, na Argentina.
De acordo com informações apuradas, a reformulação será concentrada principalmente na carroceria e no visual.
O formato das portas e a área envidraçada serão mantidos, mantendo a essência do modelo atual, mas a carroceria passa por profundas alterações, semelhante ao que ocorreu recentemente com a Chevrolet S10 nacional.
O objetivo é modernizar o produto, aprimorando design, mecânica, cabine e equipamentos sem alterar toda a estrutura.
Visual repaginado e dimensões
Os flagras mais recentes apontam para mudanças relevantes no visual da picape.
Apesar de preservar a distância entre-eixos de 3,08 metros, a Toyota Hilux 2026 exibirá um novo para-choque dianteiro, capô mais elevado e grade frontal de formato quadrado, tendência acompanhada por faróis divididos em dois blocos, com DRL de LED na horizontal.
Essas mudanças refletem o novo padrão global de design da marca.
Além disso, para-lamas mais robustos podem aumentar ligeiramente a largura da picape, mesmo sem alteração das bitolas.
A altura também pode ser ajustada para otimizar os ângulos de ataque e saída, essenciais para o uso fora de estrada, reforçando o caráter versátil da Hilux.
A combinação entre identidade visual moderna e robustez visa atender às expectativas do consumidor brasileiro.
Motorização híbrida leve
Entre as maiores novidades está o lançamento da motorização híbrida leve (MHEV), que representa um passo importante para a eletrificação da linha.
O conjunto será formado pelo já conhecido motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros, com 204 cv, associado a um motor elétrico de 16 cv e bateria de íons de lítio de 0,2 kWh.
Esse sistema, segundo informações do setor, atua principalmente em rotações baixas para reforçar o torque, sem alterar significativamente os dados de potência máxima e torque (50,9 kgfm entre 1.600 e 2.800 rpm).
A introdução de um sistema start-stop de última geração proporciona partidas mais suaves e eficientes.
O câmbio automático de seis marchas dará lugar a uma transmissão mais moderna, com pelo menos oito marchas, acompanhando as tendências internacionais da Toyota.
Protótipos com sistema híbrido plug-in (PHEV) estão em testes, mas não há confirmação de lançamento dessa configuração para a América do Sul até julho de 2025.
Suspensão e direção aprimoradas
A dirigibilidade da nova Toyota Hilux será aprimorada com a adoção de uma suspensão recalibrada, mais firme e dinâmica, além da estreia da direção elétrica, que substitui o antigo sistema hidráulico.
Outra atualização importante está no sistema de freios, com discos nas quatro rodas – atualmente, o modelo utiliza discos apenas na dianteira e tambores na traseira.
Tração 4×4 e modos de condução consagrados permanecem no novo modelo.
Segurança e pacote Adas
A eletrificação da direção permitiu que a Toyota incluísse um pacote Adas (sistemas avançados de assistência ao motorista) mais completo na futura Hilux.
Entre os itens estão controle de cruzeiro adaptativo (ACC), sensores de ponto cego e assistente de permanência em faixa.
Segundo a fabricante, essas tecnologias elevam o padrão de segurança do segmento, permitindo à picape realizar correções automáticas na direção e acompanhar o fluxo de trânsito em diferentes condições.
Interior atualizado e tecnológico
O interior da nova Hilux ainda não foi oficialmente revelado, mas documentos vazados na Tailândia apontam para um painel redesenhado, com novos materiais e nível de acabamento aprimorado.
A expectativa é de que a picape receba central multimídia de última geração e, possivelmente, painel de instrumentos digital, recursos que visam aproximar a experiência de condução à dos utilitários esportivos.
A reorganização dos elementos internos também busca otimizar o espaço, seguindo exemplos dos SUVs da marca.
Estratégia para o mercado brasileiro
Com presença consolidada no agronegócio e reconhecida como “rainha do agro”, a Hilux reforça sua estratégia para o mercado brasileiro com o envolvimento direto de engenheiros nacionais no projeto.
De acordo com documentos de desenvolvimento, o Brasil é um dos polos principais, ao lado de Tailândia e África do Sul, o que reforça o compromisso da Toyota com as demandas locais e regionais.
Estreia mundial e produção na Argentina
A estreia mundial da nova Toyota Hilux está confirmada para o Sudeste Asiático, especificamente na Tailândia, ainda em 2025.
A partir de 2026, a produção será iniciada na Argentina para abastecer toda a América do Sul, incluindo o Brasil.
A expectativa é que o modelo seja lançado localmente já como linha 2027.
Atualização do SW4 e eletrificação avançada
O utilitário esportivo SW4, derivado da Hilux, também será atualizado, mas somente após a chegada da nova picape.
Segundo informações oficiais, a estreia global do novo SW4 ocorre em 2026 na Tailândia e, em 2027, começa a ser fabricado na Argentina.
Além disso, a Hilux elétrica – fruto de três anos de desenvolvimento – está programada para estrear no mercado asiático juntamente com o modelo híbrido em 2025.
Para a América do Sul, o lançamento dependerá de ajustes na produção da fábrica de Zárate e dos desdobramentos do plano global de eletrificação da Toyota, que visa expandir sua presença em veículos elétricos fora dos mercados asiáticos.
O que a chegada da Toyota Hilux híbrida deve mudar no cenário das picapes médias no Brasil e como a concorrência vai reagir a essa transformação tecnológica?