Carta da Sociedade Brasileira de Pediatria defende ampliação urgente para fortalecer vínculo familiar e saúde mental da mãe
A nova lei trabalhista que amplia a licença-paternidade para pelo menos 30 dias entrou no radar da saúde pública. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de divulgar uma carta aberta pedindo que o Congresso aprove projetos que estão parados há anos, argumentando que o atual modelo de cinco dias é insuficiente e desatualizado frente às evidências científicas.
O documento da entidade médica destaca estudos que mostram como a presença paterna nas primeiras semanas de vida do bebê ajuda no aleitamento materno, no desenvolvimento cognitivo do pai como cuidador e no equilíbrio emocional da família.
A proposta da SBP é que a licença-paternidade seja estendida para entre 30 e 60 dias, medida considerada essencial para a saúde da criança e a corresponsabilidade parental.
-
Profissão de corretor de imóveis perde espaço para 2.500 plataformas digitais que movimentam R$ 120 bilhões por ano e ameaçam 400 mil trabalhadores
-
Cidade brasileira já reúne mais de 330 mil habitantes, aeroporto internacional e Volkswagen, mas ainda preserva clima interiorano com festas típicas
-
Cade abre investigação sobre venda de minas da Anglo American no Brasil para estatal chinesa em negócio de US$ 500 milhões que preocupa EUA
-
Nova lei em vigor assegura renegociação de dívidas para mais de 30 milhões de idosos brasileiros, preservando renda mínima para alimentação, moradia e saúde
Pediatras entram no debate e cobram ação imediata do Legislativo
Segundo a SBP, o Brasil ainda adota uma lógica arcaica ao tratar a licença-paternidade como algo simbólico. A lei atual prevê cinco dias corridos de afastamento, prorrogáveis para até 20 dias apenas em empresas inscritas no programa Empresa Cidadã. Na prática, milhares de pais voltam ao trabalho antes mesmo do bebê sair da fase crítica de adaptação neonatal.
A entidade médica afirma que a ciência é clara sobre os benefícios de uma licença maior para os pais. Estudos internacionais como os conduzidos por pesquisadores de Harvard indicam que pelo menos quatro semanas de licença promovem alterações funcionais no cérebro do pai, tornando-o mais sensível aos sinais do bebê, mais atento e mais apto a dividir as responsabilidades de cuidado.
Essa presença paterna também diminui a sobrecarga física e emocional da mãe, colaborando para prevenir casos de depressão pós-parto.
Licença maior significa mais vínculo, saúde e igualdade
A carta da SBP destaca ainda que a ampliação da licença-paternidade não é apenas uma questão trabalhista, mas um investimento social. Quanto mais o pai participa do início da vida do filho, maior a chance de vínculos afetivos sólidos, menor o risco de abandono parental e mais equilibradas se tornam as relações de gênero dentro de casa.
Além dos aspectos emocionais e de saúde, a ampliação da licença pode ter reflexos positivos no desempenho escolar futuro da criança e na construção de famílias mais estruturadas.
Em países como Noruega, Suécia e Alemanha, o período de licença dos pais pode ultrapassar três meses, com retorno escalonado ao trabalho e incentivos para a divisão entre os cônjuges.
Mesmo diante dessas evidências, os projetos de lei que propõem a ampliação seguem estagnados no Congresso Nacional. A SBP quer reverter esse cenário com pressão técnica e institucional, argumentando que essa é uma pauta urgente, moderna e de amplo impacto social.
E você, acha que o Brasil precisa rever essa política? A nova lei trabalhista sobre licença-paternidade pode realmente mudar o jogo nas famílias brasileiras? Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir experiências reais de quem vive isso na prática.