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Nova lei é imperdoável e ACABA com a escala 6×1 

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 15/10/2024 às 15:16
Nova proposta quer acabar com a escala 6×1 e reduzir a carga de trabalho. Movimento VAT lidera o debate para uma jornada de trabalho mais justa!
Nova proposta quer acabar com a escala 6×1 e reduzir a carga de trabalho. Movimento VAT lidera o debate para uma jornada de trabalho mais justa!
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A rotina de trabalho pode mudar para sempre com o projeto de lei proposto pela deputada Erika Hilton, que quer acabar com a escala 6×1 e dar aos trabalhadores brasileiros, trazendo assim uma nova chance de equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

O esgotamento físico e mental tem sido uma realidade cada vez mais presente no cotidiano dos trabalhadores brasileiros, que lidam com longas jornadas e pouco descanso.

Uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR) revelou que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking global de casos de burnout, uma condição ligada ao excesso de trabalho e ao desgaste psicológico.

Não surpreende, portanto, que a redução da carga de trabalho seja tema de intensos debates no Congresso Nacional e nas redes sociais.

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Recentemente, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de revisar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A proposta visa a redução da jornada de trabalho e, principalmente, o fim da escala 6×1, que atualmente estabelece que o trabalhador tenha apenas um dia de descanso após seis dias de trabalho consecutivos.

Este modelo é comum em setores como comércio, restaurantes e telemarketing, onde as demandas de serviço não têm pausa.

Entenda o modelo 6×1

A escala 6×1 permite que as empresas organizem a jornada dos empregados em até seis dias de trabalho e um de descanso, somando uma carga horária de até 44 horas semanais.

Embora a CLT defina que o limite diário de trabalho seja de oito horas, muitos profissionais precisam abrir mão de fins de semana e, em alguns casos, trabalhar sete dias seguidos.

Em relação a pausas, a lei exige que o trabalhador tenha intervalos de no mínimo 15 minutos para jornadas entre quatro e seis horas, e de uma a duas horas para jornadas maiores que seis horas.

O modelo tem sido apontado por sindicatos e movimentos sociais como uma das causas da exaustão crônica entre trabalhadores.

A PEC e o Movimento Vida Além do Trabalho (VAT)

A iniciativa de Erika Hilton conta com o apoio do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado por Rick Azevedo, um trabalhador que alcançou notoriedade ao compartilhar no TikTok seu cansaço com a rotina de trabalho.

A partir do apoio online, Rick lançou a petição “Por um Brasil que Vai Além do Trabalho,” que já conta com milhares de assinaturas.

A ideia do VAT é propor uma jornada de quatro dias de trabalho e três de folga, baseada no modelo 4 Day Week Global, que defende a manutenção do salário integral para 80% do tempo trabalhado.

Segundo os organizadores, o objetivo da petição é equilibrar a vida profissional e pessoal dos trabalhadores.

A escala 4×3 é viável para o Brasil?

O VAT não é o único grupo que defende a redução da jornada de trabalho.

Diversos movimentos, incluindo o Antitrampo e o Tang Ping, têm ganhado popularidade no Brasil e no exterior.

No entanto, os desafios de adaptação para um modelo 4×3 são significativos, especialmente em setores essenciais, como saúde e segurança, onde as operações não podem ser interrompidas.

Empresas e especialistas destacam que a redução de dias trabalhados poderia implicar custos extras, aumento da força de trabalho e ajustes operacionais, principalmente em áreas com alta demanda de serviços.

O debate sobre como implementar essa transição de forma eficaz, sem sacrificar a produtividade, é um dos principais pontos de discussão.

Movimentos inspirados pela pandemia

A pandemia de Covid-19 desencadeou uma série de movimentos que questionam o atual modelo de trabalho.

O fórum Antitrampo, por exemplo, reuniu milhares de trabalhadores insatisfeitos com as condições abusivas e inspirou ações como o “quiet quitting” (demissão silenciosa), onde funcionários passaram a realizar o mínimo exigido para preservar sua saúde mental.

Outro exemplo é o “Lazy Job” ou “Trabalho Preguiçoso,” no qual jovens optam por empregos mais flexíveis e menos estressantes, visando um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

O que dizem as autoridades sobre a escala de trabalho?

O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, manifestou-se favorável ao debate sobre a jornada de trabalho, afirmando que caberá ao Congresso Nacional decidir sobre a proposta.

Em audiência no Senado, ele reforçou que o Parlamento precisa refletir sobre o momento ideal para revisar a regulamentação atual.

No entanto, ele destacou que uma mudança deste porte requer ampla participação e que o impacto nos diferentes setores deve ser cuidadosamente considerado.

Desafios e expectativas para o futuro do trabalho no Brasil

Apesar das dificuldades, a pressão por uma reforma da jornada de trabalho é uma realidade que ganhou força nos últimos anos.

Movimentos como o VAT continuam pressionando por mudanças, e a sociedade segue dividida sobre como balancear as necessidades dos empregadores e os direitos dos trabalhadores.

A proposta de Erika Hilton, ao lado da pressão popular e do apoio de movimentos sociais, poderá ser o início de uma revolução silenciosa nas leis trabalhistas do país.

E você, o que pensa sobre o fim da escala 6×1? Acredita que o modelo 4×3 pode ser a solução para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores? Deixe sua opinião nos comentários e participe desse debate!

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Chagas
Chagas
22/10/2024 22:29

Concordo plenamente.

inteligencia é crime
inteligencia é crime(@traktos1)
21/10/2024 09:07

Se a empresa tem alta demanda nada mais justo q contratar o dobro de funcionários trabalhar 6 dia na semana e escravidão acho q até escravo tinha mais tempo livre

Anisio FERNANDES LOPES
Anisio FERNANDES LOPES(@anisiofl)
20/10/2024 08:38

De que adianta, trabalhar 4 dias para folgar 3, se nesses 3 dias de folga o camarada vai fazer bico para completar a renda? Já aconteceu com o cidadão da escala 12×36 que trabalha em dois empregos! Hipocrisia em cima de hipocrisia. Quer aumentar a qualidade de vida da população? Aumente 10 vezes o salário do trabalhador e reduza 10 vezes os dos políticos! Estão ganhando muito dinheiro, trabalhando muito pouco e quando vai é pra fazer besteiras!

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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