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MIT desenvolve nova tecnologia de energia solar que promete revolucionar o mercado

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 16/12/2022 às 14:59
Atualizado em 21/12/2022 às 09:50
Nova invenção do MIT muda o cenário e promete revolucionar o mercado de energia solar
Foto: MIT

Cientistas do MIT desenvolveram uma nova tecnologia de película solar ultrafina capaz de gerar energia elétrica. A inovação pode revolucionar o mercado de energia solar, tendo em vista que pode ser aplicada em qualquer lugar.

Cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram uma tecnologia de células fotovoltaicas inédita que promete mudar completamente o mercado de energia solar. A tecnologia também promete mudar os conceitos de geração de energia solar futuramente. A inovação se trata de células solares de tecido ultraleve, capazes de transformar qualquer superfície em uma fonte de energia.

Células solares possuem um décimo do peso de painéis de energia solar convencionais

Cientistas conseguiram criar células fotovoltaicas que podem ser aplicadas a praticamente qualquer superfície

A nova tecnologia do MIT apresenta uma boa durabilidade, além de uma flexibilidade impressionante e muito mais finas do que um fio de cabelo humano. As células são coladas a um tecido forte e leve, tornando a instalação em superfícies fixas muito mais fácil.

Desta forma, a partir desta nova tecnologia do MIT, que poderá chegar ao mercado de energia solar, é possível gerar energia em movimento, como um tecido de energia vestível ou transportar e instalar de forma rápida em locais remotos para assistência em emergências, por exemplo.

As células desenvolvidas possuem um centésimo do peso dos painéis solares convencionais vendidos no mercado de energia solar e possuem capacidade para gerar 18 vezes mais energia por quilo e são feitos de tintas semicondutoras utilizando processos de impressão que podem ser dimensionados no futuro para a produção em grandes áreas. 

Devido a sua leveza e outras características, a nova tecnologia do MIT pode ser laminada em diversas superfícies. Elas podem ser integradas às velas de um barco, por exemplo, para fornecer energia no mar, aderidas a tendas e lonas que são instaladas em operações de recuperação de desastres ou aplicados nas asas de drones para ampliar sua autonomia. Essa tecnologia leve pode ser facilmente instalada em ambientes desenvolvidos com necessidades mínimas de instalação.

MIT se pronuncia sobre produção da tecnologia

Segundo o líder da Organic and Laboratório de Eletrônica Nanoestruturada, diretor do MIT.nano e autor sênior de um novo artigo que descreve o trabalho, Vladimir Bulovic, as métricas utilizadas para avaliar a nova tecnologia de célula solar são, geralmente, limitadas à sua eficiência de conversão de energia e seu custo em dólares por watt. Também é importante a intregabilidade, isto é, a facilidade com que a nova tecnologia pode ser adaptada.

Os tecidos solares leves permitem a integralidade, dando um impulso ao trabalho atual. Cientistas se esforçaram para impulsionar o uso da energia solar, dada a atual demanda urgente de implantar novas fontes de energia que não emitem CO2.

As células solares comuns, de silício, são frágeis, desta forma devem ser envoltas em vidro e embaladas em uma estrutura de alumínio pesada e grossa, limitando onde e como podem ser instaladas.

Novas células de energia solar são imprimíveis

Há vários anos, a equipe do ONE Lab, do MIT, produz células solares utilizando uma classe emergente de materiais de película fina que eram tão leves que podiam ficar em cima de uma de sabão. Entretanto, essas células solares ultrafinas foram produzidas utilizando processos complexos com base em vácuo, encarecendo o processo e gera desafios para a instalação.

Desta vez, os pesquisadores desenvolveram células de energia solar de película fina que são totalmente imprimíveis, utilizando materiais a base de tinta e técnicas de produção escaláveis.

Para a produção da nova tecnologia, foram utilizados nanomateriais na forma de tintas eletrônicas imprimíveis. Eles revestem a estrutura da célula utilizando um revestidor de matriz de fenda, que deposita camadas de materiais eletrônicos em um substrato liberável preparado com apenas 3 mícrons de grossura.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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