Pesquisadores identificam nova espécie de peixe no Xingu, Imparfinis arceae, com diferença morfológica e genética significativa.
Um grupo do Instituto de Biociências de Botucatu da Unesp descobriu uma nova espécie de peixe no rio Xingu denominada Imparfinis arceae, em estudo publicado em 14 de setembro de 2025. O trabalho envolveu análise genética e morfológica dos exemplares, tendo sido apoiado pela FAPESP.
A descoberta se deu porque uma faixa lateral preta no corpo dos peixes chamou atenção, indicando algo diferente do que se conhecia.
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Características morfológicas que confirmam nova espécie
Os pesquisadores examinaram 20 indivíduos de Imparfinis arceae, coletando dados como coloração, número de vértebras, tamanho dos olhos, comprimento da cabeça etc.
Comparando com Imparfinis hasemani, notaram: os exemplares da nova espécie têm 39 vértebras, olhos mais pequenos e cabeça proporcionalmente maior.
A faixa lateral preta é mais larga no novo peixe do que em I. hasemani. Estas diferenças morfológicas foram decisivas para separá-la.
Genética reforça distinção da nova espécie
Além da morfologia, os cientistas realizaram sequenciamento de fragmentos de DNA, parte da taxonomia integrativa — que une dados físicos (morfológicos) e moleculares para classificar organismos.
Foi constatado mais de 6% de divergência genética entre Imparfinis arceae e outras espécies do gênero Imparfinis, o que confirmou que se trata de uma espécie distinta.
Importância da descoberta no Xingu
O rio Xingu é uma região de alta biodiversidade, focada em muitos estudos de fauna aquática. Descobrir uma nova espécie de peixe lá reforça a necessidade de conservação das bacias hidrográficas amazônicas.
Além disso, muda o panorama do gênero Imparfinis ao incluir características que não haviam sido documentadas antes, contribuindo para entender evolução e adaptação local.
Processo e contexto da pesquisa
O estudo foi publicado na revista Ichthyology & Herpetology. Ele teve suporte da FAPESP, e liderança de Gabriel de Souza da Costa e Silva, do IB-Unesp.
Os pesquisadores destacam que identificar espécies novas exige atenção a sinais visuais externos — como padrão de coloração diferente —, seguido de medições físicas e análises genéticas para confirmar que não se trata apenas de variação dentro de espécie já conhecida.
Consequências para ciência e conservação
A descoberta de Imparfinis arceae reforça que há biodiversidade ainda não descrita no Xingu, o que pode influenciar políticas de preservação ambiental.
Também pode impactar estudos futuros sobre ecologia, comportamento de peixes locais e possíveis efeitos de mudanças ambientais ou intervenções humanas no rio.
A nova espécie de peixe no Xingu, Imparfinis arceae, mostra que combinação de morfologia e genética é poderosa para revelar vida nova e diferenciada.
O estudo liderado pela Unesp, com apoio da FAPESP, amplia nosso entendimento da biodiversidade amazônica.
Fonte: Compre Rural