Nova bateria quântica japonesa promete transformar o mercado, reduzindo o tempo de carregamento de 10 horas para apenas segundos, além de oferecer diversos outros benefícios.
Cientistas japoneses criaram uma inovadora bateria quântica que utiliza o princípio da superposição para recarga. Esta tecnologia de ponta, explorando fenômenos quânticos, promete superar as baterias convencionais em termos de desempenho e durabilidade. Tal descoberta está atraindo o interesse de várias empresas e universidades, impulsionando estudos e pesquisas significativos na área, e já demonstrando avanços consideráveis.
Entenda os principais benefícios por trás da da nova bateria quântica japonesa
Pela primeira vez, pesquisadores da Universidade de Tóquio exploraram um novo processo quântico, que ignora a noção convencional de causalidade, para melhorar ainda mais o desempenho dessas baterias e dar mais um passo rumo à possibilidade de adotá-las no mundo real. Entretanto, para deixar as coisas bem claras, a palavra quantum, ou seja, a física que governa o mundo subatômico, agora conta com várias aplicações.
Desde computadores, dos quais se fala muito, a baterias, de fato. Nesse campo, a tecnologia possibilita a criação de produtos altamente eficientes com consumo de energia muito baixo. A nova bateria japonesa tem a vantagem de recarregar rapidamente, mesmo quando há pouca energia disponível.
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Um estudo do Centro de Física Teórica de Sistemas Complexos do Instituto de Ciência Básica (IBS) na Coréia do Sul estima que o carregamento de uma bateria quântica é 200 vezes mais rápido que o normal, reduzindo, por exemplo, uma recarga de 10 horas para apenas 3 minutos e meio. No caso de uma estação ultrarrápida, esse tempo cairia para apenas 9 segundos.
A bateria quântica está sendo desenvolvida atualmente e, de acordo com o professor Yoshihiko Hasegawa, do Departamento de Engenharia de Informação e Comunicação da Universidade de Tóquio, juntamente com diversos estudantes e pesquisadores, concentrou seu trabalho em estudar a melhor forma de carregar uma bateria quântica, visto que há mais de uma.
Bateria japonesa pode ser carregada utilizando dispositivos ópticos
Segundo Yuanbo Chen, um dos estudantes envolvidos no trabalho de Hasegawa, atualmente, as baterias usam produtos químicos como o lítio para armazenar energia. Uma bateria quântica funciona de acordo com uma lógica diferente.
As baterias químicas são regidas pelas leis da física clássica, já as partículas microscópicas de natureza quântica seguem outras, oferecendo a possibilidade de explorar formas inovadoras de utilizá-las.
Os pesquisadores do Japão estavam particularmente interessados em como as partículas quânticas podem atuar para superar suas crenças em uma de suas experiências mais arraigadas, a do tempo.
Em colaboração com pesquisadores do Centro de Pesquisa em Ciências Computacionais de Pequim, a equipe japonesa tentou carregar uma bateria quântica utilizando dispositivos ópticos, como lasers, lentes e espelhos, explorando, acima de tudo, um método inovador.
Conheça o novo método inovador para carregar a bateria japonesa
De maneira geral, para carregar uma bateria quântica, procede-se por etapas sucessivas colocadas em uma ordem exata. Isso acontece porque a aleatoriedade, nesses campos, segue um caminho definido no qual um determinado evento (A) é seguido por um segundo (B) e depois por um terceiro (C) e assim por diante.
A equipe do Japão, por outro lado, utilizou um novo efeito quântico que chamaram de ordem causal indefinida (ICO), que possibilita que a aleatoriedade dos eventos prossiga em ambas as direções. De A para B, mas também de B para A, em um princípio conhecido como superposição quântica.
Para Chen, com a ICO, a equipe mostrou que a forma como uma bateria composta de partículas quânticas é carregada, pode afetar drasticamente seu desempenho. Também foi observado ganhos enormes tanto na energia armazenada no sistema quanto na eficiência térmica.
Desta forma, um tanto contraintuitiva, foi descoberto o efeito surpreendente de uma interação que é o inverso do que se poderia esperar: um carregador de baixa potência pode fornecer mais energia com maior eficiência do que um carregador de potência mais alta, sendo usado pelo mesmo dispositivo.