Sistema desenvolvido pela empresa Epirus mostra como os campos de batalha do futuro serão dominados por ondas eletromagnéticas capazes de neutralizar enxames de drones sem usar munição tradicional.
A guerra moderna está mudando rapidamente, e os drones se tornaram protagonistas nos principais conflitos armados do planeta. O uso massivo desses dispositivos foi evidenciado nas guerras entre Rússia e Ucrânia e nos ataques entre Israel e Hamas, nos quais drones kamikazes, espiões e armados demonstraram sua eficiência contra alvos de alto valor, como tanques, sistemas antiaéreos, navios e até caças modernos.
Diante desse cenário, diversos países estão investindo na criação de frotas autônomas de drones de ataque e vigilância. No entanto, a ameaça crescente desses enxames aéreos forçou o desenvolvimento de tecnologias de defesa inovadoras, que dispensam armamentos convencionais. É aí que entra a nova arma eletromagnética desenvolvida pela empresa Epirus.
Arma eletromagnética Leonidas: a revolução silenciosa no combate aéreo
Em testes recentes conduzidos no Camp Atterbury, em Indiana (EUA), a Epirus revelou ao mundo a Leonidas, uma plataforma portátil de defesa que utiliza interferência eletromagnética de alta potência para derrubar drones em segundos, sem disparar um único projétil.
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Durante a demonstração, o sistema foi capaz de neutralizar 49 drones simultaneamente, utilizando apenas pulsos eletromagnéticos direcionados — uma verdadeira revolução na guerra eletrônica. Esses pulsos interrompem os circuitos e os sistemas de navegação dos drones, fazendo com que eles caiam do céu como moscas, sem explosões ou danos colaterais.
Como funciona a Leonidas: a nova arma eletromagnética americana
A Leonidas funciona como uma “torre de energia direcionada”, emitindo pulsos HPM (High-Power Microwave) que saturam os circuitos eletrônicos dos dispositivos voadores. Isso significa que a arma não precisa saber onde cada drone está; basta direcionar a energia para uma região e todos os alvos dentro da área de atuação são neutralizados.
O sistema pode ser montado em veículos, utilizado em bases fixas ou até em locais civis estratégicos, como estádios, portos, usinas, aeroportos e centros urbanos, onde o risco de ataques com drones aumenta a cada ano.
Defesa cibernética e o futuro das guerras invisíveis
A Epirus, fundada em 2018, já trabalhou com o Exército, a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, fornecendo sistemas de guerra eletrônica de última geração. A empresa participou de operações no Oriente Médio e nas Filipinas, onde os desafios com drones são frequentes.
Agora, com a nova arma eletromagnética Leonidas, a companhia quer posicionar os EUA como líder global na chamada guerra cibernética, em que não se combate com balas, mas com bits, pulsos e ondas invisíveis.
Segundo o CEO Andy Lowery, essa tecnologia será indispensável na proteção de ambientes sensíveis e de infraestrutura crítica. Ele chegou a se reunir com autoridades do Departamento de Segurança Interna, como Kristi Noem, sugerindo que a Casa Branca pode adotar o sistema Leonidas em sua defesa próxima.
Investimentos milionários e projetos futuros
Para expandir sua capacidade de defesa, a Epirus anunciou novos investimentos milionários no desenvolvimento de tecnologias ainda mais precisas e potentes. A empresa quer criar sistemas móveis, capazes de identificar e atacar ameaças de forma autônoma, com integração de inteligência artificial e respostas em tempo real.
Com a crescente adoção de drones em ataques táticos, a demanda por soluções defensivas baseadas em energia dirigida está em alta. A arma eletromagnética Leonidas se destaca por ser escalável, portátil e ideal para cenários onde minimizar danos colaterais é fundamental.
Comparativo: drones vs armas eletromagnéticas
Tecnologia | Drones de ataque | Leonidas (arma eletromagnética) |
---|---|---|
Custo unitário | Varia de US$ 1 mil a US$ 50 mil | Sistema completo estimado em milhões de dólares |
Modo de ataque | Explosivos, vigilância, sabotagem | Pulsos eletromagnéticos silenciosos |
Alcance | De 2 a 40 km, dependendo do modelo | Varia conforme configuração, podendo cobrir regiões inteiras |
Precisão | Guiado por GPS e câmeras | Amplo, afeta múltiplos alvos ao mesmo tempo |
Risco colateral | Alto (explosivos e queda de peças) | Baixo (interrupção sem impacto físico) |
Defesa contra | Interferência, lasers, mísseis | Sistemas eletrônicos, IA e mísseis guiados por calor |
Um alerta para o mundo: enxames são a nova ameaça
A demonstração da arma eletromagnética Leonidas sinaliza o início de uma nova era nas defesas militares modernas. Em um mundo onde drones voam em enxames coordenados, capazes de sobrecarregar sistemas tradicionais, a capacidade de derrubar dezenas ou até centenas de dispositivos com um único pulso de energia pode se tornar vital.
A corrida armamentista no setor de guerra eletrônica está apenas começando — e países como EUA, China, Rússia, Irã e Israel já estão investindo em armas similares.