China apresenta uma arma de micro-ondas com capacidade de neutralizar drones inimigos, atingindo alvos a até 3 km
A China tem se posicionado como uma força dominante no desenvolvimento de tecnologias militares avançadas, e o recente Airshow China, realizado em Zhuhai, foi a prova concreta disso. Durante o evento, o país apresentou uma gama impressionante de inovações, incluindo o sistema de armas FK-4000, projetado para interceptar ameaças como drones leves com micro-ondas de alta potência (HPM).
Essa exibição de poder tecnológico não só demonstra as ambições militares chinesas, mas também pode destacar como essas inovações moldar os conflitos do futuro.
FK-4000: a nova era da defesa aérea
O FK-4000, desenvolvido pela China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC), é uma arma de defesa aérea móvel capaz de neutralizar drones pequenos e leves com micro-ondas de alta potência. Ele utiliza uma matriz de antenas de 26 pés de largura, projetada para lançar pulsos de micro-ondas a quase 2 milhas de distância, em frações de segundo.
- Elon Musk quer internet em Marte! O bilionário planeja criar sistema semelhante ao Starlink para o Planeta Vermelho
- ANPD investiga: Coleta de íris em São Paulo pode mudar tudo que sabemos sobre segurança digital!
- Sem energia nuclear ou energia fotovoltaica: Mark Zuckerberg e Meta testam a energia mais potente da história
- Nancy Grace Roman: o telescópio da NASA de US$ 4,32 bilhões que promete respostas sobre vida em outros planetas
Armas de micro-ondas, como o FK-4000, representam um avanço significativo em relação aos sistemas de defesa tradicionais. Além de serem mais rápidos e eficientes, podem cobrir grandes áreas e operar de forma invisível. Esses atributos tornam as micro-ondas uma ferramenta ideal para enfrentar ameaças modernas, como exames de drones.
Outro destaque do evento foi o sistema HPM do Grupo Norinco, que incorpora um radar integrado de busca e rastreamento. Além disso, o Thunder Low-Altitude Defense System, desenvolvido pela CETC, aproveita as vantagens das micro-ondas para expandir ainda mais as opções de defesa da China.
Drones em enxame: uma nova estratégia militar
O show aéreo também trouxe à tona o impressionante veículo de lançamento de enxame da CETC. Esse sistema pode lançar 48 drones de asa fixa em apenas quatro minutos, com cada drone pesando até 30 kg e tendo uma autonomia de até 120 minutos. A capacidade de operar drones em enxame abre novas possibilidades estratégicas, como saturar defesas inimigas ou realizar missões de reconhecimento em áreas de difícil acesso.
O uso coordenado de drones em massa não apenas multiplica as opções táticas, mas também representa um desafio significativo para as defesas convencionais, que podem ser sobrecarregadas pela quantidade de alvos simultâneos.
A indústria aeroespacial além do campo militar
A CASC também aproveitou o evento para anunciar avanços no setor aeroespacial que vão além do militar. Entre os 70 acordos assinados, que somam cerca de US$ 8,3 bilhões, estão projetos como satélites meteorológicos, sistemas de comunicação e serviços de lançamento de foguetes. Esses esforços demonstram o compromisso da China em expandir sua influência tecnológica para áreas civis, consolidando sua posição como líder global na economia aeroespacial.
Caças e drones: a vanguarda da tecnologia militar
Outro momento marcante do show foi a exibição das caças furtivas chinesas J-35A e J-20, ao lado do russo Su-57. Pela primeira vez, a China também declarou as capacidades completas do drone Wing Loong-X, projetado para missões antissubmarino. Equipado para múltiplas tarefas, o Wing Loong-X é um exemplo de como a tecnologia não tripulada está redefinindo a guerra moderna.
Reflexões finais
As inovações apresentadas no Airshow China revelam muito sobre a visão da China para o futuro de sua defesa e de seu papel no cenário global. Tecnologias como o FK-4000 e os drones em exame não são apenas impressionantes em termos técnicos, mas também sinalizam mudanças profundas nas estratégias militares e nos desafios que outras nações podem enfrentar ao lidar com essas capacidades.
Seja no campo militar ou no setor aeroespacial civil, a China está moldando um futuro onde a tecnologia desempenhará um papel ainda mais central em conflitos e cooperações internacionais. Enquanto isso, o resto do mundo observa com atenção — e cautela.