1. Início
  2. / Curiosidades
  3. / No topo de uma montanha isolada na China, uma mulher de 90 anos vive há 17 anos sozinha guardando um templo budista centenário entre penhascos e silêncio
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 0 comentários

No topo de uma montanha isolada na China, uma mulher de 90 anos vive há 17 anos sozinha guardando um templo budista centenário entre penhascos e silêncio

Publicado em 11/11/2025 às 15:31
montanha na China onde uma Mulher de 90 anos mantém o templo budista do Templo Centu ativo há 17 anos.
montanha na China onde uma Mulher de 90 anos mantém o templo budista do Templo Centu ativo há 17 anos.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Mulher de 90 anos vive há 17 anos no topo de montanha na China cuidando de templo budista centenário.

No alto de uma montanha em Yinjiang, na província de Guizhou, um templo budista que surgiu na época da dinastia Ming continua de pé entre penhascos e silêncio porque uma senhora de 90 anos decidiu morar ali e cuidar do lugar.

No topo da montanha, cercado por falésias íngremes e por uma paisagem que tira o fôlego, fica o Templo Centu. Há 17 anos, essa mulher sobe, limpa, acende fogo, recebe visitantes, aponta os Bodhisattvas e protege o altar. A montanha não é só cenário, é o centro da história e é nela que se sustenta a vida desse templo isolado.

A montanha e o templo acima das nuvens

O Templo Centu fica na área montanhosa de Muhuang, em Yinjiang, Guizhou. A construção atual está em um ponto elevado da montanha, cercada por floresta densa e por penhascos.

Moradores contam que o templo surgiu no fim da dinastia Ming e início da dinastia Qing e que, depois de um período de destruição, foi sendo reconstruído aos poucos com ajuda da comunidade.

É um templo que só existe hoje porque as pessoas insistiram que ele continuasse existindo naquela montanha.

Nos últimos anos foi aberta uma estrada de concreto feita pelos moradores com doações. Mesmo assim o trecho final continua íngreme.

Quem sobe percebe que o lugar foi pensado para ficar distante, silencioso e protegido.

A guardiã de 90 anos

A protagonista dessa história é a senhora de 90 anos que vive no templo há 17 anos. Ela tem cinco filhos e uma família grande, mas escolheu permanecer na montanha para cuidar do templo.

Apesar da idade, ela anda rápido, sobe e desce, prepara chá e explica cada imagem do altar. Ela mesma diz que já não escuta tão bem, mas lembra de tudo o que foi feito ali.

Ela conta que já plantou verduras na montanha e que o gado de outras pessoas comeu. Conta que a água é puxada por canos desde o pé da montanha.

Conta que já ficou até dez dias sem descer. E mesmo assim segue ali, porque alguém precisa guardar o templo.

Vida no alto da montanha

A rotina não é de isolamento absoluto. Outro idoso de cerca de 80 anos também vive no templo. Eles dividem cozinha, panelas, fogão e tarefas.

A casa principal é de tijolos e há casas de madeira ao lado. É uma vida simples, mas é uma vida real, de quem mora mesmo na montanha e não só visita.

A comida chega trazida por familiares ou por pessoas da vila.

O fogo é aceso ali mesmo. A água vem por tubulação. Ela conta que às vezes não desce por dez dias. Não é conforto, é propósito. E o propósito é manter o templo aberto.

Reconstrução, doações e estrada

O templo atual não apareceu de repente. Moradores explicam que o prédio foi reerguido depois que o antigo foi destruído em uma época difícil. Gente da região doou dinheiro. Um chefe de Zhuhai teria doado dezenas de milhares de yuans.

Outros arrecadaram mais. Com esse esforço coletivo foi possível fazer a estrada de cimento que hoje ajuda quem sobe a montanha.

Mesmo assim, a parte final continua difícil. Há barras de ferro, grande inclinação e vista aberta para o vilarejo lá embaixo.

Quando se chega ao ponto mais alto, a visão é ampla e o lugar parece uma pintura de paisagem chinesa.

Espaço sagrado no ponto mais alto

Dentro do templo há várias imagens consagradas. A senhora de 90 anos aponta e diz quem é quem. Fala de Guanyin, do Deus da Riqueza, do Buda do Ocidente, do Imperador de Jade e até da Rainha Mãe que fica no andar de cima. Algumas imagens foram trazidas de outras casas e colocadas ali.

Ela não apenas mora na montanha, ela conhece o conteúdo espiritual do templo que guarda.

Ela também comenta que precisa subir para limpar cinzas e organizar o espaço. É trabalho contínuo. É zelo.

O que torna essa história forte é a junção de todos os elementos. Uma montanha isolada na China. Um templo que começou na dinastia Ming.

Uma estrada feita com doações. E uma mulher de 90 anos que ficou 17 anos ali para que o templo não fosse abandonado.

Lugares sagrados só continuam existindo quando alguém decide ficar. E aqui quem decidiu ficar foi uma senhora que poderia viver na cidade com a família, mas escolheu a montanha.

Você conseguiria morar no alto de uma montanha cuidando de um templo quase sozinho por tantos anos ou a vida da cidade falaria mais alto para você?

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Fonte
Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x