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Saiba quem controla a Nissan, uma das maiores montadoras do mundo, e descubra onde seus veículos são produzidos para atender o mercado global.
Embora menos popular que a Toyota, a Nissan permanece como uma das 10 maiores fabricantes de automóveis do mundo. Seus modelos icônicos conquistaram amantes em todo o mundo, enquanto sua história se entrelaça com inovações e desafios constantes.
A origem da Nissan remonta a 1911, com a fundação da Kwaishinsha Motor Car Works, em Tóquio. Três anos depois, a empresa lançou o DAT, carro que recebeu esse nome a partir das iniciais de seus fundadores: Kenjiro Den, Rokuro Aoyama e Aketaro Takeuchi.
Em 1934, após ser adquirida pela Nihon Sangyo Co., a montadora foi renomeada como Nissan Motor Co. Ltd., mas os veículos continuaram a ser conhecidos pela marca Datsun, que perduraria até os anos 1970. Em 1937, a marca Nissan também passou a estampar seus modelos.
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Nas décadas seguintes, a Nissan expandiu suas operações para mercados internacionais. Nos anos 1980, registrou crescimento importante, culminando em 1985, quando superou Toyota e Honda em vendas nos Estados Unidos, com cerca de 830 mil unidades comercializadas.
Em 1999, a montadora integrou a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, fortalecendo sua posição global.
Quem é o dono da Nissan
A Nissan Motor Co., Ltd. é uma empresa multinacional japonesa de automóveis. A estrutura acionária da Nissan é diversificada, mas a maior parte de suas ações está vinculada a grandes investidores institucionais e à Renault Group, que é sua parceira estratégica na Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.
Atualmente, a Renault detém cerca de 43,4% das ações da Nissan, enquanto a Nissan possui 15% de participação na Renault, sem direito a voto. Essa parceria foi estabelecida em 1999 e continua a ser uma das principais alianças do setor automotivo global.
O CEO da Nissan, que é o principal responsável pelas operações da empresa, pode mudar ao longo do tempo. A partir de minha última atualização, o cargo de CEO da Nissan era ocupado por Makoto Uchida. Recomendo verificar as informações mais recentes para atualizações sobre a liderança da empresa.
Produção global e mercados principais
A Nissan consolidou operações em quatro mercados principais: Japão, China, Europa e América do Norte. Na China e nos EUA, modelos como Sylphy, Rogue e Altima dominam as vendas.
Nos Estados Unidos, a montadora opera fábricas em Canton, Mississippi, e Smyrna, Tennessee, além de uma unidade dedicada a motores em Decherd, Tennessee.
A planta de Canton produz modelos como Murano, Frontier, Titan e NV, enquanto a de Smyrna fabrica Maxima, Rogue, Pathfinder e Leaf. O Altima é montado em ambas as unidades.
Modelos esportivos, como o GT-R e o 370Z, são produzidos na fábrica de Tochigi, no Japão, enquanto SUVs como Armada são fabricados em Kyushu. Modelos populares como Versa e Sentra saem da planta de Aguascalientes, no México.
A produção global inclui fábricas em 11 países, como Reino Unido, Espanha, Rússia, China, Tailândia, Indonésia, Brasil e África do Sul. Peças são fabricadas em outros sete países, incluindo França, Taiwan e Nigéria, o que demonstra a dimensão da infraestrutura da empresa.
Resultados financeiros e desafios recentes
Apesar de uma receita de US$ 118 bilhões em 2024 e um aumento nas vendas globais para 4,2 milhões de unidades (em comparação com 3,44 milhões em 2023), a Nissan enfrenta desafios.
As vendas atuais ainda estão distantes do pico de 2017, quando a empresa comercializou 5,77 milhões de veículos.
A situação financeira da montadora é delicada. Em novembro de 2024, um alto funcionário revelou ao Financial Times que a Nissan corre risco de colapso, após cortes massivos de 7.000 postos de trabalho devido a uma reestruturação motivada por queda de 85% nos lucros trimestrais.
A competição com marcas chinesas tem impactado duramente suas vendas no Japão e nos EUA.
Ademais, a Renault, parceira histórica, começou a vender gradualmente suas participações na Nissan, sinalizando um possível rompimento da aliança tripla. A Mitsubishi, terceiro membro da colaboração, também enfrenta incertezas.
Uma possível fusão no horizonte
Em meio à crise, a Nissan encontrou um possível respiro através de negociações com a Honda para uma fusão estratégica.
A Mitsubishi também participa das discussões, indicando que as três montadoras japonesas podem unir forças.
As negociações foram confirmadas em dezembro de 2024, com previsão de anúncio de decisão final nos próximos seis meses.
Uma união entre Nissan, Honda e Mitsubishi tem potencial para transformar a indústria automotiva global, criando uma parceria que poderia rivalizar com os gigantes do setor.
Por enquanto, o mercado observa atentamente, aguardando os próximos passos da montadora japonesa.
A Nissan continua a ser uma das marcas mais influentes do setor automotivo, com presença em mais de 18 países e uma história marcada por inovação e resiliência.
Mesmo diante de incertezas, a empresa demonstra capacidade de adaptação, e o desfecho das negociações com a Honda e Mitsubishi poderá definir os rumos de seu futuro na indústria global.
