Médico gaúcho concilia carreira internacional em cirurgia plástica com paixão por carros clássicos, reunindo modelos raros em uma garagem exclusiva no Brasil
A rotina de Eduardo Pellini vai muito além do consultório. Reconhecido como cirurgião plástico em Porto Alegre (RS), ele também encontrou nos supercarros clássicos uma forma de reconhecimento. Assim como os pacientes confiam em seu trabalho estético, colecionadores respeitam seu acervo de raridades.
O médico ampliou sua carreira até a Itália, onde atende regularmente após validar seu diploma na Comunidade Europeia.
Com isso, conquistou uma clientela internacional e, ao mesmo tempo, fortaleceu os laços com o universo automotivo do país.
-
Nova geração do BYD Dolphin é flagrada em testes e ganha versão com dois motores exclusiva para o Brasil
-
Manutenção de carro: impacto da alta nos preços de peças e pneus em 2025
-
Novo BYD Yuan Plus 2026 é registrado no Brasil com 313 cv e recarga ultrarrápida de 150 kW
-
Estado do Nordeste vai ter o primeiro polo automotivo do estado: fábrica da GM vai montar carros elétricos e criar milhares de empregos em Horizonte
Um início inesperado
A coleção surgiu quase por acidente. Em 1999, incentivado pelo pai, apaixonado pelo Ford Galaxie Landau, Pellini comprou um exemplar do sedã.
O veículo valorizou tanto que acabou sendo vendido, mas o arrependimento veio rápido. Para compensar, ele começou a adquirir outros modelos, dando início a uma jornada que só cresceria.
Embora o Landau tivesse peso afetivo, o cirurgião acabou se encantando por carros ainda mais raros e desejados.
A lista de aquisições cresceu com muscle cars icônicos, e cada novo exemplar reforçou a imagem de colecionador respeitado.
Clássicos que brilham
A predileção por carros potentes dos anos 1970 aparece em modelos como dois Dodge Challenger, incluindo o lendário R/T 426, e um Plymouth Barracuda.
O acervo também guarda um Chevrolet Corvette C1 de 1961 e um Buick Riviera 1969.
O Mustang Boss 302 é outro destaque. Pellini mantém a versão original de 1969 e também a edição de 2012, criada justamente para homenagear o clássico.
Além deles, há espaço para um Cadillac Alanté 1992, um BMW Série 8 E31 e até uma Kombi “Corujinha”, símbolo de outra era.
E claro, Ferraris não poderiam faltar. Em sua garagem repousam uma Testarossa, uma 348 e uma 456 GT, ampliando ainda mais a aura da coleção.
Da Itália para o Brasil
As viagens frequentes à Itália também abriram portas para a paixão automotiva. Pellini costuma vasculhar anúncios e classificados europeus em busca de modelos raros.
Esse intercâmbio reforçou a ligação com o país, ao mesmo tempo em que ajudou a trazer novas relíquias para o Brasil.
Foi dessa forma que a coleção se multiplicou a ponto de ocupar cada espaço livre. Carros passaram a dividir vagas em casa, na clínica e em outros imóveis. O improviso, porém, não durou para sempre.
Nasce a Pellini Garage
Para resolver o dilema, Pellini construiu uma garagem exclusiva. Batizada de Pellini Garage, tornou-se não apenas depósito, mas também ponto de encontro.
Amigos e entusiastas visitam o espaço para admirar veículos que hoje funcionam como verdadeiras obras de arte sobre rodas.
O local reúne muito mais que automóveis. O médico instalou um bar, simuladores de corrida e até peças históricas, como o volante de uma McLaren guiada por Ayrton Senna.
Em junho, a Pellini Garage recebeu seu primeiro encontro oficial. O sucesso foi imediato e reforçou a ideia de que o acervo virou atração por si só.
Pellini já deixou claro: não pretende parar. “Que venham os próximos”, disse com entusiasmo.
Entre duas paixões
Cirurgia plástica e carros clássicos parecem universos distantes, mas para Eduardo Pellini caminham lado a lado.
Porque, no consultório, ele transforma a autoestima dos pacientes. E, na garagem, transforma motores em símbolos de status, história e emoção.
Dessa união nasceu uma trajetória que o coloca entre bisturis e colecionáveis, sempre em busca da perfeição.
Com informações de UOL.