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Um gigante navio chines atravessou o Ártico em apenas 20 dias transportando 4.000 contêineres e revolucionou o comércio China-Europa; conheça o Istanbul Bridge

Publicado em 20/10/2025 às 17:01
Istanbul Bridge completa travessia pelo Ártico em apenas 20 dias, transportando 4.000 contêineres e reduzindo pela metade o tempo de envio de mercadorias da China à Europa.
Istanbul Bridge completa travessia pelo Ártico em apenas 20 dias, transportando 4.000 contêineres e reduzindo pela metade o tempo de envio de mercadorias da China à Europa. Imagem: Ningbo Zhoushan Post
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Istanbul Bridge completa travessia pelo Ártico em apenas 20 dias, transportando 4.000 contêineres e reduzindo pela metade o tempo de envio de mercadorias da China à Europa. Descubra os impactos logísticos e estratégicos dessa rota inovadora.

Um feito histórico foi registrado pelo porta-contêiner Istanbul Bridge, que completou uma travessia pelo Ártico até o porto britânico de Felixstowe, encurtando pela metade o tempo necessário para enviar mercadorias da China à Europa.

A embarcação transportava cerca de 4.000 contêineres com produtos estratégicos, como baterias de íons de lítio, painéis solares e peças para carros elétricos, mostrando o potencial da rota para acelerar a logística internacional.

O navio partiu do porto chinês de Ningbo-Zhoushan em 22 de setembro e concluiu a viagem em 20 dias, mesmo enfrentando um atraso de dois dias causado por uma tempestade na costa da Noruega.

Comparativamente, o trajeto via Canal de Suez normalmente leva de 40 a 50 dias.

Istanbul Bridge e a Rota Marítima do Norte

A travessia ocorreu pela Rota Marítima do Norte, totalmente situada na zona econômica exclusiva da Rússia.

O derretimento do gelo no Ártico abriu uma janela sazonal para navegação, permitindo que navios realizem trajetos antes inviáveis.

De acordo com a Reuters, o Ártico aqueceu quatro vezes mais rápido que a média global nas últimas quatro décadas, possibilitando rotas comerciais regulares sobre essa região.

Para a China, essa alternativa reduz a dependência de corredores tradicionais, como o Estreito de Malaca e o Canal de Suez, especialmente em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos.

Benefícios econômicos e ambientais da nova rota

A operadora Sea Legend Line Limited destaca que o trajeto mais curto também diminui as emissões de CO₂. Segundo Li Xiaobin, diretor de operações, “as baixas temperaturas ajudam a conservar os componentes de alta tecnologia e os mares mais calmos reduzem o risco de danos”.

Fang Yi, diretor-executivo da companhia, complementa que a rota ártica pode reduzir estoques em até 40%, aumentando a eficiência logística.

Para setores como o de veículos elétricos, a redução no tempo de transporte impacta diretamente na velocidade de entrega e no capital imobilizado.

Europa: destino estratégico e crescente mercado da China

O Istanbul Bridge chegou a Felixstowe com cargas destinadas a portos na Alemanha, Polônia e Países Baixos.

Dados recentes indicam que, em setembro, as exportações chinesas para a Europa cresceram 14% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as destinadas aos Estados Unidos caíram 27%. A rota reforça a Europa como mercado prioritário para a China.

Apesar das vantagens logísticas, a nova rota traz implicações estratégicas. A dependência europeia do comércio chinês pode aumentar, coincidindo com medidas da União Europeia para proteger sua indústria de carros elétricos.

Paralelamente, os EUA reforçam sua presença no Ártico; recentemente, Washington e Finlândia firmaram um acordo para construir uma frota de quebra-gelos, garantindo controle na região e disputando espaço com Pequim e Moscou.

Após Felixstowe, o Istanbul Bridge seguirá para Hamburgo, e a Sea Legend Line planeja ampliar a operação em 2026, com mais navios de classe de gelo durante o verão.

No inverno, quando a rota será bloqueada pelo gelo, a empresa pretende fortalecer os serviços para o leste europeu.

Com informações do Xataka

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Andriely Medeiros de Araújo

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