A NASA revelou uma imagem inédita e altamente detalhada de um asteroide com formato considerado incomum pelos astrônomos. A estrutura irregular e cheia de saliências surpreendeu os pesquisadores
A NASA divulgou recentemente uma imagem impressionante do asteroide Donaldjohanson, capturada pela sonda Lucy. O objeto, localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, tem uma estrutura peculiar.
Trata-se de um binário de contato, formado pela colisão de dois corpos celestes menores, o que dá ao asteroide uma aparência que lembra duas casquinhas de sorvete unidas.
Missão Lucy se aproxima a menos de mil quilômetros
O registro foi feito no dia 20 de abril, quando a sonda Lucy chegou a cerca de 960 quilômetros de distância do asteroide.
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Durante a aproximação, a nave tirou fotos a cada dois segundos. As imagens obtidas confirmaram a estrutura binária do objeto, e também revelaram que ele é um pouco maior do que se estimava antes. Donaldjohanson tem cerca de 8 quilômetros de comprimento e 3,5 quilômetros de largura em seu ponto mais largo.
Nome em homenagem à descoberta de Lucy
O asteroide recebeu esse nome como homenagem ao antropólogo que descobriu os fósseis de Lucy, uma importante ancestral da humanidade.
Agora, ele também integra a trajetória da sonda que carrega o mesmo nome. Para os cientistas, o formato incomum de Donaldjohanson poderá ajudar a entender melhor os processos de colisão que deram origem aos planetas do sistema solar.
Encontro marca nova etapa da missão
Esse encontro aconteceu três anos e meio após o lançamento da missão e 17 meses depois da sonda Lucy visitar seu primeiro alvo, o asteroide Dinkinesh, e sua minilua, Selam.
Assim como Donaldjohanson, Selam também é um binário de contato. Os pesquisadores consideram esses dois encontros como aquecimentos antes do principal objetivo da missão: explorar os chamados asteroides troianos de Júpiter.
Os asteroides troianos ficam presos em pontos específicos da órbita de Júpiter, devido à gravidade do planeta. Nenhuma nave espacial já chegou perto desses objetos.
A missão Lucy, com custo estimado em US$ 989 milhões, deve mudar isso. Segundo a NASA, a sonda continua viajando pelo cinturão principal de asteroides e deve chegar ao seu primeiro troiano, chamado Eurybates, em agosto de 2027. Outros quatro encontros com troianos estão previstos até 2033.
Nas próximas semanas, os cientistas vão analisar as imagens feitas por Lucy. A sonda está equipada com sensores de imagem em preto e branco, imagem colorida, espectrômetro infravermelho e infravermelho térmico. Esses dados podem trazer novas pistas sobre a origem dos corpos celestes e a história do sistema solar.