Em uma publicação da agência, foi explicado que o projeto Experimento de Ebulição e Condensação em Fluxo (FBCE), transferência de calor, pode resfriar os cabos que transportam altas correntes, potencialmente permitindo um carregamento para carro elétrico super-rápido sem o risco de superaquecimento.
O objetivo inicial era permitir que o fluxo de fluido bifásico e experimentos de transferência de calor sejam conduzidos em um ambiente de microgravidade de longa duração na Estação Espacial Internacional.
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De acordo com a NASA, o módulo de ebulição de fluxo do FCBE conta com peças geradoras de calor montados ao longo das paredes de um canal de fluxo onde o fluido refrigerante é disponibilizado no estado líquido. Desta forma, de acordo com o aquecimento desses aparelhos, a temperatura do líquido do canal aumenta e o líquido adjacente às paredes começa a ferver.
Sistema funcionaria em missões na Lua, Marte, entre outros
Após aquecer o líquido são formadas pequenas bolhas nas paredes que se afastam das paredes em alta eficiência. De acordo com os pesquisadores, este processo transfere calor de forma mais eficaz, aproveitando a temperatura mais baixa do fluido e também a mudança de fase para vapor. Este processo é muito melhorado quando o líquido fornecido ao canal está num estado sub-resfriado.
O sistema foi criado para auxiliar a fornecer modelos de energia de fissão nuclear para missões à Lua, Marte e além; bombas de calor de compressão de vapor para apoiar habitats lunares e marcianos e sistemas para disponibilizar controle térmico e vida avançada para apoiar naves espaciais a bordo.
Como o sistema da NASA funcionará no carregamento de carros elétricos?
O sistema de carregamento de um carro elétrico possui um cabo que termina com um plugue inserido na entrada de carregamento do veículo. A corrente elétrica é entregue à bateria do veículo, responsável por alimentar o motor elétrico.
A passagem de corrente por um condutor resulta em uma quantidade finita de geração de calor, e quanto maior a corrente, maior o calor gerado.
Por conta dos limites de temperatura, os cabos de carregamento para sistemas comuns de alimentação rápida, de 42 kW, exigem condutores consideráveis, tornando o cabo muito pesado, dificultando para manobras.
Com a tecnologia da Nasa, o refrigerante líquido dielétrico passa pelo cabo de carga, onde captura o calor gerado pelo condutor de corrente. A ebulição de fluxo sub-resfriado permite que os cientistas disponibilizem 4,6 vezes mais corrente em relação à dos carregadores de carros elétricos mais rápidos disponíveis atualmente no mercado, removendo até 14,22 quilowatts de calor.
Fonte: NASA