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Não é Rússia nem EUA: este país tem mais vagas em bunkers do que pessoas, lidera no quesito e quer investir mais

Publicado em 21/07/2025 às 19:55
Bunkers, Suíça, Abrigos
Imagem representativa: IA
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Com mais de 370 mil abrigos, Suíça garante vaga para todos os moradores em bunkers resistentes a armas nucleares e desastres naturais

A Suíça abriga uma das maiores redes de bunkers do mundo. Com 8,8 milhões de habitantes, o país possui mais de 370 mil abrigos nucleares. Isso significa que há mais vagas em bunkers do que pessoas em todo o território suíço.

Estruturas camufladas e prontas para resistir

Esses abrigos estão espalhados por cidades, montanhas e áreas rurais. Alguns ficam camuflados atrás de portas em florestas.

Outros estão sob casas que parecem comuns, mas escondem estruturas de concreto com dois metros de espessura e janelas com buracos para rifles.

Desde 1963, uma lei obriga o país a garantir uma cama em bunker para todos os moradores, incluindo estrangeiros e refugiados.

A regra exige pelo menos um metro quadrado por pessoa. Os abrigos devem estar localizados a, no máximo, 30 minutos de caminhada das casas — ou 60 minutos nas regiões montanhosas.

Boa parte dos cidadãos vive em prédios que já contam com bunkers no subsolo. Quando isso não acontece, o governo oferece instalações públicas próximas.

Resistência contra armas e desastres

Esses abrigos não servem apenas para guerra. São projetados para resistir a armas nucleares, biológicas e químicas, além de explosões convencionais.

As estruturas suportam até 10 toneladas de pressão por metro quadrado. Isso significa que podem aguentar o peso de um prédio inteiro desabando sobre elas.

Os filtros de ar conseguem purificar o ar externo, mesmo que esteja contaminado com gases tóxicos. Em situações de emergência, como terremotos, esses locais também funcionam como moradias temporárias. A ideia é proteger a população civil em qualquer tipo de desastre.

Origem na guerra e uso atual

A rede de proteção começou na Segunda Guerra Mundial, quando a Suíça buscava manter sua neutralidade diante dos regimes totalitários.

Durante a Guerra Fria, o sistema foi ampliado. O governo incentivou a construção de bunkers em prédios privados.

Todos os abrigos precisam passar por inspeções regulares a cada dez anos. Só recebem certificado os que estão em boas condições.

Mesmo assim, muitos desses espaços viraram adegas, depósitos ou despensas. Pela lei, em caso de crise, os cidadãos têm dois dias para restaurar os bunkers à função original.

Reforma diante de novos riscos

Muitos bunkers foram construídos há mais de 50 anos e precisam de modernização. Diante disso, a Suíça anunciou um investimento de US$ 250 milhões para recuperar e atualizar essas estruturas.

As autoridades afirmam que a modernização tem foco em segurança pública, e não militar.

A decisão está ligada ao cenário global. A guerra na Ucrânia reacendeu preocupações com a estabilidade da Europa e o risco de ataques a instalações nucleares.

Desde o início do conflito, empresas como Oppidum Bunkers, Mengeu AG e Lunor relataram um aumento expressivo na procura por reformas e avaliações técnicas.

População suiça volta a procurar os abrigos

Cidadãos e representantes de governos locais têm feito perguntas frequentes aos órgãos de proteção civil: “Onde fica meu bunker?”, “Ele ainda funciona?”, “Como posso reformar?”. Esse interesse mostra que o tema voltou ao centro das atenções no país.

Durante muito tempo, a Suíça se beneficiou do “dividendo da paz”, poupando recursos com defesa. Agora, com um novo cenário internacional, o país retoma a atenção ao seu sistema de defesa civil.

Enquanto outros países ampliam exércitos, a Suíça aposta na prevenção. Seu sistema de bunkers segue como símbolo de preparo.

Mesmo sem saber a localização exata do abrigo, muitos suíços sentem segurança só por saber que ele existe.

Com informações de BBC.

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Romário Pereira de Carvalho

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