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Na contramão da Ford, que encerrou produção e saiu do Brasil, Toyota, uma das maiores fabricantes de veículos do planeta, investe na contratação de mão-de-obra feminina em suas fábricas para o crescimento de sua operação no país

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 09/03/2022 às 07:49
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Mulheres trabalhando em fábrica da Toyota – Imagem Toyota

Multinacional fabricante de veículos Toyota aumentou em 100% a contratação de mulheres na área produtiva nos último 3 anos, aumentando significativamente a diversidade em suas fábricas

Nos últimos três anos, o número de mulheres na operação em fábricas da Toyota Brasil cresceu mais de 1000% e, para continuar aumentando, a fabricante de veículos tem investido em melhorias de infraestrutura, processos seletivos e políticas afirmativas, que visam facilitar a permanência das mulheres. A contratação para o terceiro turno da fábrica de Sorocaba, SP, em novembro de 2021, foi um marco importante nessa história, uma vez que 37% dos contratados eram mulheres. Na mesma linha, os novos estagiários, contratados no início de 2022, também tiveram uma grande participação feminina na contratação, com 37% das vagas. 

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A multinacional Toyota mira um ambiente de trabalho mais diverso, e tem investido na captação de talentos femininos para todas as áreas da empresa. O processo acompanha os avanços da sociedade e traz mudanças importantes para um setor historicamente masculino. 

“Entendemos que, para continuar crescendo de forma sustentável, é necessário ter diversidade e inclusão no ambiente de trabalho. Nos últimos anos, intensificamos nossas ações com esse objetivo e já conquistamos avanços importantes, o que não significa que o trabalho possa parar. Esse é um processo contínuo, que deve considerar não apenas a contratação, como também a permanência e o desenvolvimento desses talentos em um ambiente seguro e conectado com os avanços e discussões sociais”, explica Celso Simomura, diretor regional de Recursos Humanos e Administração da Toyota do Brasil.

Além da isonomia salarial, Toyota oferece benefícios para as mães, como flexibilidade no horário de trabalho, apoio na volta da licença-maternidade e sala de amamentação para as lactantes

Como política interna, a isonomia salarial para homens e mulheres é regra. Além disso, a Toyota oferece benefícios para as mães, como flexibilidade no horário de trabalho, apoio na volta da licença-maternidade e sala de amamentação para as lactantes – uma conquista da organização interna das colaboradoras.

Grupos de afinidades

Para uma diversidade ampla, a Toyota se organizou em cinco grupos de afinidades: LGBTQIA+, Geracional, Raça e Etnia, PCD e Gênero. Todos eles promovem grupos de conversa, cartilhas e depoimentos que buscam intensificar e trazer para todo o coletivo da empresa as discussões nessas frentes. Com base nessa organização, os colaboradores propõem melhorias e caminhos para que a empresa se torne mais diversa, tendo suas necessidades e percepções como ponto de partida.  

Foi com o grupo de afinidades de gênero que algumas mudanças importantes aconteceram na empresa, como a mentoria exclusiva para mulheres, o recrutamento com o foco em diversidade, e o desenvolvimento do uniforme feminino para a operação, para comportar a crescente demanda. 

“Para além de questões estratégicas macro sobre inclusão, é preciso pensar no que afeta direta e diariamente nossos colaboradores. Por isso, a organização dos grupos de afinidade é importante, uma vez que facilita a proposição e o requerimento de melhorias para o ambiente de trabalho”, finaliza Simomura. 

Fundação Toyota

Em conjunto com a Fundação Toyota, diversas outras ações são realizadas para trazer autonomia e reconhecimento para as mulheres. O projeto ReTornar, por exemplo, além de ser uma importante ferramenta de economia circular, que recicla resíduos da operação das fábricas, como cintos, airbags e uniformes, também capacita e gera emprego e renda para três grupos de costureiras de São Paulo. Mais de 1500 pessoas já foram beneficiadas diretamente com as ações. 

Na contramão da Ford, que interrompeu produção de veículos e fechou todas as fábricas no Brasil, a multinacional Volkswagen ultrapassa cinco mil colaboradores em seu complexo industrial, com mil contratações desde o início da pandemia

Na contramão da Ford, que encerrou produção de veículos e fechou fábricas no Brasil, a montadora Volkswagen ingressa no mercado asiático e ultrapassa os cinco mil colaboradores em seu complexo industrial, com mil contratações desde o início da pandemia. Ampliação do quadro faz parte da expansão com investimentos de R$ 2 bilhões até 2025. Recursos da multinacional vão para internacionalização e desenvolvimento de veículos mais sustentáveis VW Caminhões e Ônibus.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus vai fechar o ano com cinco mil trabalhadores atuando em sua fábrica, juntamente com seus parceiros no Consórcio Modular. Desse total, mil profissionais foram contratados desde o início da pandemia, o que representa um crescimento de mais de 25% em seus quadros. Leia a matéria completa aqui.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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