Na China, academia lança desafio de emagrecimento que oferece um Porsche a quem perder 50 kg em 3 meses. Entenda como funciona, os riscos e o papel da Porsche no mercado chinês.
Na cidade de Binzhou, província de Shandong, na China, uma academia lançou um desafio em que quem conseguir perder 50 kg em até três meses ganha um Porsche. O desafio — criado por uma rede local — exige pagamento de taxa de inscrição, inclui hospedagem e alimentação, e já atraiu alguns participantes, apesar dos alertas médicos.
Tudo acontece na China porque o mercado fitness e a cultura de “transformação extrema” têm atraído ideias criativas.
A proposta envolve a marca Porsche justamente pelo efeito de status que ela tem no país, além de chamar atenção global para o caso.
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Contexto do desafio e seu funcionamento
A academia chinesa oferece como prêmio um Porsche Panamera 2020 (pertencente ao dono da academia) para quem atingir a meta de emagrecimento: perder 50 kg em três meses.
O valor da inscrição é cerca de 10 mil yuans (aproximadamente R$ 7.500) e o número de participantes está limitado a 30 vagas.
A academia afirma que haverá “treinamento profissional e orientação nutricional para ajudar os participantes a perder peso com segurança”.
Além disso, o prêmio usa justamente o Porsche — marca reconhecida na China por seu valor aspiracional — para dar visibilidade ao desafio.
O uso do nome Porsche e da localidade China cria um atrativo global, mas também coloca sob exame os limites desse tipo de campanha.
China vira cenário de desafio: quem perder 50 kg em 90 dias ganha um Porsche Panamera 2020
A presença da marca Porsche em campanhas como essa não é coincidência.
No mercado chinês, a marca alemã se tornou sinônimo de luxo e apelo premium.
Por outro lado, o mercado da China está se transformando — com concorrência crescente de marcas locais e uma mudança no perfil de consumo.
Ao escolher a China como palco, o desafio se apoia justamente em um público que valoriza símbolos de status como o Porsche e que pode responder a iniciativas de “transformação” corporal — o que explica a junção do cenário.
Portanto, o uso conjunto de “China” + “Porsche” tem um peso estratégico.
Críticas e alertas sobre saúde
Especialistas em saúde já se manifestaram: o ritmo exigido — perder cerca de 50 kg em três meses — representa uma média muito acima do recomendado.
Por exemplo, segundo cirurgião gástrico Pu Yansong, uma redução tão rápida “pode sobrecarregar órgãos vitais e até colocar a vida em risco”.
Enquanto isso, outras orientações internacionais recomendam uma perda mais gradual — o que contrasta com esse tipo de desafio.
O uso do Porsche como isca, portanto, levanta uma questão ética: até que ponto incentivar emagrecimento extremo em troca de um prêmio de luxo é seguro ou responsável?
Implicações de imagem para a Porsche na China
Para a Porsche, essa associação com o desafio pode ter desdobramentos de imagem.
A marca, que já enfrenta queda nas vendas na China — com recuo significativo no primeiro trimestre de 2025 — precisa equilibrar o apelo de status com uma percepção de responsabilidade.
Se a campanha for vista como sensacionalista ou arriscada à saúde, isso pode gerar críticas que afetam a marca.
Além disso, a China permanece um mercado vital para a Porsche — interrupções na relação ou questões de percepção local podem ter impacto nos resultados.
Portanto, a associação do nome Porsche com esse tipo de desafio extremo exige cautela.



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