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Na China, os cientistas desenvolveram uma mini bateria nuclear capaz de funcionar por mais de 7.000 anos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 25/09/2024 às 19:50
Atualizado em 26/09/2024 às 08:36
Na China, os cientistas desenvolveram uma mini bateria nuclear que funciona há mais de 7.000 anos
Foto; Reprodução

Cientistas chineses criam uma mini bateria nuclear que pode funcionar por até 7.000 anos, prometendo revolucionar o futuro das fontes de energia com essa inovação impressionante.

As baterias, em geral, são essenciais para a transição energética, já que fornecem energia para uma variedade de dispositivos e tecnologias, dos mais simples aos mais complexos. Assim, a busca por baterias mais eficientes, duráveis e ecológicas é uma prioridade para cientistas em todo o mundo. A invenção de uma mini bateria nuclear que pode durar mais de 7.000 anos representa um avanço significativo no campo da tecnologia energética.

O desenvolvimento dessa mini bateria nuclear, fruto de uma pesquisa conduzida por uma equipe de cientistas chineses, é um exemplo promissor de como essa busca pode resultar em soluções inovadoras.

Um avanço tecnológico chinês

Os pesquisadores chineses, associados a diversas instituições de renome, como a Universidade Soochow e a Universidade Tecnológica de Xi’an, criaram um projeto inovador de baterias micronucleares.

O objetivo dessa equipe foi desenvolver uma bateria que fosse não apenas incrivelmente pequena, mas também capaz de durar por milhares de anos, utilizando a decomposição radioativa para gerar energia em pequena escala.

Explicação rápida: A decomposição radioativa, também chamada de decaimento radioativo, é o processo natural pelo qual o núcleo instável de um átomo perde energia emitindo radiação.

A decomposição radioativa produz energia porque, durante o processo, a matéria é convertida em energia de acordo com a famosa equação de Einstein, E=mc2E = mc^2E=mc2. Isso significa que pequenas quantidades de massa se transformam em uma grande quantidade de energia.

A base desse avanço está em um conceito de design estrutural que combina actinídeos, elementos conhecidos por sua radioatividade, com lantanídeos, que possuem propriedades luminescentes.

Essa combinação criou uma arquitetura em nível molecular que permitiu a conversão de energia de decomposição radioativa em luz, e, em seguida, em eletricidade. Segundo os cientistas, essa nova bateria é até 8.000 vezes mais eficiente do que qualquer outra tecnologia anterior no campo de baterias nucleares.

Funcionamento da mini bateria nuclear

mini bateria nuclear - china

A bateria micronuclear desenvolvida por essa equipe utiliza a energia gerada pela decomposição de radioisótopos.

Esse processo de decomposição radioativa gera uma quantidade pequena de eletricidade, na faixa de nanowatts a microwatts, mas é extremamente estável e duradouro.

Um dos grandes diferenciais das baterias micronucleares em relação às químicas tradicionais é a sua longevidade, que depende diretamente da meia-vida do radioisótopo utilizado. Ou seja, essas baterias podem funcionar por décadas ou até milênios, conforme o tipo de material radioativo empregado.

Outro aspecto interessante é que as baterias micronucleares são imunes a fatores ambientais que afetam outras tecnologias, como temperatura, pressão ou campos magnéticos.

Isso as torna extremamente adequadas para cenários extremos, como missões espaciais ou dispositivos implantados em locais de difícil acesso, onde a substituição de baterias é praticamente inviável.

Potencial futuro

Embora o desenvolvimento dessas baterias micronucleares represente um avanço notável, ainda existem desafios consideráveis a serem superados antes que essa tecnologia possa ser aplicada de maneira ampla. Atualmente, a quantidade de energia gerada por essas baterias é muito pequena para alimentar dispositivos comuns.

Um exemplo citado pelos cientistas chineses é que seriam necessárias aproximadamente 40 bilhões de baterias micronucleares para gerar eletricidade suficiente para um dispositivo de 60 watts, como uma lâmpada doméstica.

Ainda assim, a longevidade dessas baterias as torna ideais para aplicações específicas, como em missões espaciais de longa duração. Imagine uma sonda enviada ao espaço profundo, onde a manutenção é impossível e a energia solar pode não ser uma opção viável.

Nesse cenário, uma bateria nuclear com uma duração potencial de mais de 7.000 anos poderia ser a solução perfeita para alimentar pequenos dispositivos eletrônicos.

A invenção da mini bateria nuclear que pode durar milhares de anos é um marco no desenvolvimento de fontes de energia sustentáveis e de longa duração.

Embora ainda haja limitações práticas a serem superadas, principalmente em termos de capacidade de energia, essa tecnologia abre portas para um futuro onde baterias duráveis e estáveis possam ser usadas em uma ampla gama de aplicações, desde missões espaciais até dispositivos eletrônicos minúsculos. A pesquisa publicada na revista Nature.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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