Além das acusações de fraudes e violações de sanções ao Irã, EUA alega que aparelhos da Huawei podem ser usados para espionagem pelo governo chinês
Desde 2018, o início das sanções, a Huawei tem estado no epicentro de uma batalha tecnológica global, com os EUA alegando riscos de segurança nacional e impondo restrições severas. A chinesa tem se esforçado desde então para manter sua posição no mercado global de smartphones e não se deixou deter com as sanções, que incluem a proibição de utilizar tecnologias de empresas norte-americanas, como Google e Qualcomm, desafiaram a Huawei a buscar soluções internas. O Mate 60 Pro, lançado recentemente, é um testemunho do compromisso contínuo da Huawei em inovar e criar produtos de alta qualidade, mesmo sob pressão.
O processador Kirin 9000s, alimentando o Mate 60 Pro, é um dos destaques deste lançamento. Fabricado com a tecnologia de litografia de 7nm pela SMIC, este chip representa um avanço significativo na fabricação de semicondutores na China. Chips de menor litografia possibilitam a colocação de mais transistores em um espaço menor, resultando em desempenho aprimorado e eficiência energética.
Comparando-se com o iPhone:
Uma análise da TechInsights revelou que a velocidade da conectividade 5G no Mate 60 Pro é comparável à dos iPhones mais recentes. Isso é notável, considerando o fato de que a Huawei está competindo com gigantes como a Apple, mesmo com tecnologia de chip ligeiramente defasada. Isso levanta a questão: até que ponto a Huawei pode chegar com sua fabricação local de chips.
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Apesar de um processo de 7nm parecer defasado em comparação com chips de 4nm ou até 3nm, a conquista da Huawei é notável. Isso demonstra a capacidade da China de desenvolver um ecossistema doméstico de semicondutores. Com as sanções dos EUA em vigor, a Huawei está determinada a trilhar seu caminho rumo à autossuficiência. Isso não apenas reduz a dependência de tecnologias estrangeiras, mas também fortalece a posição da China como líder tecnológico.
A saga da Huawei em meio às sanções dos EUA e seu compromisso e determinação a ser uma protagonista em redefinir mercado tecnológico global.
A tecnologia não é o único campo onde a Huawei enfrenta desafios. Enquanto a TSMC, fornecedora da Apple, utiliza litografia ultravioleta extrema em processos de 4nm, a China enfrenta dificuldades técnicas em adquirir máquinas desse tipo devido às restrições de importação. Essas restrições prejudicam a capacidade da China de se manter competitiva no mercado global de semicondutores.
Relembrando as Sanções dos EUA contra a Huawei:
As sanções dos EUA contra a Huawei têm raízes profundas, remontando a mais de cinco anos. Alegações de que os aparelhos da Huawei poderiam ser usados para espionagem pelo governo chinês e acusações de fraudes e violações de sanções ao Irã contribuíram para essa crise. A inclusão da Huawei na lista de entidades não-confiáveis pelos EUA em 2019 cortou seu acesso a recursos essenciais, desde o sistema operacional Android até processadores de ponta.