1. Início
  2. / Energia Renovável
  3. / Multinacionais Aker Horizons, Statkraft e Sowitec se unem para projeto de hidrogênio e amônia verdes no estado da Bahia
Tempo de leitura 3 min de leitura

Multinacionais Aker Horizons, Statkraft e Sowitec se unem para projeto de hidrogênio e amônia verdes no estado da Bahia

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 29/04/2022 às 17:13
Atualizado em 02/05/2022 às 14:48
Companhias Aker Horizons, Statkraftse e Sowitec estão unidas em uma nova parceria para um projeto no estado da Bahia, que irá impulsionar o mercado de energia renovável no Brasil, com a produção das novas apostas do segmento, o hidrogênio e a amônia verdes
Foto: onurdongel/iStock
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Companhias Aker Horizons, Statkraft e Sowitec estão unidas em uma nova parceria para um projeto no estado da Bahia, que irá impulsionar o mercado de energia renovável no Brasil, com a produção das novas apostas do segmento, o hidrogênio e a amônia verdes

Na última terça-feira, (26/04), as multinacionais norueguesas Aker Horizons e Statkraft e a empresa alemã Sowitec anunciaram o seu projeto híbrido de produção de energia renovável e hidrogênio e amônia verdes no estado da Bahia. A planta de produção é a nova aposta das companhias para o mercado de energia no Brasil, principalmente após a crise de fertilizantes ao longo do início de 2022. 

Projeto híbrido de produção de energia renovável a partir de hidrogênio e amônia verdes das multinacionais Aker, Statkraft e Sowitec será construído na Bahia 

A Bahia já é palco de empreendimentos gigantescos nos ramos da mineração, construção civil e, principalmente, energia renovável, e agora será o local da planta de produção de amônia e hidrogênio verdes que será construída pelas multinacionais norueguesas e alemã Aker, Statkraft e Sowitec. As companhias anunciaram o projeto na última semana e deram mais alguns detalhes sobre como ele será realizado no estado ao longo dos próximos anos. 

Assim, o projeto está previsto para ser finalizado já no ano de 2027 para entrar em operação e beneficiar o segmento energético. As multinacionais pretendem realizar a substituição da amônia cinza pela amônia verde para a produção de fertilizantes e, além disso, realizar uma grande produção de energia renovável a partir do hidrogênio verde na planta. Além disso, a parceria também incluiu uma nova planta entre a Aker e Statkraft em projetos de hidrogênio verde na Índia, onde o energético será direcionado para descarbonizar a produção de aço no país asiático.

A Aker Clean Hydrogen é uma companhia especializada em hidrogênio limpo, controlada pela Aker Horizons, do tradicional grupo industrial norueguês Aker, enquanto a Statkraft é  uma das principais empresas no ramo de energia renovável da Europa, atuando em projetos de hidrelétricas, energias eólica, solar e biomassa. Por fim, a Sowitec é a última das multinacionais empreendedoras que atuarão no projeto e é focada no mercado de energia renovável, possuindo 8 GW de projetos eólicos e solares no Brasil, entre ativos instalados ou em construção para início em breve da operação.

Brasil ainda é bastante dependente de fertilizantes e projeto de produção de hidrogênio e amônia verdes pode contribuir para esse segmento, além do mercado de energia renovável 

O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo e possui uma grande demanda interna de fertilizantes, sendo responsável por grande parte da importação no mercado global. Assim, o país importa mais de 85% de tudo que consome, principalmente em relação aos fertilizantes que contém nitrogênio, como a amônia cinza, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), que controla a entrada do produto no Brasil e fiscaliza a sua utilização. 

Dessa forma, o projeto de produção de energia renovável e hidrogênio e amônia verdes das multinacionais visa trazer uma alternativa viável para tornar esse mercado mais flexível em relação ao abastecimento interno. Com isso, o presidente da Aker Clean Hydrogen, Knut Nyborg, afirmou que “Tanto a Índia quanto o Brasil são grandes consumidores de hidrogênio, têm políticas governamentais de apoio e se beneficiam de recursos de energia renovável de classe mundial, o que oferece oportunidades significativas para a produção de hidrogênio verde e amônia”.

A empresa acredita que a substituição da amônia cinza pela verde será essencial para descarbonizar o setor agrícola no Brasil e que o projeto em parceria com as multinacionais é o primeiro passo para que isso aconteça no país.

Comentários fechados para esse artigo.

Mensagem exibida apenas para administradores.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

Compartilhar em aplicativos