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A grande estrela da maior Feira de Tecnologia do mundo, realizada entre os dias 5 e 8 de janeiro deste ano em Las Vegas, a CES 2023, foram os caminhões autônomos. Representando outras tendências para transportar cargas, e logísticas, vários desenvolvedores apresentaram as novidades, lançaram caminhões movidos a eletricidade, e estiveram presentes em painéis de discussão sobre investimentos em e-commerce para o setor.
É que a indústria já entendeu que não dá mais para focar apenas nos carros de passeio, e nos serviços de carona. Direção autônoma, atualmente, representa muito mais uma questão de foco em inovação e sustentabilidade, do que algo sobre querer, ou poder, ou precisar investir nessa tecnologia.
Desenvolvedores como Wabbi, Waymo, Aurora, Gatik, Plus, e Kodiac Robotics trouxeram para a a CES 2023 seus investimentos em sistemas de direção automatizada. É que o mercado tem progredido, cada vez mais, em direção à comercialização, principalmente considerando os números de 2022. É crescente o interesse da indústria de caminhões, afirmaram todos eles, e os níveis de aceitação são cada vez mais altos, mesmo que isso ainda não esteja sendo valorizado pela grande mídia.
Mudança completa para o setor de logística e gestão de frotas
As transformações pelas quais o setor de logística vem passando estão por todo o mundo, e inclui a ideia de que as rodovias devem contar cada vez mais vezes com caminhões autônomos, e por isso tanto investimento em tecnologia. E o foco tem sido as viagens de longa distância, cerca de 90% do mercado está vendo a empreitada como algo muito mais tranquilo do que se imaginava.
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Contudo, para além do investimento em tecnologia dos veículos, é necessário elevar a segurança nas estradas, pois o grande desafio para os caminhões autônomos são o excesso de chuvas, as tempestades, a condição da malha viária, além dos acidentes. Tratando-se de benefícios, a redução da dependência de mão de obra qualificada amplia segurança e produtividade em viagens longas. Em viagens curtas, normalmente, a sinuosidade das rodovias, bem como a circulação de pedestres e o número de carros estacionados ainda se revela um grande desafio para o setor.
No que se refere à gestão de frotas, empolgação é a palavra. Embora no Brasil esses veículos ainda não tenham autorização para circular sem um chamado “motorista reserva”, o impacto dos caminhões autônomos na economia é majestoso e inclina o setor para a modernização. Isso porque, sugerem máxima produtividade e previsibilidade, e reduzem os custos com manutenção. Além também de ter dispositivos de monitoramento que garante uma grande segurança para as frotas e para as estradas.
Entretanto, além de ainda estar longe de ter uma regulação, no que diz respeito ao desenvolvimento de tecnologia, o Brasil não está parado. Em dezembro do ano passado houve o lançamento de uma tecnologia de nível 4 de automação por uma startup do Espírito Santo, cuja a segurança, em locais confinados, possui alta precisão. A tecnologia foi vendida para a Mercedes-Benz, e tem sido utilizado no modelo Atego 1730. Esses modelos podem rodar 24 horas por dia, e têm sido contratados para carregamento e descarregamento automático em interiores de fábricas, na transferência entre a linhas de produção e distribuição.
A tecnologia nível 4 também é uma das que traz maior previsibilidade, segurança e produtividade, além de baixíssimo impacto para o meio ambiente, pois gera menos carbono.
