Modelo elétrico da Shineray chama atenção pelo preço competitivo em anúncios de usadas, autonomia de até 60 km por carga e proposta urbana. Confusão com nomenclatura e consumo em km/l gera debate entre consumidores.
A promessa de uma “SHE-S2” por R$ 7 mil e consumo de 40 km/l circula em redes e sites agregadores, mas a checagem mostra um cenário distinto.
No catálogo oficial da Shineray no Brasil, o modelo correspondente é a SE2, uma scooter elétrica de entrada.
Por ser elétrica, não utiliza gasolina e, portanto, não tem consumo medido em km/l.
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O preço público sugerido para unidade zero-km parte de R$ 12.490 no e-commerce da marca, valor sujeito a frete e variações regionais.
O que é a Shineray SE2
Embora o nome “SHE-S2” apareça em publicações informais, a nomenclatura da Shineray para a scooter elétrica de visual retrô é SE2.
Ela integra a linha urbana elétrica da marca, ao lado de versões como SE1 e a motocicleta SHE-S.
O site da fabricante descreve a SE2 com motor Bosch de 2.300 W, livre de manutenção, e bateria de lítio removível de 60 V e 23,4 Ah.
A autonomia informada é de até 60 km por bateria, com tempo de recarga estimado entre 6 e 8 horas.
A SHE-S, por sua vez, é um modelo elétrico diferente, apresentado no Brasil em 2022 e vendido hoje, no site oficial, a partir de R$ 16.490.
No lançamento, seu preço divulgado foi de R$ 18.990, com foco em uso urbano e performance moderada.
Essa distinção ajuda a entender por que houve confusão recente com nomes e valores.
Preço da Shineray SE2: nova e usada
Para unidades novas, a SE2 parte de R$ 12.490 no canal oficial da marca, podendo variar conforme praça e cobrança de frete.
Plataformas automotivas listam o modelo zero-km na faixa de R$ 14.990 em catálogos e guias, o que reforça a distância em relação aos R$ 7 mil mencionados no título.
O valor de R$ 7 mil aparece em anúncios de usadas.
Classificados nacionais mostram SE2 com poucos anos de uso ofertadas entre R$ 7.500 e R$ 10 mil, patamar que pode ter motivado a percepção de “moto de R$ 7 mil”.
Para efeito de comparação, isso se refere ao mercado de segunda mão, não ao preço sugerido em concessionárias.
Economia e manutenção da Shineray SE2
Por ser elétrica, a SE2 não consome combustível fóssil, o que elimina variações de preço da gasolina no cálculo do uso diário.
A referência de economia aqui passa por autonomia por carga, custo de recarga na tomada e durabilidade de componentes como bateria e pneus.
Segundo a fabricante, a SE2 atinge até 60 km por carga e aceita segunda bateria para estender o alcance, algo relevante para trajetos urbanos.
O motor Bosch é descrito como livre de manutenção, o que tende a simplificar o calendário de revisões frente a modelos a combustão.
Ainda assim, é importante considerar custos não exibidos em “km/l”, como eventual troca de bateria no longo prazo e disponibilidade de assistência técnica.
A rede Shineray e suas lojas parceiras ofertam a linha elétrica, mas a oferta de peças e prazos pode variar conforme a região.
Desempenho urbano da Shineray SE2
Em termos de uso, a SE2 foi concebida para deslocamentos urbanos de curta e média distância.
O material da marca indica velocidade máxima próxima de 59–60 km/h, suficiente para avenidas de tráfego moderado e bairros.
A scooter traz vantagem de partida imediata e condução sem trocas de marcha.
Por ser compacta, não entrega a mesma folga de velocidade e retomadas de uma motocicleta 150–160 cm³ a combustão.
Concorrentes: CG 160 e Factor 150
A comparação com Honda CG 160 e Yamaha Factor 150 surge pelo prisma de mobilidade acessível.
Esses modelos a combustão são referências de durabilidade e rede de assistência ampla.

Eles atendem bem a trabalho urbano e rodam com consumo comedido, além de oferecerem autonomia elevada por tanque.
Por outro lado, implicam custos de combustível e manutenção mecânica tradicionais de motores a gasolina.
Já a SE2 propõe lógica distinta: custo de uso atrelado à energia elétrica e manutenção simplificada, com a vantagem do carregamento doméstico.
Em termos de preço, enquanto a SE2 nova parte de R$ 12.490, o valor de R$ 7 mil é factível em unidades usadas.
No universo CG/Factor, esse patamar costuma remeter a motos usadas com quilometragem e estado variáveis.
O que avaliar antes da compra
Quem busca a proposta da SE2 deve analisar autonomia necessária por dia, tempo de recarga disponível e eventual compra de segunda bateria.
Também é importante confirmar condições de garantia e presença de ponto de venda ou assistência na cidade.
Para quem considerar uma CG 160 ou Factor 150, a análise gira em torno de custo de combustível, periodicidade de revisões e versatilidade para trajetos mistos.
Em síntese, o apelo de “moto econômica” procede no contexto da linha elétrica da Shineray, mas os números amplamente divulgados em km/l e o preço de R$ 7 mil não correspondem ao preço novo sugerido da SE2 no Brasil.
Esses valores aparecem sobretudo em ofertas de usadas, e a métrica correta para economia é autonomia por carga, não km/l.
Se você roda majoritariamente na cidade, tem onde carregar e prioriza simplicidade de uso, a SE2 faz sentido para o seu dia a dia, ou a presença de rodovias no trajeto e a necessidade de velocidade maior ainda colocam CG 160 e Factor 150 como escolhas mais adequadas?