1. Início
  2. / Curiosidades
  3. / Moradora recusa cadastro facial em condomínio, porque a biometria é um dado sensível e permanente; se vazar, não dá para trocar como uma senha
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

Moradora recusa cadastro facial em condomínio, porque a biometria é um dado sensível e permanente; se vazar, não dá para trocar como uma senha

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 15/08/2025 às 14:01
Moradora recusa cadastro facial em condomínio e alerta que biometria não pode ser trocada como senha comum
Moradora recusa cadastro facial em condomínio e alerta que biometria não pode ser trocada como senha comum
  • Reação
Uma pessoa reagiu a isso.
Reagir ao artigo

Moradora recusa cadastro facial em condomínio e expõe riscos à privacidade. Caso levanta debate sobre segurança de dados, uso indevido de biometria e direitos dos moradores

Uma moradora recusa cadastro facial em condomínio e reacende a discussão sobre a proteção de dados pessoais no Brasil. O caso, que ganhou repercussão após o condomínio exigir o fornecimento da biometria para acesso ao prédio, expôs uma questão sensível: o que acontece quando informações biométricas, que não podem ser trocadas como uma senha comum, caem nas mãos erradas.

A recusa veio acompanhada de uma série de questionamentos à administração, incluindo detalhes sobre a empresa contratada, cláusulas de proteção de dados, política de privacidade e garantias de segurança. A biometria é um dado pessoal sensível protegido pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e seu uso exige consentimento livre, informado e registrado — algo que, segundo especialistas, muitos condomínios ignoram.

Por que a moradora recusa cadastro facial em condomínio

A moradora recusa cadastro facial em condomínio alegando que a biometria é uma “senha” que não pode ser alterada. Se esses dados forem vazados, não há como substituí-los, abrindo caminho para golpes e fraudes. Casos anteriores mostram que informações biométricas de moradores já foram parar na Dark Web e usadas para criar contas no GOV.BR, alterar domicílio fiscal e até abrir empresas fraudulentas.

Além disso, a LGPD determina que o uso da biometria deve ser justificado, proporcional e acompanhado de medidas de segurança. Não basta afixar um aviso no elevador ou entregar um termo genérico para assinar — é necessário apresentar política de privacidade, análise de impacto e garantias contra uso indevido.

Riscos do uso indiscriminado de biometria

Segundo especialistas, dados biométricos vazados abastecem a criminalidade digital. Com eles, golpistas podem abrir contas bancárias, assinar documentos eletrônicos e realizar transações em nome da vítima. Em alguns casos, síndicos e administradoras chegam a pedir fotos por aplicativos de mensagem para “pré-cadastro”, prática considerada extremamente insegura.

A moradora recusa cadastro facial em condomínio também para alertar sobre a diferença entre câmeras de monitoramento e sistemas de reconhecimento facial. Monitoramento de áreas comuns é diferente de coleta de biometria, que requer tratamento especial por envolver dados sensíveis.

Direitos do morador diante da exigência

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já se manifestou que o consentimento é a base legal adequada para uso de biometria em condomínios. Isso significa que o morador pode negar o fornecimento e, caso já tenha autorizado, pode revogar o consentimento a qualquer momento e exigir o apagamento dos dados.

No caso em questão, após a negativa, o condomínio forneceu um cartão de acesso (tag) como alternativa. Esse método é reversível e seguro, pois, se perdido, pode ser substituído — diferente da biometria.

Como se proteger

Especialistas recomendam que, ao sair de um prédio ou condomínio, o morador solicite formalmente a exclusão de seus dados biométricos. Além disso, deve-se questionar sempre a existência de políticas de segurança, contratos com cláusulas de proteção e medidas contra vazamentos.

A moradora recusa cadastro facial em condomínio como forma de resistência e conscientização. O caso serve de alerta para que síndicos, administradoras e construtoras adotem processos seguros e respeitem a legislação.

Você aceitaria cadastrar sua biometria no condomínio? Acha que o cartão de acesso é mais seguro? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem já passou por situações como essa.

Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x