As montadoras acreditam que, com os benefícios necessários e o apoio do Governo Lula, é possível criar um mercado de carros ainda mais acessível no Brasil. Os ministros do Desenvolvimento e da Fazenda discutem junto à indústria automotiva os meios para chegar nesses números.
Recentemente, os ministros do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e da Fazenda, Fernando Haddad, representantes do Governo Lula, discutiram junto às montadoras de veículos situadas no Brasil possíveis incentivos para a indústria automotiva. O objetivo é oferecer carros populares mais baratos no mercado, com valor inicial entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, cerca de R$ 10 mil mais acessíveis que os modelos atuais.
Governo Lula se reúne com montadoras de veículos para debater melhorias na indústria automotiva nacional e ofertar carros populares mais baratos
As montadoras de automóveis no Brasil estão discutindo a possibilidade de ressuscitar os carros populares em um programa que permita reduzir o preço ao consumidor em pelo menos R$ 10 mil.
A iniciativa é vista como uma forma de ajudar a indústria automotiva a enfrentar a queda nas vendas, mas exigiria uma contrapartida do governo e das próprias fabricantes, como a redução da carga tributária para os veículos de entrada.
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A união entre o Governo Lula e as fabricantes dos carros populares poderia trazer fortes benefícios ao mercado e aos consumidores ao longo dos próximos anos.
Segundo a proposta discutida, o programa permitiria oferecer carros de entrada com valor entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. Atualmente, o modelo mais barato do Brasil é o Kwid, da Renault, que tem preço inicial em R$ 68,1 mil.
Para a iniciativa poder ser implementada, os ministros do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e da Fazenda, Fernando Haddad, principais representantes do Governo Lula, estão avaliando possíveis incentivos tributários do governo.
Uma das possibilidades seria atribuir o caráter “verde” aos carros que usassem apenas o etanol como combustível, o que poderia ser uma forma de incentivar o uso do biocombustível e estimular a indústria de etanol, que está cada vez maior no Brasil.
Em 2022, 83,3% dos veículos novos vendidos no Brasil tinham tecnologia “flex fuel”, que permite que o consumidor opte tanto pela gasolina quanto pelo etanol. No entanto, ainda não há motores exclusivamente movidos a etanol no mercado.
Redução dos preços dos carros populares ainda é um tema visto com cautela pelo Governo Lula e pelas montadoras
Quanto à sua parte na iniciativa de reduzir os custos nos carros populares, as montadoras discutem a possibilidade de retirar alguns itens não obrigatórios dos veículos, como os relacionados à navegação e conectividade do veículo, como uma forma de reduzir o preço final.
Embora a iniciativa seja vista como uma forma de ajudar a indústria automotiva a enfrentar a queda nas vendas, alguns executivos reconhecem que reduzir o preço dos carros de entrada pode ter um efeito limitado.
Em 2022, a fatia de carros novos vendidos com financiamento ficou abaixo de 40%, em comparação com 70% há pouco mais de uma década.
Apesar do interesse das montadoras em discutir a iniciativa, o Governo Lula tem sido cauteloso em relação ao assunto, especialmente devido às preocupações com o espaço fiscal, já que a equipe econômica não tem gordura para oferecer benefícios tributários.
Após a reunião dos ministros com as montadoras para debater o assunto, o que se espera são novas atualizações quanto ao futuro dos carros populares na indústria automotiva no mercado brasileiro.
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