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Montadoras se reúnem com representantes do Governo Lula para discutir incentivos à indústria automotiva e oferecer carros populares R$ 10 mil mais baratos no mercado brasileiro

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 12/04/2023 às 13:12
As montadoras acreditam que, com os benefícios necessários e o apoio do Governo Lula, é possível criar um mercado de carros ainda mais acessível no Brasil. Os ministros do Desenvolvimento e da Fazenda discutem junto à indústria automotiva os meios para chegar nesses números.
Foto: Rodolfo BUHRER/ La Imagem / Renault

As montadoras acreditam que, com os benefícios necessários e o apoio do Governo Lula, é possível criar um mercado de carros ainda mais acessível no Brasil. Os ministros do Desenvolvimento e da Fazenda discutem junto à indústria automotiva os meios para chegar nesses números.

Recentemente, os ministros do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e da Fazenda, Fernando Haddad, representantes do Governo Lula, discutiram junto às montadoras de veículos situadas no Brasil possíveis incentivos para a indústria automotiva. O objetivo é oferecer carros populares mais baratos no mercado, com valor inicial entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, cerca de R$ 10 mil mais acessíveis que os modelos atuais.

Governo Lula se reúne com montadoras de veículos para debater melhorias na indústria automotiva nacional e ofertar carros populares mais baratos 

As montadoras de automóveis no Brasil estão discutindo a possibilidade de ressuscitar os carros populares em um programa que permita reduzir o preço ao consumidor em pelo menos R$ 10 mil.

A iniciativa é vista como uma forma de ajudar a indústria automotiva a enfrentar a queda nas vendas, mas exigiria uma contrapartida do governo e das próprias fabricantes, como a redução da carga tributária para os veículos de entrada.

A união entre o Governo Lula e as fabricantes dos carros populares poderia trazer fortes benefícios ao mercado e aos consumidores ao longo dos próximos anos.

Segundo a proposta discutida, o programa permitiria oferecer carros de entrada com valor entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. Atualmente, o modelo mais barato do Brasil é o Kwid, da Renault, que tem preço inicial em R$ 68,1 mil.

Para a iniciativa poder ser implementada, os ministros do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e da Fazenda, Fernando Haddad, principais representantes do Governo Lula, estão avaliando possíveis incentivos tributários do governo.

Uma das possibilidades seria atribuir o caráter “verde” aos carros que usassem apenas o etanol como combustível, o que poderia ser uma forma de incentivar o uso do biocombustível e estimular a indústria de etanol, que está cada vez maior no Brasil.

Em 2022, 83,3% dos veículos novos vendidos no Brasil tinham tecnologia “flex fuel”, que permite que o consumidor opte tanto pela gasolina quanto pelo etanol. No entanto, ainda não há motores exclusivamente movidos a etanol no mercado.

Redução dos preços dos carros populares ainda é um tema visto com cautela pelo Governo Lula e pelas montadoras

Quanto à sua parte na iniciativa de reduzir os custos nos carros populares, as montadoras discutem a possibilidade de retirar alguns itens não obrigatórios dos veículos, como os relacionados à navegação e conectividade do veículo, como uma forma de reduzir o preço final.

Embora a iniciativa seja vista como uma forma de ajudar a indústria automotiva a enfrentar a queda nas vendas, alguns executivos reconhecem que reduzir o preço dos carros de entrada pode ter um efeito limitado.

Em 2022, a fatia de carros novos vendidos com financiamento ficou abaixo de 40%, em comparação com 70% há pouco mais de uma década.

Apesar do interesse das montadoras em discutir a iniciativa, o Governo Lula tem sido cauteloso em relação ao assunto, especialmente devido às preocupações com o espaço fiscal, já que a equipe econômica não tem gordura para oferecer benefícios tributários.

Após a reunião dos ministros com as montadoras para debater o assunto, o que se espera são novas atualizações quanto ao futuro dos carros populares na indústria automotiva no mercado brasileiro.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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