A contratação de pessoas pela montadora se deu por conta da adoção do segundo turno na fábrica, para produzir mais modelos do Citroën C3
A fábrica da montadora Stellantis, que desenvolve carros das marcas francesas Peugeot e Citroën em Porto Real, no sul do Rio de Janeiro, vai adotar dois turnos de trabalho na fábrica a partir de outubro, com vistas a acelerar a produção da nova geração do Citroën C3, que já começou a ser vendido nas concessionárias.
A montadora já começou o processo de contratação de 340 trabalhadores para a fábrica, com o objetivo de ampliar o efetivo da fábrica para 1,84 mil pessoas. Inaugurada em fevereiro de 2001, a fábrica de Porto Real voltou a produzir o Citroën C3 em março, após investimentos de R$ 220 milhões na implementação de uma nova plataforma mundial.
Outros dois modelos de carros vão ser lançados no mercado brasileiro e países vizinhos, com produção da montadora na região, até o ano de 2024, alcançando assim um lançamento por ano. Além do novo Citroën C3 são produzidos na fábrica brasileira da montadora os modelos Citroën C4 Cactus, também da Citroën, e o Peugeot 2008.
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Também no ramo dos automóveis, Ford, anuncia corte de 3 mil empregos para investir em carros elétricos
A Ford anunciou o corte de aproximadamente 3 mil cargos, principalmente na Índia e América do Norte, à medida que se reestrutura para atingir a Tesla na corrida para o desenvolvimento de carros elétricos e softwares nas suas fábricas. Jim Farley, presidente-executivo da multinacional, vem afirmando que a empresa não possui colaboradores suficientes com as habilidades precisas para lidar com a indústria que tem mudado para os carros elétricos e serviços digitais.
Segundo Farley e o presidente da Ford, Bill Ford, em um e-mail, a empresa está eliminando postos de trabalho, reorganizando e simplificando funções em todas as fábricas da empresa. Os executivos afirmam que os líderes das áreas de negócios entrarão em detalhes nesta semana. Assim como a Tesla, do multibilionário Elon Musk, a multinacional Ford planeja gerar mais receita através de serviços que dependem de softwares digitais e conectividade.
No e-mail à equipe, Ford e Farley afirmam que a estrutura de custos da multinacional não é competitiva em relação aos seus concorrentes antigos e novos. O aumento no preço das baterias, transporte e matérias-primas estão colocando uma maior pressão sobre a Ford e outras montadoras. Ainda assim, a multinacional manteve sua previsão de lucro para este ano, embora 3 bilhões de dólares em custos mais altos por conta da inflação.
Os líderes do sindicato United Auto Workers, que representam colaboradores das fábricas das montadoras situadas em Detroit, mostraram sua preocupação com o fato dos carros elétricos significarem menos empregos na produção e mais para fábricas de baterias e equipamentos para veículos elétricos, que não possuem sindicatos.
No início deste ano, a Ford anunciou que está separando seu negócio de veículos a combustão e carros elétricos em duas empresas diferentes. A mudança acontece em um cenário de mudança cada vez mais rápida para um futuro de modelos elétricos.
De acordo com o comunicado oficial, a montadora afirma que continua transformando seu negócio automotivo global, impulsionando o avanço e o dimensionamento de carros elétricos e conectados inovadores, ao mesmo tempo em que resgata nomes importantes que batizaram seus veículos no passado.
Em maio do último ano, Jim Farley apresentou o plano Ford+, afirmando que esta seria a maior oportunidade de expansão e geração de valor da empresa desde que Henry Ford escalou a produção do Model T. Agora, a formação de duas empresas diferentes, Ford Blue e Ford Model, ajudará a colocar todo o potencial desse plano em prática, impulsionando a expansão em um mercado cada vez mais competitivo.