Rivalidade entre duas das picapes mais desejadas do país envolve força, tecnologia e custo-benefício, com motores diesel potentes, tração 4×4 e desempenho que promete conquistar tanto o campo quanto a cidade.
A disputa entre Mitsubishi Triton HPE-S 2026 e Toyota Hilux SRX 2025 coloca lado a lado duas picapes com foco em uso misto, aptas para encarar estrada, cidade e trabalho com implementos.
O embate envolve motores diesel de alta durabilidade, tração 4×4 com reduzida, capacidade de reboque de até 3.500 kg e uma diferença de preço que chega a cerca de R$ 24 mil, ponto que pode pesar na decisão de compra.
Motorização, torque e câmbio
Sob o capô, a Triton HPE-S adota um 2.4 biturbo diesel de 205 cv e 47,9 kgfm, combinado a câmbio automático de seis marchas e ao sistema 4×4 Super Select II, com reduzida e bloqueio do diferencial traseiro.
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O arranjo privilegia versatilidade e entrega de força em pisos de baixa aderência, além de oferecer recursos típicos de uso fora de estrada.
Na rival, a Hilux SRX utiliza o conhecido 2.8 turbodiesel de 204 cv e 50,9 kgfm.
Também há transmissão automática de seis marchas e tração 4×4 com reduzida.
Embora a potência seja praticamente equivalente, o torque superior da Toyota tende a favorecer respostas em baixa rotação e a condução com carga ou reboque, especialmente em aclives ou em retomadas curtas.
Capacidade de carga e reboque
Além da força, a usabilidade da caçamba é determinante no dia a dia.
A Triton HPE-S leva 1.105 kg de carga útil e, quando equipada com engate adequado e reboque com freio, reboca até 3.500 kg.
A Hilux SRX transporta 1.000 kg e iguala os 3.500 kg de reboque.
Na prática, a Mitsubishi apresenta leve vantagem na carga útil, diferencial para rotinas rurais ou de apoio operacional que demandam transportar insumos e equipamentos pesados sem abrir mão do uso pessoal.
Segurança e assistência à condução
A nova geração da Triton elevou o patamar de tecnologia embarcada.
Na versão HPE-S, há alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, piloto automático adaptativo, monitoramento de ponto cego e farol alto automático.
O conjunto é complementado por sete airbags, controles de estabilidade e tração e câmeras 360°, solução que facilita manobras com implementos e em trilhas estreitas.
A Hilux SRX traz o Toyota Safety Sense, com pré-colisão, assistente de permanência em faixa e controle de cruzeiro adaptativo.
No entanto, não conta com visão 360° nesta configuração citada, o que pode fazer diferença em balizas com reboque, rampas apertadas de garagem ou navegação em trechos de baixa visibilidade.
Em ambos os modelos, o pacote de segurança passiva inclui múltiplos airbags e controles eletrônicos, mantendo o padrão do segmento.
Conforto e conectividade
Por dentro, as duas picapes oferecem bancos em couro, ar-condicionado digital de duas zonas e centrais multimídia compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay.
Na Triton, a evolução da nova geração se reflete no desenho do painel e na integração dos sistemas de assistência.
A Hilux, por sua vez, preserva a ergonomia tradicional e a reconhecida solidez de montagem que marca a linha.
Em termos de comodidade, o empate é técnico, com diferenças mais ligadas ao gosto do usuário do que a lacunas objetivas de equipamento.
Consumo e manutenção
Nos dados informados, a Hilux SRX registra 9,3 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada, segundo o Inmetro.
A Triton HPE-S marca cerca de 9,5 km/l e 11 km/l, respectivamente.
A variação é discreta e, no uso real, tende a ser influenciada por carga, relevo, tipo de combustível e calibragem de pneus.
Com arquitetura mais recente e componentes aliviados, a Mitsubishi pode levar vantagem potencial em manutenção preventiva, mas isso depende da rede, do custo de peças e da periodicidade de revisões, fatores que devem ser consultados no pós-venda de cada marca.
Preços e posicionamento
O posicionamento de tabela indicado coloca a Toyota Hilux SRX 2025 na faixa de R$ 334 mil, enquanto a Mitsubishi Triton HPE-S 2026 se aproxima de R$ 310 mil.
O resultado é uma diferença de cerca de R$ 24 mil a favor da Mitsubishi, valor suficiente para cobrir custos de documentação, seguro ou acessórios de uso profissional.
Em segmentos disputados, o preço final muitas vezes fecha a conta, sobretudo quando o conjunto de equipamentos se mostra competitivo.
Reboque e desempenho prático
Para quem precisa rebocar até 3.500 kg dentro das condições legais e técnicas, as duas atendem.
O maior torque da Hilux facilita partidas em rampa com reboque carregado e pode reduzir trocas de marcha sob esforço.
Já a maior carga útil da Triton beneficia operações que priorizam volume e peso na caçamba, além de entregar recursos de assistência mais completos para manobras, como a visão 360°.
Em trilhas ou solos instáveis, o bloqueio do diferencial traseiro e a reduzida presentes em ambas aumentam a capacidade de transpor obstáculos.
A Triton ainda oferece o gerenciamento de modos do sistema Super Select II, que amplia a versatilidade entre piso seco e escorregadio.
Rede e reputação
A Hilux sustenta uma reputação consolidada no campo e nas frotas, amparada por ampla rede de concessionárias e liquidez no mercado de usados.
Isso impacta o custo total de propriedade e depreciação.
A Triton, enquanto novidade de geração, oferece pacote tecnológico mais robusto e preço inicial menor, o que pode melhorar o custo-benefício imediato para quem valoriza assistência à condução e conectividade atualizadas.
A decisão final, portanto, tende a combinar exigências de uso, acesso à rede de serviços e estratégia de investimento.
Com base no que você precisa no dia a dia, o que pesa mais: o torque extra e a rede mais ampla da Hilux ou o pacote tecnológico e a vantagem de preço da Triton?