Governo descartou reduzir mistura de biodiesel para conter alta do diesel “Não vamos cometer nenhum equívoco nesse momento de retomada econômica”, afirmou o ministro.
O Governo Federal descartou, na última quarta-feira (10/3) a possibilidade de reduzir o percentual de mistura obrigatória do biodiesel no diesel como forma de fazer frente à alta dos preços no mercado interno. A informação foi divulgada pela Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), em nota. A redução da mistura havia sido pleiteada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na semana passada.
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“Não vamos cometer nenhum equívoco nesse momento de retomada econômica”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque
“Reafirmamos com veemência que a posição do Governo, manifestada por mim e pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, é de defesa dos biocombustíveis”, disse o ministro.
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A decisão do governo de manter o percentual de mistura obrigatória do biodiesel no diesel beneficia o agronegócio
“No aspecto econômico, a redução pode impactar no custo do diesel, o que seria bom para os agricultores. Para os sojicultores, será mais uma opção de comercialização, já que 44 milhões de toneladas do grão são destinadas à produção do óleo”.
Do ponto de vista ambiental, a manutenção no percentual da mistura mostra credibilidade na manutenção das metas estabelecidas no Acordo de Paris. “O mercado brasileiro de Cbios alcançou 18 milhões de certificados emitidos em 2020, o que corresponde a uma redução de 18 milhões de toneladas nos gases do efeito estufa, o que será usado pelo Brasil para mostrar que temos um modelo de combustível limpo”, completa o comentarista do Canal Rural Benedito Rosa.
O pedido da Confederação Nacional do Transporte (CNT) era de um corte de 50% no mandato estabelecido no país, de 13%. Nas contas da CNT, se a mistura de biodiesel no diesel caísse a 7%, o preço combustível recuaria 4,1%. Caso a mistura fosse reduzida para 6%, o recuo seria de 4,8%.
Representantes dos produtores de biocombustíveis reagem nas mídias sociais
Representantes dos produtores de biocombustíveis reagiram. Em suas redes sociais, a Abiove afirmou que a CNT tentou “transferir para outro setor a responsabilidade de corrigir aumentos de preços no diesel que decorrem do valor internacional do petróleo e da desvalorização do real frente ao dólar”
Na avaliação da Aprobio, a manifestação do governo, feita nesta quarta-feira, tira “qualquer dúvida sobre o risco de redução da mistura de biodiesel no diesel”. “Agradecemos a sensibilidade do Governo e reafirmamos o compromisso do setor de continuar com os planos de investimentos no crescimento da produção, beneficiando toda a cadeia do agronegócio envolvida e gerando empregos”, afirmou o presidente do conselho de administração da entidade, Erasmo Carlos Battistella.