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Minério de ferro oscila enquanto a China adia estímulos e reduz a produção de aço — O mercado vai conseguir reagir a tempo?

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 11/11/2025 às 12:17
Montanha de minério de ferro ao lado de bobina de aço com bandeira da China em siderúrgica, ilustrando a oscilação do mercado e a redução da produção chinesa.
Minério de ferro, aço e bandeira da China em cenário industrial que simboliza as oscilações do mercado e a cautela causada pelos estímulos chineses.
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Oscilação moderada revela ambiente crítico no mercado global enquanto China avalia estímulos e siderúrgicas reduzem produção

O mercado global do minério de ferro iniciou esta terça-feira, 12 de novembro de 2024, com um comportamento marcado por variações moderadas, porque investidores analisaram, simultaneamente, expectativas de estímulos econômicos da China e sinais crescentes de demanda enfraquecida no maior produtor de aço do mundo. Embora os contratos tenham mostrado estabilidade, o cenário econômico sugere um período de incerteza prolongada.

O contrato de janeiro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, conforme a DCE, avançou 0,46%, alcançando 765 iuanes, equivalentes a US$ 107,40 por tonelada. Entretanto, o contrato de referência de dezembro na Bolsa de Cingapura, segundo a SGX, recuou 0,12%, fechando em US$ 102,05 por tonelada, e esse contraste reforçou a percepção de um mercado dividido entre expectativa e cautela.

Investigação técnica revela cenários divergentes para o setor

O analista sênior Steven Yu, da consultoria Mysteel, afirmou que a queda recente dos preços provocou interpretações divergentes entre agentes do mercado, o que resultou em consolidação das cotações. Segundo Yu, os investidores otimistas apontam que a produção de aço bruto da China registrou queda acumulada de 2,9% entre janeiro e setembro de 2024, conforme dados oficiais divulgados em outubro, e essa redução diminui a pressão sobre novos cortes no fim do ano.

Entretanto, Yu acrescentou que há forte expectativa de novos estímulos econômicos, que podem ser anunciados na reunião do Politburo, marcada para dezembro de 2024, e isso pode alterar o ritmo do mercado nas próximas semanas.

Impactos econômicos e industriais da queda na produção chinesa

A China mantém, desde 2021, uma política rígida de limitação do crescimento da produção de aço bruto, como parte das metas nacionais de redução de carbono. Além disso, em março de 2024, Pequim reafirmou o compromisso de reestruturar a indústria siderúrgica, aplicando cortes seletivos para reduzir emissões e controlar excessos produtivos.

Apesar dessas medidas estruturadas, parte do mercado permanece pessimista, porque diversas usinas continuam reduzindo a produção, o que reforça o temor de uma demanda industrial mais fraca no curto prazo.

Tensões regionais e expectativa pelo novo relatório oficial

O governo chinês divulgará, na sexta-feira subsequente, os números referentes à produção siderúrgica de outubro de 2024, e esses dados são aguardados com grande expectativa, porque podem confirmar ou amenizar a percepção de retração econômica. Até a divulgação oficial, o mercado continua operando com forte cautela, já que qualquer atualização impacta diretamente os contratos futuros do minério.

Planejamento econômico e novas diretrizes para o setor

Atualmente, a China busca equilibrar estímulos econômicos, controle ambiental e demanda industrial, elementos que influenciam fortemente o comportamento global do minério de ferro. Portanto, investidores aguardam definições que indiquem se o país adotará medidas mais agressivas para impulsionar sua economia ou manterá a postura de contenção produtiva para cumprir metas climáticas.

Enquanto isso, analistas reforçam que a combinação entre produção limitada, redução de demanda e expectativas por estímulos cria um ambiente desafiador, que exige monitoramento constante dos relatórios oficiais e das decisões de Pequim.

O que o futuro reserva para o mercado do minério de ferro?

Especialistas afirmam que o setor pode enfrentar semanas decisivas, porque os dados chineses determinarão o ritmo dos contratos globais. A capacidade da China de equilibrar estímulos e metas ambientais pode definir o comportamento dos preços até o fim do ano.

Diante das incertezas, o mercado deverá lidar, simultaneamente, com pressão industrial, expectativas políticas e volatilidade econômica, fatores que moldam o cenário do minério de ferro.

O que você acredita que terá maior peso nos próximos meses: os estímulos econômicos esperados para dezembro ou a queda contínua na demanda industrial da China?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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