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Mineradoras brasileiras pedem ajuda aos países da Europa para combater o garimpo na Amazônia

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 11/02/2023 às 04:56
O garimpo ilegal na Amazônia tem levado as mineradoras da região a pedirem ajuda a diversos órgãos, incluindo os internacionais. O pedido foi feito a alguns países da Europa para garantir mais segurança e valorização da área.
Foto: Gustavo Basso

O garimpo ilegal na Amazônia tem levado as mineradoras da região a pedirem ajuda a diversos órgãos, incluindo os internacionais. O pedido foi feito a alguns países da Europa para garantir mais segurança e valorização da área.

Mineradoras brasileiras pedem por ajuda aos países da Europa devido o garimpo ilegal que está acontecendo na região da Amazônia. Segundo as solicitações enviadas, o objetivo principal é garantir maior legalidade na área de trabalho e, somado a isso, fazer com que as infrações anteriores que foram cometidas sejam devidamente punidas, assim como possíveis ilegalidades que continuem acontecendo a partir de agora.

Ilegalidades ferem o Brasil, mas entidades mineradoras cobram também o posicionamento dos outros países para auxiliarem na promoção de uma fiscalização mais efetiva, unindo-se contra o garimpo ilegal na Amazônia

A compra de metal por países estrangeiros tem preocupado os mineradores da região da Amazônia.

Devido ao garimpo ilegal, a busca por uma certificação mais intensa tem sido o pedido dos trabalhadores da região em seu pedido de ajuda enviado aos países da Europa.

De acordo com Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM, Instituto Brasileiro de Mineração, ele já conversou sobre o assunto com algumas autoridades da área.

É o caso de Frans Timmermans, vice-presidente executivo da Comissão Europeia que visitou o Brasil recentemente, além do Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Para Jungmann: “Não podemos olhar apenas para o Brasil. Quem importa também faz parte dessa cadeia que destrói a Amazônia”.

Para o diretor-presidente, é necessário que tais países reforcem os seus métodos de fiscalização para que haja um melhor controle de origem em relação ao que é levado do Brasil para as suas fronteiras.

Análise aponta que ouro brasileiro foi exportado com altos índices de ilegalidade. Pedido de ajuda é para que situações como essa possam ser evitadas

O Instituto Escolhas é uma organização com grande foco na defesa da sustentabilidade e, segundo relato divulgado, foi percebido que o ouro brasileiro exportado entre 2015 e 2020 apresentava indicadores preocupantes.

Metade do material analisado possuía indícios de ilegalidade, fonte dos garimpos forçados feitos na região da Amazônia.

A mineração desenfreada, além de afetar fortemente o meio ambiente, também afeta a qualidade de vida dos moradores da região, como grupos indígenas que possuem forte relação com a natureza.

Recentemente, o tópico ganhou grande destaque na mídia brasileira devido aos relatos das condições de vida enfrentadas pela população Yanomami.

Segundo as imagens e vídeos veiculados à grande mídia, as pessoas estavam passando fome há muito tempo, levando-as a um estado de desnutrição, incluindo idosos e crianças.

Entre as consequências apontadas como causadoras do sistema de calamidade, a corrida pelo ouro na região é fortemente destacada.

Para combater práticas criminosas, uma das possibilidades tem sido desenvolver uma espécie de código para o ouro brasileiro.

A partir disso, apenas o produto original poderia ser comprado, sem chances de burlar algo que seria próximo ao DNA do material.

Mesmo assim, para Jungmann, ainda é preciso pensar em formas de punir e combater os garimpeiros.

Em sua visão, as Forças Armadas, que possuem associação direta com o governo federal, deveriam ser usadas para impedir que o crime continuasse deliberadamente.

Em sua fala, ele afirma: “Uma frente é bloquear o acesso dos garimpeiros ao mercado, mas não podemos abrir mão da repressão da atividade”, justificou.

O pedido de ajuda das mineradoras, enviado aos países da Europa, é contra o garimpo ilegal na Amazônia e as consequências deixadas por ele, como o enfraquecimento do solo e a interferência na vida dos povos nativos. Iniciativas para combater o crime ainda não foram divulgadas.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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