Vale
A Vale, multinacional brasileira e uma das maiores operadoras de logística do país, quer fazer um investimento de 5,8 bilhões de dólares na região norte do Brasil, dos quais US$ 1 bilhão será usado apenas para expansão. Esse valor será repetido nos anos subsequentes. Até 2024, a mineradora espera investir US$ 2,7 bilhões em projetos de minério de ferro somente na região, extraindo os produtos mais puros.
O estado de Minas Gerais, marcado por duas recentes tragédias com barragens e berço de operações da mineradoras, ainda é relevante, principalmente por possuir menor teor de ferro, que misturado com Carajás produz o BRBF, que é vendido na China.
Atualmente, o principal objetivo da Vale é repor as perdas de produção no estado de Minas depois de Brumadinho e evitar novos acidentes. Em dezembro, um trabalhador foi morto em um deslizamento de terra na mina Córrego do Feijão. Ao mesmo tempo, se não chegar a um acordo com o governo do estado de Minas Gerais, a empresa corre o risco de sofrer uma sentença de bilhões de dólares.
Localizado no município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, o S11D é o maior complexo minerador da história da Vale. É um empreendimento que se encaixa no modelo de mineração sustentável. O minério de Carajás com teor de ferro de até 66% contribui para a estratégia de negócios da Vale de fornecer produtos que podem ajudar clientes como produtores de aço chineses a reduzir as emissões de carbono.
Elmer Prata Salomão, geólogo e consultor diz que “Carajás é uma jazida fantástica, que ainda tem forte potencial a ser explorado e uma logística excepcional já implantada. As minas do Quadrilátero Ferrífero não serão abandonadas, mas já são maduras”.
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