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Mineradora Equinox Gold investe em sustentabilidade na produção de ouro em mina na Bahia com mudanças no processo de lixiviação

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 13/07/2022 às 09:35
A adoção da resina no processo de lixiviação do ouro garante muito mais sustentabilidade ao processo de beneficiamento do minério e a Equinox Gold investe na inovação na sua mais nova mina inaugurada no estado da Bahia.
Foto: ASCOM/Jornal Grande Bahia

A adoção da resina no processo de lixiviação do ouro garante muito mais sustentabilidade ao processo de beneficiamento do minério e a Equinox Gold investe na inovação na sua mais nova mina inaugurada no estado da Bahia.

A Equinox Gold realizou a inauguração da Mineração Santa Luz, localizada no município de Santaluz, na Bahia, na última semana e, para esta terça-feira, (12/07), investe na sustentabilidade na produção de ouro na mina. A empresa adotou a utilização de resina no processo de lixiviação do minério e, com isso, ela garante agora um beneficiamento muito mais ecológico na planta de mineração, que é a nova aposta da mineradora para o estado da Bahia.

Mina de ouro de Santaluz é inaugurada com processos inovadores para garantir mais sustentabilidade na lixiviação do minério 

A Equinox Gold continua expandindo sua presença na mineração brasileira e, após concluir um plano de investimento de cerca de US$ 103 milhões, inaugurou, na última semana, a Mineração Santa Luz, localizada no município de Santaluz.

Além de ter uma nova planta de exploração do minério, a companhia também está agora com a primeira planta industrial a adotar a utilização de resina no processo de lixiviação, garantindo mais sustentabilidade na cadeia produtiva. 

O empreendimento foi bastante benéfico para o estado da Bahia, uma vez que gerou cerca de 1,2 mil postos de trabalho de forma direta ou indireta para os moradores da região. Além disso, o investimento milionário da Equinox Gold garantiu que a mina estivesse pronta no prazo previsto.

Agora, a empresa está com previsão de iniciar a operação comercial por volta do final de julho, e a meta de produção, neste ano, está entre 70 e 90 mil onças do metal, altamente procurado no mercado internacional atualmente. 

Assim, o vice-presidente de Relações Institucionais e Licenciamento da Equinox Gold, Cesar Torresini, comentou sobre o potencial de produção da mina, que está previsto para 100 mil onças de ouro, e disse: “Consideramos que a Mineração Santa Luz será um divisor de águas, em termos de engenharia e de tecnologia para otimizar o processo de recuperação de ouro, por meio da resina. O time brasileiro enfrentou os desafios apresentados, especialmente em função de uma característica especial do minério da região, que é matéria carbonosa, estudou e testou alternativas até alcançar resultados significativos nesse sentido”.

Utilização da resina para a lixiviação do ouro é o grande diferencial da Equinox Gold na sua nova planta de produção do minério na Bahia 

Durante os testes iniciais para a verificação das melhores técnicas para a produção de ouro na mina baiana, a Equinox Gold utilizou o carvão ativado para a formação de sulfeto no processo de lixiviação, mas os resultados não estavam sendo satisfatórios. Dessa forma, a empresa começou a utilizar um projeto-piloto que adotou a resina no lugar do carvão ativado, o que garantiu à mineradora os resultados esperados. 

E, com a adoção dessa alternativa no processo de lixiviação, a mina Mineração Santa Luz consegue obter o ouro com uma pureza média de 98%. Mas esse não é o único benefício da alternativa ao carvão ativado, uma vez que a empresa garantiu mais sustentabilidade no processo, já que o carvão era encaminhado para o forno de regeneração, com liberação de carbono para o meio ambiente, enquanto a resina pode ser reutilizada em até 15 vezes. 

Assim, a Equinox Gold continua investindo na expansão com sustentabilidade da sua produção no Brasil e, atualmente, quatro unidades em atividade no país, contribuindo para a meta da mineradora canadense, que é alcançar a marca de um milhão de onças de ouro produzidas por ano.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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