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Mineradora do Vale do Jequitinhonha vai triplicar produção de lítio ‘verde’ para baterias elétricas, saltando para 768 mil toneladas, com investimento de mais de 100 milhões de dólares

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 20/12/2022 às 22:56
Atualizado em 21/12/2022 às 20:46
Lítio - bateria - mineradora
Foto: Reprodução Saga Consultoria

Com essa nova produção de baterias feitas de lítio, a Sigma poderá se tornar uma mineradora com rejeito zero

A mineradora Sigma Lithium, localizada no Vale do Jequitinhonha, divulgou esta semana que vai triplicar a sua produção de lítio para baterias elétricas no ano de 2024, produzindo aproximadamente 768 mil toneladas, uma vez que a mineradora já assegurou a sua totalidade dos US$ 155 milhões necessários para financiar a expansão.

A Sigma Lithium, que atua no Vale do Jequitinhonha e está também presente na Bolsa de Toronto e na Nasdaq, poderá colocar seu primeiro produto comercial no mercado em abril do próximo ano e estima produzir 270 mil toneladas no ano de 2023.

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Com essa novidade da mineradora, a Sigma poderia se tornar uma das quatro maiores produtoras de baterias de lítio do mundo já no ano de 2025, estima a corretora canadense Canaccord Genuity, especialista em mineração.

A mineradora Sigma só ficaria atrás de outras três: a americana Albemarle, a chilena SQM e a chinesa Ganfeng Lithium. Com a produção gigante, os analistas da empresa aumentaram o preço-alvo do papel da mineradora de US$ 45 para US$ 65 e dispensaram também a recomendação de compra.

Mineradora produtora de baterias de lítio e livre de rejeitos

De acordo com Ana Cabral-Gardner, CEO da Sigma: “Vamos conseguir escalar nossa produção sem comprometer os padrões rígidos de sustentabilidade: sem uso de químicos poluentes no processo de purificação, com empilhamento a seco e com recirculação da água que captamos e tratamos do rio Jequitinhonha”.

Diante de um mercado que já se encontrava aquecido, a crise energética que aconteceu a partir da guerra na Ucrânia se tornou uma licença temporária para a reversão de critérios ambientais na mineração de insumos necessários à transição energética, diz ela.

Atualmente, a Sigma está se preparando para se tornar uma mineradora zero rejeito, diante de sua demanda aquecida por minérios para baterias. Cabral declara que a empresa tem recebido propostas para vender por US$ 1.200 a US$ 1400 a tonelada de seu rejeito, que contém sobras de lítio, além de quartzo e feldspato.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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