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Mineradora de bitcoin quer construir uma das maiores usinas de energia solar com investimento inicial de 4 bilhões de reais

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 30/05/2021 às 10:54
Bitcoin - energia solar - usina - mineradora - investimento
Placas de energia solar no Texas – fonte reprodução Google/Créditos – rivian texas

A Madison River Equity LLC, mineradora de bitcoin, pede aprovação para construir uma usina de energia solar de 6,5 quilômetros que receberá um investimento de R$ 4 bilhões nos Estados Unidos

A Madison River Equity LLC, empresa americana de mineração de Bitcoin, decidiu aplicar um novo investimento e entrou com pedido para a construção de uma usina de energia solar para viabilizar uma operação para minerar bitcoin no estado americano de Montana. A mineradora vem sendo alvo de criticas, principalmente por se tratar de uma mineradora de criptomoedas.

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A ideia é que a usina de energia solar, que receberá o nome de Basin Greek Solar Project, seja capaz de produzir cerca de 300 megawatts por ano, através da energia renovável, fazendo dela uma das maiores usinas de energia solar do país.

Desse total, 75 MW seriam destinados à operação com bitcoins e o restante da energia será distribuído para outros consumidores da região. A usina de energia solar pretende ocupar 6,5 quilômetros quadrados, ou seja, quase mil campos de futebol. O investimento total da empresa de bitcoin será de 800 milhões de dólares (4 bilhões de reais em conversão direta).

Os planos da mineradora de Bitcoin

A mineradora de bitcoin Madison é uma subsidiária da FX Solutions, uma empresa que também controla a mineradora Atlas Power. Atualmente, a Atlas trabalha para adquirir processadores GPU no lugar de suas antigas máquinas ASIC para otimizar sua operação que consome cerca de 25 MW por ano.

No novo investimento, a ideia também é construir oito prédios para hospedar os novos equipamentos e diversificar a operação – as GPUs também podem utilizar inteligência artificial.

De acordo com Matt Vincent, porta-voz do projeto, futuramente se a mineradora de bitcoin prosperar e forem emitidas licenças de ampliação, a ideia é adquirir a usina solar e usar toda sua produção de energia elétrica. Ele afirma que a demanda por energia, que provém de fontes renováveis, está crescendo e a empresa promete trabalhar com qualquer um que tenha interesse no excedente energético.

Investimento da mineradora de Bitcoin para construção da usina de energia solar tem causado incômodo

Apesar de promover sustentabilidade e apoiar as necessidades de adaptação das empresas que mineram bitcoin às questões ambientais, o investimento está gerando desconforto entre os moradores da região de Butte, onde a usina de energia solar será construída.

Para se ter uma ideia, atualmente a cidade conta com cerca de 14.000 residências e somente o excedente energético, sem contar os 75 MW utilizado pela mineradora de Bitcoin, é suficiente para abastecer cerca de 30.000 residências.

O casal Paula e Malcolm Gustafson, que moram numa propriedade vizinha onde será construído a usina, afirmam que se o investimento for aprovado, tudo será transformado em um enorme mar negro e o preço das propriedades despencarão.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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