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Mesmo com alta demanda, mercado de TI ainda precisará de 797 mil profissionais até 2025

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 03/08/2022 às 12:45
TI - vagas de TI - tecnologia da informação
Profissional de TI em home office – Foto: EVolti

Segundo especialistas da Brasscom, a ausência de profissionais de TI capacitados atrapalha o avanço tecnológico no país. Os profissionais rebatem a ideia e afirmam que não há oportunidades para iniciantes no ramo.

O setor de tecnologia da informação é fundamental para todos os países que querem se desenvolver economicamente, em um mundo que está sendo guiado cada vez mais pelas análises de dados fornecidos por usuários e soluções computacionais para problemas difíceis do cotidiano. A situação aqui no Brasil não é diferente, e a demanda por profissionais de TI deve aumentar no decorrer dos próximos anos. Desse modo, atualmente, a formação de profissionais de TI já é quase escassa.

Segundo dados de um estudo da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC, e de Tecnologias Digitais – Brasscom, que foi realizado no ano passado, o Brasil terá que contratar mais de 790 mil profissionais de TI até o ano de 2025, ou seja, será preciso formar mais de 150 mil pessoas no mercado de TI. Atualmente apenas 53 mil pessoas são formadas no mercado de tecnologia da informação – TI anualmente.

O mercado de Tecnologia da informação – TI  

Fonte: JR

A tecnologia da informação, atualmente, já se faz presente em quase todos os setores: desde empresas do ramo agropecuário, comunicação, setor cultural, áreas da saúde e segurança. A realização de análise automatizadas e colheita de informações são cruciais para guiar as empresas e a economia de forma geral.

O impulsionamento no mercado de TI é importante para solução de problemas do dia-a-dia e demais outros que podem surgir.

“A pandemia da Covid-19 acelerou ainda mais a digitalização de muitos negócios que eram menos digitalizados ou totalmente analógicos, assim como a necessidade de profissionais de segurança da informação, já necessários antes e agravada pelo trabalho remoto”, afirmou Henrique Poyatos, coordenador regional SP TI&C e do curso de comunicação data driven na Universidade São Judas.

“É preciso que se faça o diagnóstico correto do que é necessário para as empresas, para daí passar para políticas públicas e o diálogo com as redes de ensino e avançar no currículo e metodologias mais modernas”, ressaltou Sergio Paulo Gallindo, presidente da Brasscom.

Mercado de TI é um dos mercados que possui mais demanda

Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria especializada em recursos humanos Manpower Group de 2022, o Brasil aparece em 9°, em um ranking entre os países onde empresas relatam que se tem uma dificuldade em preencher vagas de profissionais de TI.

O setor de tecnologia da informação é o primeiro com uma demanda alta de vagas (40% das empresas precisam de contratações) e o segundo com mais dificuldade de preenchê-las (84%), atrás apenas do setor bancário (86%).

A demanda por profissionais de TI tem crescido ao redor do mundo, levando o mercado de TI a ser aquecido, logo que empresas de diversos países tem competido pelos mesmos profissionais. Enquanto o dólar continuar em alta, em relação ao real, as coisas devem ficar difíceis para as empresas do exterior.

Segundo porta-voz da Envolti, a falta de profissionais no mercado de TI gera um atraso no avanço tecnológico

Desse modo, os projetos tem uma tendência a sofrer com a falta de profissionais de TI com qualificação.

“Traz um atraso muito grande para as empresas que buscam mais competitividade no mercado, no que tange a maior qualidade de entrega, atendimento e diminuição de custos. Efetivamente os projetos ficam engavetados e postergados”, comentou Milton Felipe Helfenstein, porta-voz da Envolti, empresa de sistemas da informação.  

“Já atrapalha o desenvolvimento de projetos muito necessários em diversos setores, porque a tecnologia digital tende a dominar tudo. Corremos o risco de ficar para trás”, alertou economista especializado no mercado de trabalho da FEA-USP, José Pastore.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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