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Menos de 2 mil pessoas vivem no vilarejo mais gelado do Brasil, onde a temperatura quase nunca passa dos 20 °C

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 12/10/2025 às 16:55
Descubra Lavras Novas, o vilarejo mais frio de Minas Gerais, entre montanhas e história, com clima ameno e charme colonial o ano todo.
Descubra Lavras Novas, o vilarejo mais frio de Minas Gerais, entre montanhas e história, com clima ameno e charme colonial o ano todo.
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Lavras Novas surpreende por unir clima serrano, história colonial e tranquilidade em pleno coração de Minas Gerais. Um vilarejo de menos de 2 mil habitantes, onde o frio constante e o charme histórico formam um dos refúgios mais peculiares do país.

Menos de 2 mil pessoas vivem no vilarejo mais gelado do Brasil, onde a temperatura quase nunca passa dos 20 °C

Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, em Minas Gerais, é um vilarejo de cerca de 1,5 mil habitantes que ganhou fama pelo clima ameno em pleno país tropical.

A localidade fica na Serra do Espinhaço, a aproximadamente 1,2 mil a 1,5 mil metros de altitude e a 17 a 19 km do centro histórico de Ouro Preto.

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Embora seja frequentemente chamada de “o vilarejo mais gelado do Brasil”, não há registro oficial que confirme esse título; o que os dados indicam é um padrão de noites frias e tardes moderadas, mesmo no verão, cenário que ajuda a explicar sua popularidade entre viajantes.

Onde fica e por que faz frio

Cravada num espigão da Serra do Espinhaço, a comunidade está exposta a ventos constantes e a incursões de ar frio que descem das áreas mais altas da região.

A altitude elevada reduz a temperatura média e favorece manhãs com neblina e entardeceres frescos.

Em dias de céu limpo no inverno, moradores relatam mínimas de um dígito, enquanto tardes raramente se tornam abafadas por causa da ventilação e da radiação solar mais suave.

Ainda que o apelido sugira frio rigoroso permanente, as máximas médias ao longo do ano costumam ficar acima de 20 °C, variando conforme a estação.

Em julho, mês mais frio, as tardes giram perto de 21 °C; no pico do verão, é comum que alcancem 24 °C a 26 °C.

O que distingue Lavras Novas é a amplitude térmica: tardes agradáveis e noites que pedem agasalho durante boa parte do calendário.

História e população do vilarejo

O povoamento remonta ao século XVIII, período do ouro em Minas.

O nome nasce das “novas lavras”, as frentes de mineração que se abriram nos arredores de Ouro Preto.

Hoje, a vila preserva ruas de pedra, casario colorido e igrejas setecentistas, concentradas em torno da praça principal.

Entre feriados e férias, a população multiplica de tamanho com a chegada de visitantes, mas fora de temporada o ritmo é de interior: portas abertas, conversas de calçada e rotina que corre sem pressa.

A ligação com Ouro Preto é direta.

De carro, o acesso principal exige atenção por causa das curvas de serra, especialmente em dias chuvosos.

O isolamento relativo, no entanto, é parte do apelo: o vilarejo mantém paisagem preservada entre vales, cachoeiras e trechos de transição entre Cerrado e Mata Atlântica.

Clima de montanha o ano inteiro

Quem chega no verão encontra chuvas mais frequentes à tarde e sensação térmica moderada, sem calor extremo.

No inverno, céu aberto e ar seco predominam; as mínimas podem descer para a casa dos 10 °C ou menos, especialmente ao amanhecer.

Por isso, casaco leve a médio é item útil o ano inteiro.

À noite, lareiras nas pousadas e restaurantes reforçam o clima de serra.

Ao contrário da percepção disseminada em redes sociais de que “a temperatura quase nunca passa dos 20 °C”, o cotidiano mostra variação: dias com 23 °C a 26 °C são comuns nas estações mais quentes.

A fama de lugar gelado, portanto, reflete mais a sensação de serra e a constância das noites frias do que um recorde nacional de mínimas absolutas.

Turismo, trilhas e gastronomia

A malha urbana é pequena e caminhável. Em poucos minutos é possível ir da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres a mirantes que revelam o desenho da serra.

Trilhas sinalizadas levam a quedas-d’água de fácil acesso e a lajes de pedra que viram palco para pôr do sol.

Guias locais oferecem roteiros que combinam caminhada, cultura e história.

Além do visual, a gastronomia mineira sustenta a experiência.

Fogões a lenha, queijos artesanais, doces de compota e cafés coados aparecem tanto em restaurantes quanto em lojinhas de produtores.

Em fins de semana movimentados, é comum fila em bares e bistrôs, o que contrasta com a tranquilidade dos dias úteis, quando a rotina volta a ser de moradores.

Identidade cultural e preservação

Lavras Novas guarda traços coloniais e uma comunidade majoritariamente negra, com tradições que atravessam os séculos.

Festas religiosas e manifestações populares dividem a agenda com o calendário de alta temporada.

A presença do turismo convive com o esforço de preservar arquitetura, paisagem e modos de vida.

Pousadas e empreendimentos surgiram com a demanda, mas o bairro histórico mantém escala baixa e fachadas simples, em geral alinhadas com as diretrizes de conservação de Ouro Preto.

Melhor época para visitar

O inverno entrega o estereótipo serrano: madrugadas geladas, céu limpo e visibilidade extensa.

Para quem prefere cachoeiras volumosas e verde intenso, primavera e verão oferecem chuvas regulares e tardes ainda agradáveis, sem extremos de calor.

Em qualquer época, recomenda-se agasalho, calçado para terreno irregular e atenção redobrada ao dirigir nas curvas da serra, sobretudo sob neblina ou piso molhado.

A infraestrutura turística é variada para o tamanho do vilarejo.

Existem pousadas com lareira, quartos simples e opções intermediárias.

A reserva antecipada é aconselhável em feriados e férias prolongadas, quando a procura cresce e os preços acompanham a demanda.

Frio, altitude e modo de vida

A imagem de lugar frio decorre de um conjunto de fatores.

A altitude derruba as médias de temperatura e eleva a chance de vento constante.

A vegetação de campos rupestres e matas de encosta contribui para paisagens mais abertas, que perdem calor rapidamente ao anoitecer.

A arquitetura de pedra e madeira, somada ao ritmo de interior, reforça a sensação de serra típica, muito diferente do que se imagina ao pensar em Brasil tropical.

É importante frisar que o título de “mais gelado” circula como apelido turístico.

Cidades do Sul, como Urupema e São José dos Ausentes, registram mínimas absolutas negativas com frequência no inverno.

Em Lavras Novas, o diferencial está na constância das noites frias e na ausência de calor intenso na maior parte do ano, mais do que em recordes climáticos.

Atrações e encantos de Lavras Novas

A combinação de clima ameno, fácil acesso a partir de Ouro Preto e paisagem de serra cria um pacote atrativo.

Para quem busca descanso, as ruas estreitas e o silêncio ao cair da noite falam alto.

Para os ativos, trilhas curtas e cachoeiras entregam programas de meio-dia.

Para os interessados em cultura, o vilarejo oferece templos históricos e memória do ciclo do ouro em escala humana.

No conjunto, Lavras Novas prova que o frio brasileiro também nasce da altitude, do relevo e de um modo de vida de interior preservado — um contraponto às narrativas de praia e calor que costumam dominar o imaginário nacional.

Diante desse retrato, o que mais chama sua atenção: as noites frias sob céu estrelado ou a atmosfera histórica de um vilarejo que parece ter parado no tempo?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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