Giuliano Stroe ganhou fama mundial ainda criança ao entrar para o Guinness, virou fenômeno em programas de TV e enfrentou polêmicas sobre sua rotina intensa de treinos. Hoje, aos 21 anos, trilha uma nova jornada esportiva.
O romeno Giuliano Stroe, que ficou conhecido mundialmente aos 5 anos como “o menino mais forte do mundo” após entrar para o Guinness em 2009, chegou aos 21 anos e redirecionou a carreira esportiva.
Sem o fisiculturismo infantil que o consagrou, ele mantém rotina intensa de treinos e migrou para o boxe, modalidade na qual já aparece em vídeos de sparring e combates amadores.
Nas redes, voltou a publicar com frequência e exibe a nova fase.
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Da viralização ao Guinness
A fama do garoto começou quando vídeos de treinos circulavam em 2008, mostrando exercícios incomuns para a idade, como flexões em 90 graus e equilíbrio nas argolas.
No ano seguinte, Giuliano estabeleceu o recorde de handwalk de dez metros com uma bola de peso presa entre as pernas, feito realizado em programa de TV e homologado pelo Guinness.
Em 24 de fevereiro de 2010, ele quebrou outro marco ao completar 20 flexões em 90 graus, novamente diante das câmeras.
Pressão, questionamentos e família
O apelido de “menino mais forte” trouxe exposição e também debates sobre os limites do treinamento precoce.
Órgãos de proteção à infância na Romênia acompanharam o caso e, em 2013, houve disputa judicial envolvendo a guarda e o acompanhamento médico das crianças.
A família negou excesso e, à época, o pai afirmou: “Ele treina por vontade própria, não porque eu o obrigo”.
Documentos citados em reportagens indicam que autoridades buscavam garantir exames e monitoramento do desenvolvimento, e o pai recuperou a guarda naquele ano.
Adolescência longe dos holofotes
Com o tempo, a rotina de recordes infantis deu lugar a um período mais discreto.
Os vídeos, porém, continuaram no YouTube oficial da família, agora com enfoque em condicionamento geral e iniciação ao boxe.
Registros mostram Giuliano em sparrings e lutas amadoras tanto na Romênia quanto na Itália, inclusive em Piove di Sacco, cidade onde nasceu.
A presença do irmão, Claudio, permanece constante nos treinos, mantendo o vínculo esportivo que marcou a infância de ambos.
Do tatame ao ringue
Na fase adulta, Giuliano aparece equipado com capacete, luvas e protetor bucal, realizando manoplas, exercícios de velocidade e rounds controlados.
Vídeos recentes destacam participações em campeonatos de base, como o Under-22, e treinos em clubes locais.
O conjunto de publicações indica uma transição consolidada: a disciplina desenvolvida na ginástica e no treino de força foi convertida em fundamentos de boxe olímpico, com foco em movimentação, guarda e volume de golpes.
Retorno às redes sociais
Além do YouTube, perfis atribuídos a Giuliano mostram atividade no TikTok em agosto de 2025, com transmissões e vídeos curtos de treino.
A estratégia repete, em outro contexto, o caminho que o projetou uma década e meia atrás: uso de plataformas para documentar a evolução esportiva, agora com ênfase em técnica de boxe e preparação física.
O conteúdo também atrai críticas — um traço constante desde os primeiros anos — às quais ele responde com naturalidade ao seguir publicando a própria rotina.
O que ficou dos recordes
Os títulos infantis não definem mais o objetivo.
Hoje, a meta é construir currículo como atleta jovem, não como prodígio.
Ainda que os recordes de 2009 e 2010 continuem como marco na biografia, a narrativa é outra: menos espetáculo e mais processo.
A experiência acumulada em coordenação, mobilidade e força específica fornece base para um estilo de luta que privilegia ritmo e resistência — qualidades úteis em categorias amadoras e de desenvolvimento.
Pai, treino e limites
A presença do pai, Iulian Stroe, segue tema recorrente.
Matérias internacionais registram a condução próxima dos treinos, as acusações de excesso e as contestações da família em defesa do acompanhamento e da autonomia dos filhos.
O histórico no judiciário romeno, com decisões favoráveis ao retorno das crianças ao convívio familiar após avaliações, ajuda a explicar por que o caso permaneceu no radar público por tantos anos.
Ainda assim, a etapa atual aponta para um ambiente mais esportivo do que performativo, com calendário de treinos e metas competitivas mais claras.
Itália, Romênia e o caminho do ringue
Giuliano nasceu em Piove di Sacco, na Itália, e construiu parte da trajetória entre o país de origem e a Romênia, onde cresceu e treinou.
Vídeos registram confrontos e sessões de sparring em clubes dos dois países.
Há menções recentes a treinos em academias estrangeiras, o que indica circulação por diferentes centros de boxe.
Embora nem sempre seja possível confirmar residência fixa, a rotina competitiva e de treinos sugere uma carreira em formação, com etapas locais e regionais.
Da infância extraordinária ao esporte organizado
A história de Giuliano ilustra um percurso pouco comum: do estrelato na primeira infância ao esforço por reconhecimento esportivo tradicional.
Sem exageros, os vídeos atuais mostram um atleta que procura encaixar técnica, preparo físico e experiência de ringue.
O passado no Guinness é carta de apresentação; o presente, porém, é feito de rounds, treinos e pequenos resultados que, somados, podem abrir portas em torneios cada vez mais exigentes.
Enquanto ele lapida a guarda e ajusta o footwork, qual será o próximo passo de Giuliano Stroe no boxe: consolidar-se em torneios nacionais ou buscar intercâmbio esportivo para acelerar a transição ao nível profissional?