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Mega PROJETO de R$ 145,7 BILHÕES no Ceará pode gerar 10 mil vagas de emprego e consolidar o Brasil como líder global do mercado hidrogênio verde e outras formas de energia renovável, atraindo ainda mais investimentos internacionais e parcerias estratégicas

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 07/08/2024 às 06:45
Atualizado em 06/08/2024 às 20:34
Mega PROJETO de R$ 145,7 BILHÕES no Ceará pode gerar 10 mil vagas de emprego e consolidar o Brasil como líder global do mercado hidrogênio verde e outras formas de energia renovável, atraindo ainda mais investimentos internacionais e parcerias estratégicas
Foto: Dall-e

Um mega projeto bilionário será construído no Ceará após a assinatura de 36 memorandos de entendimento. A expectativa é que mais de 10 mil vagas de emprego sejam geradas em todo o estado, impulsionando a economia local e fortalecendo o setor de energia renovável e hidrogênio verde.

Focado em investimentos sustentáveis, o Ceará está desenvolvendo um mega projeto com a assinatura de 36 memorandos de entendimento com empresas nacionais e estrangeiras para o setor de hidrogênio verde. Esses memorandos representam um avanço significativo para o desenvolvimento do Hub de Hidrogênio Verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). Com um investimento estimado em mais de US$ 30 bilhões (aproximadamente R$ 145,7 bilhões), o projeto promete impulsionar a economia local e global.

A expectativa é que sejam geradas mais de 10 MIL de vagas de emprego, transformando o Ceará em um polo de inovação e sustentabilidade. Além de fortalecer a infraestrutura e a capacidade logística da região, este projeto coloca o Brasil na vanguarda das energias renováveis e da economia verde.

Ceará comemora assinatura do 36º memorando para Mega Projeto de hidrogênio verde

Dentre os acordos assinados, quatro já evoluíram para pré-contratos, totalizando US$ 8 bilhões, o equivalente a R$ 38,8 bilhões em conversão direta, incluindo empresas como AES, Casa dos Ventos e Fortescue. Estes investimentos estão focados em projetos de produção de hidrogênio verde, aproveitando a capacidade do Ceará em energias renováveis, como solar e eólica.

O último memorando foi assinado em Janeiro, entre o Governo do Ceará e a multinacional BP com o objetivo de construir uma unidade de produção de hidrogênio verde (H2V) e derivados, como a amônia verde, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), o que deve gerar milhares de vagas de emprego.

A vice-governadora do Ceará, Jade Romero, reforçou o compromisso do estado em consolidar parcerias para impulsionar a transição energética e o desenvolvimento socioeconômico do Ceará. Segundo Romero, o mundo está diante de um desafio global e o Ceará tem na transição energética e em seu grande potencial de energias renováveis uma estratégia, que vem sendo fortalecida ao longo das gestões. A empresa se coloca à disposição para dar os próximos passos rumo a essa relação importante para o Ceará, que deve gerar milhares de vagas de emprego.

Durante a assinatura do acordo, o Diretor Mundial de Novos Negócios da BP, Ian Spafford, destacou as vantagens competitivas do Ceará nesse cenário de descarbonização da economia. Spafford destacou que o Porto do Pecém é uma das melhores áreas para desenvolver o projeto do hidrogênio verde. A molécula de hidrogênio é essencial para a transição energética na Indústria.

Ceará tem três licenças aprovadas para construção do novo mega projeto

Segundo o governador Elmano de Freitas, durante a cerimônia de sanção do Marco Legal do Hidrogênio Verde, na última semana, três licenças prévias para o investimento em hidrogênio verde no Ceará já estão prontas.

Na ocasião, o chefe do Executivo estadual citou a Fortescue, uma das empresas que investirá na construção do mega projeto no Ceará, que pode gerar várias novas vagas de emprego à população. A empresa esteve presente no evento e o governador afirma que só a terraplanagem da Fortescue é um investimento de R$ 100 milhões, que inicia agora no estado.

A Qair Brasil celebrou a aprovação de seu projeto de geração de hidrogênio verde, chamado ‘Projeto H2 Fraternité’, pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema). Com 24 votos favoráveis dos conselheiros, o Projeto H2 Fraternité visa a produção anual de 42.783 toneladas de hidrogênio gasoso, com foco na venda para o mercado nacional. Este é o terceiro aval concedido pelo Coema para empreendimentos de H2V, fortalecendo a Qair Brasil como uma liderança no setor de energias limpas.

Fortescue ganha destaque por ser uma das primeiras

A Fortescue foi uma das primeiras empresas a assinarem memorando de entendimento para o mega projeto no Ceará, que criará milhares de vagas de emprego. Na época, a empresa australiana projetou um investimento de, no total, 6 bilhões de dólares. A empresa informou que a terraplanagem, que marcará o início das obras do mega projeto, está prevista para breve.

Segundo o consultor de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Jurandir Picanço, o Memorando de Entendimento é um documento inicial em que o empreendedor está demonstrando interesse em estudar a viabilidade do investimento. Esse interesse, por si só, já é animador, contudo ainda não é possível saber quais ou quantos desses memorandos evoluirão para a concretização do investimento.

Entenda os diferenciais do mega projeto de hidrogênio verde no Ceará

Não há dúvidas que o estado do Ceará tem um potencial relevante quando se trata de energias limpas. Esse potencial chama a atenção das empresas interessadas em produzir hidrogênio verde aqui. O mundo inteiro tem visto o estado com outros olhos desde que foi assinado o primeiro Memorando de Entendimento para a produção do combustível do futuro, em 2021.

Além do enorme potencial de exportação via Porto de Roterdã com destino aos países europeus, há também a oportunidade de importação dessa fonte energética para países como China, Japão e Coreia do Sul que têm planos para a descarbonização da matriz energética.

Os futuros investimentos dessa cadeia vão gerar mais vagas de emprego, desenvolvimento tecnológico, industrial e socioeconômico para toda região nordeste, em especial para o Ceará. Serão instaladas novas companhias de energias renováveis, empresas produtoras, de armazenamento e de transporte de hidrogênio. Há expectativas de elevação do PIB Cearense e impactos positivos na exportação do estado.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o estado possui 100 parques eólicos com potência total de 2.577 MW. E outros 72 empreendimentos, em construção ou obras não iniciadas, contam com capacidade de 2.876MW.

Há ainda 26 empreendimentos de eólica offshore esperando licenciamento do Ibama que produzirá 64,9 GW em alto mar. Já a capacidade instalada de energia solar é de 1.559 MW distribuídos em 35 empreendimentos no Ceará. Outros 419 parques solares estão em construção, e juntos, em breve, criarão 16.738,3 MW de potência.

O mega projeto de hidrogênio verde, no Complexo do Pecém, foi lançado pelo Governo do Estado em 2021 em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec). A ideia é reduzir a emissão de gases poluentes com novos investimentos e expandir as oportunidades de negócios com geração de vagas de emprego em todo estado, assim como alavancar a economia do Ceará.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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