Trump reduz tarifa para carros do Japão, irrita montadoras dos EUA e mantém taxas mais altas para veículos do México e Canadá
Um novo acordo entre os Estados Unidos e o Japão está causando forte reação no setor automotivo americano. A medida, anunciada pelo governo de Donald Trump, reduz para 15% a tarifa de importação de veículos japoneses.
Enquanto isso, carros vindos do Canadá e do México continuam enfrentando tarifas mais altas: 35% e 30%, respectivamente.
A decisão gerou revolta entre as montadoras americanas, já que empresas como GM, Ford e Stellantis produzem parte dos seus veículos justamente nesses dois países.
-
Financiamento do Corolla Cross XR: entrada de R$ 100 mil, parcelas de R$ 2.437 e juros de R$ 57 mil em 60 meses
-
CEO da Ford admite derrota: China já domina os carros elétricos com BYD, Xiaomi e Huawei, e nem mesmo a Tesla é rival
-
SUV elétrico vietnamita desafia limites: Lạc Hồng 900 LX suporta 400 tiros a laser, fuzis com munição perfurante e explosão de 2 granadas
-
5 carros usados que mecânicos recomendam distância: Ford, Chevrolet, Peugeot e Fiat lideram a lista dos mais problemáticos
Mesmo assim, Trump manteve tarifas mais pesadas para os vizinhos e ofereceu condições melhores ao Japão.
Governo celebra, mas realidade preocupa montadoras
Apesar da insatisfação das fabricantes, o governo dos EUA classificou o acordo com o Japão como uma “vitória histórica”.
Segundo a justificativa oficial, a nova política facilitará a venda de carros produzidos nos Estados Unidos para o mercado japonês.
No entanto, os dados mostram outro cenário. Segundo a CNBC, em 2024 os carros representaram mais de 28% de tudo que o Japão exportou para os Estados Unidos.
Isso indica que a maior beneficiada da negociação deve ser a indústria japonesa, e não a americana.
Toyota e Mazda disparam na Bolsa
Logo após o anúncio do acordo, a bolsa de valores em Tóquio reagiu de forma imediata. As ações da Toyota subiram 15%, enquanto os papéis da Mazda tiveram alta de 17%.
O otimismo no Japão contrastou com a frustração das montadoras americanas, que já enfrentam dificuldades com os altos custos impostos pelas tarifas.
A GM, por exemplo, informou ter perdido US$ 1,1 bilhão no segundo trimestre de 2025. A projeção da empresa é de que o prejuízo possa chegar a US$ 5 bilhões até o final do ano, se as tarifas atuais forem mantidas.
Pressão aumenta com acordos de outros países
Além do Japão, o Reino Unido também conseguiu um acordo com os Estados Unidos, garantindo tarifa de apenas 10% sobre seus veículos.
Enquanto isso, a Europa ainda não fechou nenhum entendimento com Trump. O presidente ameaça aplicar tarifas de até 30% sobre os carros europeus.
Em nota à Reuters, as fabricantes americanas afirmaram: “qualquer acordo que cobre menos imposto para carros japoneses com quase nenhum conteúdo americano, do que para veículos norte-americanos feitos com alta participação de peças dos EUA, é um péssimo negócio para a indústria e os trabalhadores do setor automotivo dos Estados Unidos.”
Com informações de Auto Mais.