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Medicina no Brasil passa por revolução: MEC atualiza formação com SUS, inclusão e prova nacional

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 01/10/2025 às 10:11
MEC atualiza diretrizes da Medicina após dez anos, com foco no SUS, inclusão, custo-SUS e saúde mental. Nova prova vai avaliar a formação.
Fonte: IA
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MEC atualiza diretrizes da Medicina após dez anos, com foco no SUS, inclusão, custo-SUS e saúde mental. Nova prova vai avaliar a formação.

MEC redefine a formação em Medicina no Brasil

O Ministério da Educação (MEC) homologou nesta segunda-feira (29) as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) da graduação em Medicina, atualizando a formação médica após quase dez anos. A decisão, aprovada anteriormente pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), marca um divisor de águas no ensino médico brasileiro.

As mudanças reforçam a integração com o SUS, exigem experiências práticas desde o início do curso e colocam a inclusão e a saúde mental no centro da formação. Além disso, o MEC determinou a criação de uma prova nacional obrigatória que servirá para padronizar a qualidade dos cursos em todo o país.

Formação médica terá prática no SUS desde o início

As novas diretrizes exigem que os estudantes entrem em contato com o SUS logo nos primeiros anos de graduação. O percurso de aprendizado deve começar pela atenção primária e seguir até áreas complexas, como terapia intensiva.

Dessa forma, os futuros médicos adquirirão competências em todo o espectro do cuidado, da prevenção à reabilitação. Para o ministro da Educação, Camilo Santana, essa integração representa um avanço necessário:

“Esse é mais um passo importante para garantir a qualidade da formação em medicina. As diretrizes olham para a saúde mental, a tecnologia e as questões de inclusão, com base na realidade que estamos vivendo.”

Inclusão e saúde mental entram como pilares da formação

Um dos pontos centrais da atualização é a valorização da diversidade. As universidades de Medicina agora terão que implementar políticas de inclusão, núcleos de apoio psicossocial e programas de saúde mental para estudantes.

Além disso, o MEC determinou que as faculdades ofereçam laboratórios de simulação clínica e programas de capacitação permanente para professores, garantindo um ensino alinhado às práticas contemporâneas.

Prova nacional vai medir qualidade dos cursos de Medicina

A grande novidade é a criação do Enamed (Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica). A prova será aplicada no 4º ano da graduação, antes do internato, e terá como objetivo avaliar conhecimentos, habilidades e competências.

O exame trará 100 questões de múltipla escolha sobre clínica geral, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria, saúde mental e saúde coletiva. Cursos com baixo desempenho estarão sujeitos a acompanhamento especial e até visitas presenciais do MEC.

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha:

“Não tenho dúvida nenhuma de que estamos dando um grande salto com essas novas diretrizes curriculares, um avanço que se soma aos esforços liderados pelo Ministério da Educação na formação dos profissionais do nosso sistema de saúde.”

Temas contemporâneos ganham espaço na Medicina

As DCNs também passaram a incluir temas atuais, como inteligência artificial, análise de dados em larga escala, mudanças climáticas e sustentabilidade. O MEC destaca que esses tópicos são essenciais para alinhar a formação médica às transformações sociais e às demandas globais da saúde.

Padilha reforçou:

“A aprovação das novas diretrizes permite alinhar a educação médica às necessidades sociais de saúde, ao fortalecimento do SUS e aos desafios contemporâneos.”

Cursos mal avaliados enfrentarão penalidades

O MEC e o Ministério da Saúde anunciaram que os cursos de Medicina mal avaliados poderão sofrer sanções a partir de 2026, caso não se adequem às novas exigências. Entre as penalidades estão restrições, acompanhamento reforçado e até fechamento de cursos.

Essa medida surge após a expansão acelerada da oferta de Medicina entre 2017 e 2022, período em que aumentou o número de cursos com avaliação insatisfatória.

Portanto, o objetivo agora é garantir formação de qualidade, reduzindo custos futuros para o SUS e fortalecendo a confiança no sistema de saúde pública.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítoca, Econômia. Apaixonada por leitura e escrita.

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