Motocicleta Kejashi, criada por Kent James Shillitoe, combina asa oscilante e direção deslocada para aumentar a estabilidade e aderência mesmo em curvas extremas.
A Kejashi é a primeira motocicleta do mundo com um sistema de asa inclinada que se mantém nivelado nas curvas.
Essa solução gera força descendente semelhante à de um carro de Fórmula 1, mas sem empurrar a moto para fora.
O projeto combina inovação mecânica extrema, aerodinâmica adaptativa e um design experimental pensado para ser funcional.
-
Suzuki GSX-8R 2026: esportiva de 83 cv e 220 km/h é avaliada em teste no Brasil
-
Projeto de Chevrolet e Hyundai desafiam sedãs compactos como Onix Plus e HB20S no Brasil
-
Honda GL 1800 Gold Wing: a escolha certa para quem busca conforto e performance em viagens longas
-
Novo Honda Accord 2026 estreia com motor híbrido de 207 cv, visual mais esportivo e tecnologia ADAS de última geração — e pode concorrer com sedãs da Toyota se vier ao Brasil
Criada por Kent James Shillitoe, a Kejashi vai além de um protótipo exótico. Ela busca aumentar a estabilidade, reduzir a necessidade de rolagem em curvas rápidas e explorar novas formas de controle dinâmico.
O resultado é um conceito ousado, mas com aplicações reais em mobilidade eficiente e segura.
Como funciona o sistema
O diferencial está no mecanismo de direção offset. Ao girar o guidão, a roda dianteira se move lateralmente para fora da curva. Isso reduz o ângulo de inclinação necessário, tanto para o piloto quanto para a moto.
O mais importante é que esse movimento sincroniza a asa basculante, mantendo a força aerodinâmica que empurra o carro (ou moto) para baixo nivelado.
Assim, a força atua para aumentar a aderência, sem empurrar o conjunto para fora em curvas fechadas. O piloto mantém mais controle e confiança em velocidades elevadas.
Contexto técnico
Na MotoGP, pequenas aletas fixas ajudam na aerodinâmica, mas perdem eficácia quando o piloto ultrapassa 45 graus de inclinação. Nessas situações, elas acabam gerando força contrária ao esperado.
A proposta de Shillitoe trata a asa como um elemento adaptável, que mantém eficiência mesmo em ângulos extremos.
Essa abordagem resolve uma limitação que o motociclismo de alta performance enfrenta há anos. Com a asa ajustando-se à inclinação, o ganho aerodinâmico se mantém constante.
Potencial de aplicação
O protótipo pesa cerca de 130 kg, similar a um CBR125 básico, mas gera até 60 kg de downforce a 150 km/h. Esse efeito aumenta a aderência sem acrescentar peso, algo valioso tanto para motos esportivas quanto para veículos urbanos de alto desempenho.
Portanto, soluções como essa podem abrir caminho para veículos mais leves, seguros e eficientes, com menor consumo de combustível.
Conexões e tendências
A tecnologia dialoga com o uso de asas ativas no automobilismo, como o DRS da Fórmula 1, que regula o arrasto sem sacrificar estabilidade. Embora não existam outros exemplos de asa móvel basculante em motos, já há projetos de mobilidade elétrica explorando carrocerias aerodinâmicas e suspensão lateral ativa.
Além disso, em cenários urbanos, menor ângulo de inclinação e estabilidade extra significam mais segurança, menos desgaste de pneus e maior eficiência no deslocamento.