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MEC vai investir mais de R$ 450 milhões para ampliar acesso a ensino técnico

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 11/03/2025 às 22:55
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MEC vai investir R$ 460 milhões para garantir que estudantes vulneráveis ingressem na Rede Federal de Educação! Com reforço escolar, auxílio financeiro e cursinhos populares, o programa Partiu IF promete transformar o futuro de milhares de jovens!

A desigualdade de oportunidades no acesso à educação é um dos grandes desafios do Brasil.

Apesar dos avanços nos últimos anos, muitos estudantes da rede pública ainda encontram dificuldades para ingressar em instituições de ensino técnico federais, que oferecem formação de qualidade e melhores perspectivas no mercado de trabalho.

Para mudar essa realidade, o Ministério da Educação (MEC) lançou um programa inédito que promete ampliar o acesso ao ensino técnico e reduzir barreiras socioeconômicas.

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O Programa Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades para Acesso de Estudantes da Rede Pública de Ensino à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, chamado de “Partiu IF”, foi anunciado oficialmente em Natal (RN).

A iniciativa tem como objetivo preparar estudantes do 9º ano do ensino fundamental da rede pública para ingressarem nos Institutos Federais, Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet) e no Colégio Pedro II, que integram a Rede Federal e exigem processo seletivo para admissão.

Investimento histórico do MEC e impacto esperado

Com um orçamento que ultrapassa R$ 460 milhões até 2027, o programa prevê beneficiar cerca de 78 mil alunos que desejam cursar o ensino médio técnico integrado.

O projeto se torna um marco ao destinar recursos especificamente para o reforço escolar e suporte financeiro, visando garantir que estudantes de baixa renda tenham melhores condições de acesso a essas instituições.

Os participantes do programa contarão com duas frentes de formação. O ciclo básico será composto por disciplinas essenciais, como língua portuguesa, matemática e ciências da natureza.

Já a formacão suplementar incluirá oficinas de redação, acompanhamento psicopedagógico e orientação acadêmica.

Com uma carga horária total de 320 horas, cada campus participante terá uma turma inicial de 40 estudantes, possibilitando um ensino mais personalizado e eficiente.

Ajuda financeira para estudantes carentes

A desigualdade financeira é um dos principais fatores que afastam estudantes das instituições federais.

Para minimizar esse obstáculo, cada participante do “Partiu IF” receberá uma bolsa de R$ 200 por mês, durante oito meses.

Esse auxílio financeiro ajudará na compra de materiais, transporte e outras despesas, garantindo que os alunos consigam se dedicar aos estudos sem preocupação com custos adicionais.

O público-alvo do programa inclui negros, quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência e jovens de famílias com renda per capita de até um salário mínimo.

Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, as primeiras turmas já estão confirmadas. “A aula já vai começar agora, dia 15 de março. São 650 turmas já montadas”, destacou.

Expansão para o ensino superior

Além do “Partiu IF”, o MEC também anunciou a criação da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), uma iniciativa voltada para estudantes da rede pública que desejam ingressar na universidade.

Com um investimento total de R$ 75 milhões, o programa apoiará 324 cursinhos populares até 2027.

De acordo com Cleber Vieira, secretário substituto da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), essa política atende a uma demanda histórica dos movimentos sociais, que reivindicam maior apoio na preparação de estudantes vulneráveis para o ensino superior.

Os cursinhos selecionados através de edital receberão até R$ 230 mil por turma de 40 alunos, cobrindo despesas com materiais didáticos gratuitos, capacitação de professores e apoio financeiro aos alunos.

Cada estudante também contará com um auxílio mensal de R$ 200, garantindo melhores condições para foco nos estudos.

Além disso, os cinco cursinhos que apresentarem os melhores desempenhos acadêmicos serão premiados com um valor extra de R$ 200 mil.

Por que esses programas do MEC são tão importantes?

O ensino técnico e o acesso ao ensino superior são caminhos essenciais para reduzir as desigualdades sociais e impulsionar o desenvolvimento econômico do país.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estudantes formados em cursos técnicos apresentam maiores taxas de empregabilidade e melhores salários iniciais em comparação com aqueles que concluem apenas o ensino médio regular.

Com essas novas iniciativas, o governo busca não apenas aumentar o número de jovens qualificados, mas também garantir que estudantes em situação de vulnerabilidade econômica tenham as mesmas oportunidades de acesso à educação pública de qualidade.

Para participar dos programas, os interessados devem ficar atentos aos editais de inscrição, que serão divulgados nos sites oficiais do MEC e das instituições participantes.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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