Marinha dos EUA perde caça F/A-18 de US$ 67 mi no Mar Vermelho. Aeronave caiu do porta-aviões USS Truman durante manobra para desviar de ataque Houthi.
Um incidente inusitado ocorreu com a Marinha dos EUA nesta segunda-feira, 28 de abril de 2025. Um caça F/A-18E Super Hornet, avaliado em 67 milhões de dólares, caiu no mar. A aeronave estava a bordo do porta-aviões nuclear USS Harry S. Truman, que operava no Mar Vermelho.
A queda aconteceu quando o navio realizava uma manobra brusca para desviar de um ataque de mísseis e drones lançado por terroristas Houthi do Iêmen.
Caça Super Hornet cai no mar durante operação da Marinha dos EUA
O acidente ocorreu enquanto o Super Hornet estava sendo movimentado. A aeronave era rebocada por um pequeno trator dentro do hangar do porta-aviões. Durante uma curva acentuada realizada pelo USS Truman, a tripulação perdeu o controle. O caça e o trator de reboque acabaram caindo no mar. Segundo declarações oficiais, toda a tripulação envolvida está segura. Apenas um marinheiro sofreu ferimentos leves.
-
Homem esperou 17 anos para abrir garrafa de uísque antiga — o que aconteceu trouxe um aprendizado inesperado
-
Paia no litoral acorda com ‘mar seco’ e fenômeno inusitado preocupa moradores: entenda o que pode causar o recuo intenso da maré
-
A explicação por trás da memória olfativa: cheiros que nos transportam no tempo
-
Estes são os 10 eletrodomésticos que mais deram defeitos no Brasil em 2025, segundo Reclame Aqui e assistências, com gastos de manutenção que passam de R$ 2 mil por família
A manobra brusca do porta-aviões que levou à queda não foi sem motivo. O USS Truman da Marinha dos EUA estava realizando uma ação evasiva. O objetivo era desviar de um ataque combinado de mísseis e drones. O ataque foi lançado por terroristas Houthi baseados no Iêmen. A necessidade de sair rapidamente da linha de perigo resultou na perda de controle da aeronave que estava sendo rebocada.
O caça perdido: conheça o F/A-18E Super Hornet da Marinha dos EUA
O F/A-18E Super Hornet é um dos principais aviões de combate da Marinha dos EUA. É uma aeronave versátil e poderosa. Realiza missões de superioridade aérea, ataque ao solo e apoio aéreo. Possui sistemas avançados de aviônica e radar AESA. Pode carregar uma grande variedade de armamentos. É considerado a espinha dorsal da aviação naval embarcada dos Estados Unidos. A perda desta unidade representa um prejuízo financeiro estimado em 67,4 milhões de dólares.
A agilidade do porta-aviões e os riscos durante manobras
Porta-aviões nucleares da classe Nimitz da Marinha dos EUA, como o USS Truman, são gigantescos. Possuem quase 100 mil toneladas e mais de 330 metros de comprimento. Mesmo assim, são extremamente rápidos e ágeis. Atingem velocidades acima de 55 km/h graças aos seus reatores nucleares. Isso permite manobras evasivas complexas, como o “zigue-zague”.
Essa técnica envolve viradas bruscas para confundir mísseis inimigos. Durante essas curvas, o navio pode inclinar de 10 a 15 graus. Essa inclinação gera forças intensas sobre tudo que está a bordo. Aeronaves sendo movidas, especialmente perto das bordas ou nos elevadores entre hangar e convés, ficam vulneráveis e podem escorregar, como ocorreu neste caso.
Ataques Houthi e incidentes anteriores com o USS Truman
Este incidente acontece em meio a uma campanha de ataques dos Houthi. O grupo ataca a navegação no Mar Vermelho desde o final de 2023. Justificam como resposta à guerra de Israel em Gaza. A Marinha dos EUA intervieram para proteger navios comerciais. Desde então, os Houthi intensificaram ações contra embarcações americanas.
A atual administração ampliou as operações militares contra alvos Houthi. Dois porta-aviões (USS Truman e USS Carl Vinson) estão designados para essa missão na região. O USS Truman já enfrentou outras situações críticas recentemente. Em fevereiro de 2025, colidiu com um navio mercante no Egito. Em dezembro anterior, outro Super Hornet do navio foi abatido por engano por um cruzador americano (os pilotos ejetaram em segurança). A perda atual evidencia os riscos enfrentados pela Marinha dos EUA na região.