Ministra Meio Ambiente diz que COP28 em Belém depende da cúpula em Dubai em andamento. Energias renováveis e redução gases efeito estufa são fundamentais.
Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, reforçou a importância de os países desenvolvidos assumirem a liderança global na transição para energias renováveis, durante seu discurso na COP28 em Dubai.
A autoridade ambiental ressaltou que o sucesso da COP30, em Belém do Pará, está diretamente relacionado aos resultados alcançados na conferência em andamento. Marina afirmou que é fundamental um esforço conjunto de países produtores e consumidores para reduzir o uso de combustíveis fósseis, e que cabe aos países desenvolvidos liderarem este processo.
Marina Silva: Autoridade Ambiental na COP28
O discurso de Marina Silva faz parte dos esforços de negociação do governo brasileiro, que defende que os países ricos sejam os primeiros a cortar a produção e consumo do petróleo.
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Segundo a lógica dos negociadores brasileiros e de outros países que defendem a mesma posição, as nações ricas foram as que historicamente mais emitiram gases do efeito estufa. Além disso, os ricos detém recursos e tecnologias que permitiram uma transição mais rápida para outras fontes de energia limpa.
As nações em desenvolvimento, por seu lado, teriam prazos maiores para continuar utilizando combustíveis fósseis –o que daria tempo, por exemplo, para que o Brasil continuasse extraindo o petróleo do pré-sal e, eventualmente, da foz do rio Amazonas.
Marina Silva: Líder Ambiental no Encontro em discussão na COP 28
Uma das principais questões em discussão na COP 28 está relacionada ao fim do uso dos combustíveis fósseis no sistema de energia global, com a sociedade civil, a ONU e alguns países defendendo que seja estabelecido um prazo para que o petróleo deixe de ser explorado e consumido.
Os grandes produtores, no entanto, fazem lobby para que a questão sequer seja mencionada na resolução final do encontro.
Marina Silva no Esforço de Países para a Transição Energética na COP28
Além de defender que os ricos parem de usar petróleo primeiro, a ministra brasileira ainda defendeu a criação de um órgão específico para cuidar dessa transição.
‘Penso ser fundamental criar na esfera da UNFCCC, instância de discussão e negociação para tratar desse tema com a requerida urgência. As respostas que levam em conta as diferenças e circunstâncias nacionais e as alternativas de desenvolvimento social e econômico, principalmente para os mais fragilizados’, disse ela.
Marina Silva: Acordo na COP28 e a COP30 no Brasil
A ministra continuou, lembrando que o Brasil vai receber a COP em dois anos.
‘Em 2025, o Brasil receberá a COP30, na cidade de Belém. O sucesso desse encontro dependerá de conseguirmos aqui na COP28 aprovar um Balanço Geral alinhado com 1,5ºC em todas as suas dimensões: nas ações pré-2030, nas recomendações para as futuras NDCs, no compromisso dos novos financiamentos e meios de implementação e em um Objetivo Global de Adaptação condizente com os riscos reais, sobretudo para as populações mais vulneráveis’, afirmou.
O Brasil tem liderado discussões na COP28 do que tem chamado de ‘Missão 1.5’, numa referência a tentativas de que todas as políticas adotadas na cúpula do clima se refiram a esforços para que o aquecimento global seja limitado a 1.5 grau Celsius, em média, em relação ao período pré-industrial.
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Fonte: CNN Brasil